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05/11/2013 | Anúncio do fim da fabricação da Kombi faz vendas dispararem

  

Molinari: recusou várias ofertas de compra

 

Desde que a Volkswa­gen do Brasil confirmou em agosto que a famosa Kombi deixará de ser fa­bricada, um certo sen­timento de nostalgia já toma conta dos aficiona­dos pelo veículo. Também nas revendas Volkswa­gen foi registrada uma correria para garantir os últimos exemplares.

“Nos dois últimos me­ses aumentou muito o emplacamento de Kombis novas aqui na cidade”, confirma Eduardo Bre­da, gerente da Miranda Veículos, revendedora Volkswagen. Ele admite que tão logo foi anuncia­do o fim da fabricação seu setor tratou de avisar os potenciais clientes para que, se quisessem, reservassem um veículo novo.

Por conta da desis­tência do veículo, a montadora lançou sua última edição. Serão 600 unidades da Kombi Last Edition com pintura especial “saia e blusa” (teto em branco com o restante da carroceria em azul), rodas aro 14 e calotas pintadas de branco, assentos com revestimento em vinil nas mesmas cores do exterior, bordados exclusivos e o que a Volkswagen aponta como equipamentos ex­clusivos: numeração no painel, rádio com entrada para cartão de memória e conexões USB/MP3 e Bluetooth (destoando de todo o visual clássico da edição), novo grafismo no painel de instrumentos, certificado de autentici­dade e adesivo especial marcando os 56 anos de produção no Brasil (lan­çada na Alemanha em 1950, a Kombi é feita por aqui desde 2 de setembro de 1957). O custo disso tudo: R$ 85 mil.

Atualmente, a Kombi convencional é vendida nas configurações Furgão (R$ 44.918), Standard (R$ 48.429) e Lotação (de passageiros, e na qual se baseia a série Last Editon, a R$ 52.211).

Eduardo Breda dis­se que por conta do custo final a Miranda abriu mão de trazer o veículo,mas pode tentar conseguir um via en­comenda caso alguém se habilite. Segundo estimou, em 50 anos de atividade, a Miranda deve ter comercializado cerca de 1,2 mil desses veículos

Evilázio Moino, da di­reção da Miranda e um dos grandes nomes em mecânica de automóveis de toda a região, acha que a decisão da Volks foi precipitada. Embora reconheça que os ar­gumentos usados pela montadora para acabar com a linha de produção (obrigação em colocar air bag e freios ABS em todos os veículos nacio­nais a partir do ano que vem) sejam legítimos, avalia que abrir mão de um veículo que atende preferencialmente o pe­queno empreendedor é um grande erro estraté­gico. “A montadora tem capacidade técnica para criar um substituto a altura e que receba os dispositivos de segu­rança necessários sem aumentar em demasia seu custo de fabricação”, defendeu.

Saudosismo

A notícia também dei­xa triste muitos fãs que o veículo tem na cidade. Ademir Molinari, 59, tem uma modelo 73 já há 32 anos. Comprou de segunda mão de um pa­dre e a usa para entregar material de uma loja de decoração. “É pau para toda obra. Dificilmente quebra. Nunca fiquei na mão com a minha e já tive várias propostas de compra, mas não ven­do”, afirmou. “Fiquei triste com a notícia”, comentou.

Wágner Jorge Bap­tista, 55, gerencia um negócio de transporte de estudantes e usa a Kombi para atender es­tudantes que moram na zona rural. “Para estrada de terra não tem outra. Só a Kombi”, garante. Ele contou que tem uma relação de proximida­de com o veículo. “Até para entregar pão eu já usei a Kombi”, disse. Ele acredita que o final da fabricação inevitavel­mente vai aumentar o valor das Kombis. “Vai se criar um mercado negro” exagera.

O autônomo Valter Aparecido Amábile, 54, faz carretos e usa uma Kombi com caçamba, ano 85. “Estou muito satisfeito com ela. É claro que da forma como a gente trabalha, carre­gando peso, pegando estrada, não podemos negligenciar em sua ma­nutenção. Mas posso garantir que ela agüenta o tranco. Fico triste em saber que deixará de ser fabricada”, lamentou

 

Wágner: na zona rural é única

 

Eduardo Breda: vendas aumentaram depois do anúncio

 

Evilázio Moino cobra um substituto a altura

 

Fonte: Da Redação do PCI

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