Assistindo nesta (sexta-feira, 13/05/2016), o JR Jornal Regional da EPTV-Campinas, às 12:00 Horas, foi noticiado que a cidade e Metrópole de Campinas será a primeira cidade do País a ter aluguel de carros elétricos. A jornalista Bianca Rosa, fez à reportagem inclusive dando demonstrações de como será à recarga e abastecimento dos veículos elétricos. Campinas possui atualmente 8 pontos de abastecimento para carros elétricos, sendo 4 pontos gratuitos na cidade.

Proporciona uma nova solução em transporte, e ainda vai ao encontro de nossa responsabilidade ambiental"

Ana Paula Kuba Ide, diretora de marketing da Hertz

Autonomia
O primeiro carro elétrico disponível para locação será um Renault Zoe, que possui autonomia de 150 quilômetros e poderá ser reabastecido gratuitamente em qualquer um dos 25 eletropostos públicos que serão instalados até dezembro em Campinas. O valor do aluguel do carro ainda não foi divulgado. A unidade da Hertz em Viracopos também possuirá um ponto de carregamento instalado. Hoje, Campinas conta com quatro eletropostos em operação.

"Proporciona uma nova solução em transporte, e ainda vai ao encontro de nossa responsabilidade ambiental", explica a diretora de marketing da Hertz, Ana Paula Kuba Ide.

Ao devolver o Zoe, os clientes da Hertz vão preencher um questionário relatando a sua experiência com o carro elétrico. O veículo contará com um sistema de telemetria para coleta de informações do funcionamento e os dados serão usados no projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da CPFL, que estuda os impactos da utilização dos veículos elétricos.

"Um dos objetivos da parceria com a Hertz é estudar o perfil de uso dos veículos elétricos pelos motoristas que os utilizam para fins particulares, além de ampliar as pesquisas sobre o impacto da tecnologia na rede de distribuição local", diz o diretor de Estratégia e Inovação da CPFL Energia, Rafael Lazzaretti.

Eletroposto em Campinas para carros elétricos
(Foto: Divulgação/CPFL Energia)

Baixo custo
Outro objetivo do acordo é aproximar o motorista tradicional da tecnologia dos veículos elétricos, que vem ganhando cada vez mais espaço nos EUA e na Europa pelo seu baixo custo operacional e baixo impacto ao meio ambiente. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o Brasil tem hoje 1,8 mil unidades em circulação, entre elétricos e híbridos.

Os eletropostos em operação no âmbito do Programa permitem o carregamento rápido dos veículos, reabastecendo 80% da bateria em meia hora.

Mobilidade elétrica
O projeto de P&D da CPFL é financiado com recursos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A pesquisa, iniciada em 2013, receberá R$ 21,2 milhões em investimentos até 2018, ano de sua conclusão.

Atualmente, o projeto encontra-se na sua segunda fase. A expectativa nesta etapa é de ampliar a frota de veículos elétricos e aumentar o número de eletropostos em operação para até 25. Os pontos de recarregamento serão colocados em locais públicos, como shoppings centers, postos de serviços, na prefeitura e em outros pontos estratégicos.

Entre os temas estudados estão o impacto na rede elétrica e no planejamento da expansão do sistema, uso dos veículos elétricos como fonte de geração distribuída, os aprimoramentos regulatórios e legais, o ciclo de vida e reaproveitamento das baterias, estudo de tarifas e cobrança, a proposição de um modelo de negócios para a mobilidade elétrica no Brasil, além de outras questões relacionadas.

Abastecimento rápido e gratuito
(Foto: Reprodução/ EPTV)

Na primeira fase da pesquisa, foi possível concluir que os veículos elétricos são uma excelente opção para as pessoas que buscam economia. Os dados levantados pelo projeto mostram que o valor do quilômetro rodado de um automóvel a combustão é de aproximadamente R$ 0,30, ao passo que esse custo no veículo elétrico é de R$ 0,10, ou seja, um terço do gasto com um carro convencional.

Baixo impacto
Outra conclusão da primeira fase é de que a expansão dos veículos elétricos teria impacto pequeno na demanda por energia. As projeções iniciais da CPFL Energia apontam que o uso desta tecnologia ampliaria o consumo de energia entre 0,6% e 1,6% no Sistema Interligado Nacional (SIN) em 2030, quando as previsões indicam que a frota de carros elétricos pode alcançar entre 4 milhões e 10,1 milhões de unidades.