Pra eternidade

Quando daqui a não sei quanto tempo se falar em Copa do Mundo, vão se lembrar que na Copa de 2014, a Alema­nha impôs ao Brasil o maior vexame da história do futebol brasileiro, um escandaloso 7 a 1. E ficou nisso porque a Alemanha tirou o pé.

Parei no sexto gol

Confesso que imaginava um jogo apertado com um empate e decidido nos pênaltis, ou até uma vitória magra de qualquer uma das duas equipes. Agora tentar explicar o desastre fica complicado.

Lições da derrota

No futebol, como na vida, nos momentos de dificuldades é que devemos tirar as lições, aprender, mudar aquilo que está errado e recomeçar o quanto antes. Porém, com os dirigentes da CBF muito pouca coisa deve mudar.

Poucos lucram

Os dirigentes da CBF se preocupam apenas com o lucro da entidade e continuar no poder se alimentado dele. O ex-presidente Ricardo Teixeira, mesmo morando nos EUA, foi o maior agenciador de empresas para a Copa do Mundo.

Clubes falidos

A CBF arrecada muito dinheiro com a Seleção Brasileira ecom patrocínios, porém os valores não chegam aos clubes, que estão falidos e dependem das cotas da TV, para se mante, e aceitam todas as imposições destas.

O que se espera

É a troca de comando na CBF, por dirigentes que sejam eleitos por clubes, com mandatos por tempo determinado e que tenham que prestar conta de seus atos. Um planejamento sério em torno de todo o futebol brasileiro e da seleção.

O que vai acontecer

O que com certeza deve acontecer é a troca da comissão técnica da seleção. Felipão perdeu a credibilidade com o torcedor e o massacre sofrido não lhe dá condições para continuar seu trabalho.

Escalou errado

Concordo com grande parte dos brasileiros que entende que o treinador armou errado o time para enfrentar a Ale­manha. Contra o adversário mais forte ele quis escalar uma equipe ofensiva. Creio que os erros de Felipão começaram já na convocação, o time não tinha opções de ataque no banco de reservas e quando perdeu Neymar então a coisa desandou.

Não ganhamos de ninguém

Se formos analisar os adversários que jogamos nesta Copa, não ganhamos de nenhum time de expressão. É pre­ciso perguntar: ou nossos adversários melhoraram muito, ou nosso futebol ficou parado no tempo. E quando pegamos talvez o melhor time da Copa tomamos um chocolate.

Fator casa

A história de que jogar em casa diante da torcida foi pre­judicial aos nossos jogadores não me convence. Pergunte a qualquer jogador se prefere jogar em casa com apoio da torcida ou no campo do adversário.

Novo técnico

Com a quase certa saída de Felipão, o nome mais cotado para assumir o comando da Seleção Brasileira é do ex-técnico do Corinthians, Tite. A quem prefira Muricy Ramalho e até falam em um técnico estrangeiro para mudar a filosofia do futebol brasileiro, casos de Pepe Guardiola e do gente boa José Mourinho.

Base para a outra Copa

O que com certeza deve ocorrer é que a base desta sele­ção deve estar na Copa de 2018 na Rússia. Jogadores como David Luiz, Oscar, Neymar e cia têm idade para no mínimo mais duas Copas.

Pela dignidade

O Brasil precisa vencer a Holanda na tarde de hoje para amenizar um pouco o vexame da semifinal e mostra que o que aconteceu foi um acidente. Além do que o terceiro lugar vale R$ 48 milhões.

Tetra ou tricampeão

Na final de amanhã o mundo do futebol conhecerá mais um tetracampeão caso a Alemanha vença ou um tri caso a vitoria fique com os argentinos. A Alemanha é a favorita, mas no futebol não da pra arriscar nada.

Pra encerrar

Espero que a derrota de 7 a 1, sirva de lição para o futebol e para a vida dos brasileiros. Que deixemos de ser “exper­tos” e passemos a ser um país melhor. Tchau! Boa semana!