Naquela tarde de 29 de junho de 1958, em Estocolmo na Suécia, o itapirense Hideraldo Luiz Bellini, capitão da seleção brasileira, eternizou o gesto de erguer a taça de campeão após a conquista do primeiro título mundial do Brasil.
Bellini, que eternizou o gesto repetido depois por todos os capitães campeões no futebol, morreu nesta quintafeira em São Paulo, aos 83 anos, após lutar contra o Mal de Alzheimer com a mesma bravura e raça com que atuou 21 anos no futebol brasileiro. Bellini estava internado no Hospital Nove de Julho, na Capital. Seu corpo deverá ser velado em São Paulo para depois voltar para sua terra natal, onde será sepultado.
O corpo do capitão Bellini foi velado em São Paulo das 6h às 15h20min no Salão Nobre do São Paulo FC. O corpo chegou em Itapira no Ginásio de Esportes Benedito Alves Lima, o Itapirão, às 20h30min onde será velado até as 11h deste sábado.
O cortejo sairá do Itapirão e a urna funerária será carregada pelo caminhão da defesa civil que percorrerá as ruas da cidade, como um último adeus ao grande capitão Bellini. O percurso: Rua 24 de outubro, Rua Padre Ferraz, Rua XV de Novembro, Praça Bernardino de Campos, Rua José Bonifácio, Rua Rui Barbosa, Avenida da Saudade. O sepultamento será no Cemitério da Saudade.
A esposa Giselda, declarou no início desta tarde, que o cérebro do capitão Bellini foi doado para estudos no Hospital das Clínicas: “Tenho uma coisa para revelar que acho que vai aumentar ainda mais o amor que os brasileiros têm por ele. Nós tivemos a sorte de ter dois grandes neurologistas ao lado. O doutor Ricardo Nitrini, nessa fase final, perguntou se a família doaria o cérebro para que fosse feito um estudo, visto que muitos atletas de vários esportes apresentam esse problema ou algo similar. É claro que se é para ajudar as pessoas a evitar essa doença no futuro, concordamos totalmente com a iniciativa. Logo após a passagem dele, foi feito um procedimento de aproximadamente três horas no Hospital das Clínicas”.