Responsável pela captação, preparo e armazenamento, por até dois anos, da pele a ser transplantada nos casos de transplante de pele, o Banco de Multitecidos (pele e outros substitutos cutâneos) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP duplicou a capacidade de processamento dos tecidos doados.
Com investimentos na ordem de R$ 940 mil feitos pelo Governo do Estado de São Paulo, as obras estruturais permitiram a expansão da unidade, em funcionamento no 9º andar do Instituto Central do HC. A unidade passou a contar com quatro salas para exame, descontaminação e esterilização de tecidos de doador cadáver e salas de armazenamento e repasse.
Com a reforma, os fluxos de recebimento, processamento, armazenamento e repasse dos tecidos (pele) foram modernizados, com alas independentes e acessos diferenciados. Um sistema avançado de pressão negativa do ar controla o número de partículas para evitar contaminação dos ambientes e aparelhos de refrigeradores, com 80 graus negativos, são utilizados para ultracongelamento dos tecidos.
O aumento da capacidade vai beneficiar pacientes vítimas de queimaduras e feridas complexas, que necessitam de enxertos e transplantes de pele para a recuperação. Para se ter uma ideia, só no Hospital das Clínicas são prestados cerca 530 atendimentos por mês a queimados provenientes de diversas regiões do país. No total, são feitos 6,3 mil atendimentos ao ano.