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Itapira, 24 de Novembro de 2024
Notícia
01/09/2012 | Campanha eleitoral “morna” causa estranheza no eleitorado

 

Quem está habituado ao clima de campanha eleitoral em Itapira tem estranhado a aparente calmaria que tem reinado até o presente momento no embate entre as três coligações que postulam a cadeira do prefeito Toninho Bellini. “Algumas pessoas comentam que a eleição tá meio devagar. A maior parte acha que a eleição já tá decidida e atribuem a este fato este aparente clima de calmaria”, comentou o barbeiro Alair Cavalaro, no batente já há expressivos 66 anos e dono de uma clientela onde figuram pessoas que fazem questão de falar sobre assuntos de natureza política.
 
A impressão colhida por Cavalaro tem se disseminado pela cidade. O Jornal Cidade ouviu algumas opiniões de pessoas envolvidas direta ou indiretamente no pleito deste ano e constatou que os motivos para justificar este aparente clima de cordialidade entre os postulantes a cargo eletivo neste ano de 2012 são os mais variados. O radialista Luiz Roberto da Fonseca , o Betuska, da direção da Rádio Clube , com pelo menos 20 anos de cobertura de fatos eleitorais acha que existe uma espécie de  “desencantamento” do eleitorado. “A percepção que eu tenho é a de que os nomes que foram apresentados não causaram entusiasmo no eleitor. Temos nomes que já foram testados anteriormente, outro cuja imagem vem atrelada a outro também já muito conhecido. Talvez este quadro de ausência de novidades tenha motivado uma maior parcimônia do eleitorado”, sugestionou.
 
O advogado Edson Luiz Neto, tradicional militante do Partido dos Trabalhadores de Itapira (PT) que já foi candidato a Prefeito em 1992, acha que este sentimento de calmaria não se aplica somente a Itapira. “Percorro diariamente diversos municípios da nossa região e em todos eles existe esta mesma percepção de que a campanha ainda não decolou”, observou. Ele avalia ainda que o rigor com que a Justiça Eleitoral tem punido candidatos que cometem irregularidades acaba colocando um freio na pretensão daqueles que usam como estratégia uma campanha mais agressiva. “Uma campanha mais centrada na apresentação de propostas acaba transmitindo ao eleitorado um sentimento de moderação. Acho que isso é positivo”, acredita.
 
 
O metalúrgico Luiz Carlos Pedroso, que foi um dos postulantes ao cargo de prefeito nas eleições de 2008 credita a umsuposto desencantamento da população com relação à atual administração municipal a causa do desinteresse que disse ter notado no eleitorado no pleito deste ano. “Além disso, tem muita gente falando que a eleição já está resolvida. É isso que venho ouvindo por aí”, relatou.
 
 
Já o prefeito Toninho Bellini, alvo das implicâncias de Pedroso, tem outra visão a respeito do assunto. Bellini concorda com a tese de que a campanha deste ano está alguns graus abaixo daquelas que disputou em termos de agitação. Mas acha que a principal razão é de natureza econômica. “O país está em crise, o mundo está em crise. Captar recursos para campanhas nesta eleição tem sido uma missão espinhosa. Os empresários estão cautelosos. E, não é segredo para ninguém, uma campanha eleitoral custa caro. Acho que por isso mesmo não temos visto tantos cabos eleitorais nas ruas como nas campanhas anteriores, o número de carros de som tem sido muito menor e até mesmo aquele visual característico nas ruas tem sido muito mais comedido”, avaliou. Bellini acredita, no entanto, que na media em que for se afunilando o prazo para o encerramento da campanha a tendência é que haja uma maior interação entre os candidatos e os eleitores. “Os comícios programados para  a reta final fatalmente se incumbirão em dar à campanha um pouco mais de visibilidade”.
 
 
Postulantes
 
Os três postulantes ao cargo de prefeito apresentaram versões diferenciadas para o assunto. José Natalino Paganini(PSDB) avalia que a campanha transcorre “de uma forma correta”. Ele acha que o contato pessoal, o chamado corpo-a-corpo “e não um comportamento agressivo” é que fará a diferença perante o eleitorado. “Do jeito que tem sido feito tá bom. É importante que as pessoas façam sua escolha de uma forma tranquila”, defendeu.
 
Emídio Alberto Mendes (PDT) também segue o mesmo raciocínio. “Tenho observado um comportamento mais respeitoso entre os candidatos, uma evidência muito clara de que existe um entendimento de que a população já não admite aquelas baixarias de triste memória”, comentou. Dono da experiência acumulada de duas eleições só para prefeito, Mendes disse ao ser questionado se acredita que este comportamento amistoso irá perdurar até o dia da eleição que “se alguém atirar a primeira pedra, vai ter troco”. Quando conversou com A Cidade, por telefone, estava particularmente incomodado com boatos de que iria desistir de sua candidatura e de que já tinha até cancelados comícios. “Não sei de onde saiu isso tudo, mas já é uma evidência de que esta calmaria que você está abord

ando talvez esteja com os dias contados”, sugeriu.
 
Manoel Alvário Marques Filho (PV) avaliou a questão sob o prisma da participação do principal desafeto político,oDeputado Estadual Barros Munhoz, na campanha do candidato por ele apoiado, aí no caso Paganini. “Houve uma mudança de foco por parte dele (Munhoz) com relação às campanhas anteriores onde os candidatos por ele apoiados foram fragorosamente derrotados. Antes ele fazia questão de apresentar até mais do que o próprio candidato. Atualmente nem aparecido ele tem. Como consequência aquela postura agressiva, aquele tom belicoso que são sua marca registrada deixaram de ocorrer e a campanha tem se apresentado num nível, até aqui, bastante aceitável”, conjecturou.

 

Fonte: A Cidade

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