De acordo com o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, deve sair na última semana de setembro a decisão sobre a proibição da venda de medicamentos emagrecedores no país,
Após reunião, a diretoria escolheu por deixar a votação para um encontro aberto ao público, sem data marcada por enquanto.
Considerando que a equipe técnica da Anvisa e a câmara técnica, constituída por especialistas que dão assessoria ao órgão, constatem que os riscos de uso de medicamentos a base de anfetaminas são maiores que os benefícios, a retirada do mercado é praticamente certa, porém ainda existe o embate a respeito da sibutramina.
Dirceu Barbano destacou que o relatório final, entregue pelos técnicos da Anvisa na última quarta-feira (31), tem mais de 700 páginas. O documento defende o uso da sibutramina com restrições – o medicamento será recomendado apenas para o tratamento de obesidade em pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30% e que não tenham doenças cardiovasculares.
Como foi dito pelo diretor-presidente da Anvisa, caso a proposta seja aprovada, será feito um monitoramento dos pacientes durante o ano seguinte ao tratamento. “Qualquer informação, no sentido de fragilidades, e ele pode ser retirado após esses 12 meses ou mesmo anteriormente”, disse, após participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Brasil em Pauta.
A câmara técnica mantém sua opinião sobre banir a subitramina, o medicamento que já é o emagrecedor mais usado no Brasil, por expor riscos à saúde maiores do que benefícios, tais como problemas cardíacos e alterações neurológicas.
“Temos que manter produtos que sejam eficazes, mas que também apresentem um perfil de segurança adequado. A questão do tratamento da obesidade é sempre muito complexa, porque a própria obesidade é um quadro de saúde difícil de ser manejado”, ressaltou Dirceu Barbano.
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