A Defesa Civil de Amparo informou na segunda-feira (2/2), os números do mês de janeiro dos índices pluviométricos. Dos números registrados, as chuvas de janeiro foram a menor da história.
Em 1999, primeiro ano de registro, a cidade contabilizou 665,5 milímetros. Em 2015, a quantidade não chegou a 10% do registrado e totalizou 59 milímetros.
A Prefeitura reforça aos munícipes que continuem a economizar água. Outro ponto a ser observado é a queda de chuvas nos últimos anos. Em 2013, foram contabilizados 177 milímetros. No ano passado, em janeiro choveu 107 milímetros. Os números deste ano são quase 50% menores do que os do ano passado.
“Os dados coletados demonstram que a partir de 2013 vem havendo uma diminuição significativa das chuvas no mês de janeiro. Historicamente, o mês de janeiro era de chuvas intensas, ao menos até o ano de 2013, quando começou a declinar, causando assim uma antecipação do período de estiagem, pois mesmo ocorrendo chuvas nos meses de fevereiro e março, os indices não são suficientes para amenizar o longo período de ausência de chuvas que ainda está por vir. Ao persistir este modelo climatológico durante a Operação Verão a tendência é a de que os recursos hídricos continuem no vermelho e será necessário um contingenciamento”, afirma o relatório.
O prefeito de Amparo, Luiz Oscar Vitale Jacob realizou uma reunião com parte de seu secretariado no dia 29 de janeiro, para, juntos propor ações dentro do cenário de uma possível falta d´água na cidade de Amparo (SP). Participaram os secretários de Desenvolvimento Urbano, Administração, Planejamento e o superintendente do SAAE.
As cidades que se abastecem dos rios Piracicaba, Camanducaia e Jaguari terão que reduzir em 20% a captação de água para o abastecimento humano, e 30% para uso industrial e irrigação de acordo com regras estabelecidas pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee), que foram aprovadas dia 18 de janeiro pelos usuários de água da porção paulista das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
Segundo as novas regras, será considerado estado de alerta para o Rio Camanducaia quando tiver a vazão for maior que 1,5m3/s e menor 2m3/s no posto Dal Bo. O estado de alerta, explica o diretor de Regulação da ANA, Patrick Thomaz, não restringe o uso da água, mas tem a finalidade de alertar os usuários sobre a proximidade de uma restrição. As vazões consideradas serão calculadas às segundas e quintas com base nos registros de hora em hora. Para o estado de restrição, que entrará em vigor quando as vazões ficarem abaixo das de alerta, serão reduzidos 20% do volume diário outorgado para captações para abastecimento público ou dessedentação animal — usos considerados prioritários pela Política Nacional de Recursos Hídricos em situações de escassez.
O prefeito de Amparo explicou que a redução para o consumo humano poderá afetar a distribuição de água na cidade.
“Entre as ações, iremos realizar a compra de dois caminhões tanque para o transporte da água em caso emergencial em casas, escolas, creches, hospitais, asilo.
O SAAE também irá contratar empresas para a perfuração de novos poços artesianos, conforme autorização dos órgãos competentes, e também já está catalogando poços d'água do município que servirão para o abastecimento, caso a água do Camanducaia se torne insuficiente para o consumo”.
Como incentivo à economia de água, a Prefeitura irá pedir aos construtores em geral para que utilizem cisternas em suas obras e as empresas e produtores rurais, irá pedir a economia consciente.
“Ao longo desses dois anos de gestão pública, nós investimos mais de R$ 7 milhões na troca de rede de água, que além de melhorar a qualidade, foi necessária para reduzir as perdas hídricas identificadas”, finalizou o prefeito.
Jacob defendeu ações estratégicas para produção e perdas de água
O Prefeito de Amparo, Luiz Oscar Vitale Jacob defendeu ações efetivas na área do Meio Ambiente e proteção de mananciais no encontro para debater estratégicas e políticas públicas para a produção de água do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista.
Estiveram presentes prefeitos municipais, gestores públicos, técnicos, parlamentares, representantes do Poder Legislativo, Organizações Não Governamentais (ONGs) e os institutos Kairós, SOS Mata Atlântica, Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), Greenpeace, entre outros.
Atualmente o sistema enfrenta a pior crise de sua história, em que o abastecimento público de água, a geração de energia elétrica e a produção de alimentos estão sendo afetados.
A reunião teve o intuito, além de discutir estratégias e políticas públicas para a conservação dos recursos hídricos, elaborar proposta coletiva de um programa permanente para a manutenção e produção de água na região. Houve também a assinatura de uma carta-compromisso entre municípios e organizações da sociedade civil, que sugere ações para o Plano Emergencial de Ação dos governos municipal, estadual e federal, além de servir como base para a construção de um Plano Permanente de conservação e produção de água na região.
Dentre as propostas que compõe o Plano Emergencial de Enfrentamento da Crise Hídrica estão fazer cumprir o Código Florestal e reduzir o tempo de recuperação, com incentivo público; implementar o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), no âmbito estadual e federal; e fomentar a realização de ações educativas e fiscalização ambiental voltada à conservação dos fragmentos florestais, evitando desmatamentos, incêndios e quaisquer outros danos no âmbito municipal.
“Realizamos o plantio de mais de 30 mil mudas, em 2014. Também determinamos ações efetivas para o Município, visando a melhora na qualidade e também da diminuição da perda da água, como na obra da Comendador Guimarães. Nesta via, que trocamos toda a antiga tubulação havia mais de 40% de perda”, ressaltou o Prefeito Jacob.