Mais de 30 pessoas, entre civis e militares, estão desaparecidas depois dos confrontos ocorridos na cidade de Kidal, ao Norte do Mali. A cidade é controlada pelos rebeldes, mas representantes do governo afirmaram hoje (18) que após os combates os militares recuperaram o controle de todos os edifícios administrativos da cidade, exceto o prédio onde o Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA) mantêm 30 funcionários como reféns.
Os confrontos ocorreram em frente à sede do governo da região, quando o primeiro-ministro do Mali, Moussa Mara, visitava a cidade. Pelas contas do governo, 36 pessoas morreram. Segundo nota do Ministério da Defesa do Mali, oito mortos e 25 feridos são das Forças Armadas e 28 mortos e 62 feridos são integrantes do grupo tuaregue rebelde MNLA.
O governo responsabilizou o movimento pelas mortes. Moussa Mara afirmou que o Mali vai travar "uma guerra sem tréguas aos terroristas".
O ministro da Defesa do Mali, Soumeylou Boubeye Maiga, disse que vai reforçar a presença de militares em Kidal e nos arredores da cidade. Segundo ele, se houver necessidade, o efetivo de homens poderá ser duplicado.
Kidal, que fica a 1,5 mil quilômetros da capital Bamaco, foi palco de protestos de centenas de jovens e mulheres contra o governo nos últimos dias. Grupos insatisfeitos se manifestaram no aeroporto tentando impedir a visita do primeiro-ministro do Mali, que foi nomeado em abril.
O antecessor de Moussa Mara, Oumar Tatam Ly, cancelou uma visita a Kidal em novembro do ano passado, depois de protestantes terem ocupado a pista do aeroporto.
A força das Nações Unidas para o Mali, Minusma, condenou os atos de violência, considerando que são contraproducentes e ?contra a vontade do povo do Mali, que aspira à paz e estabilidade duradouras?.
No sábado, representantes da Minusma afirmaram que 19 dos seus policias e sete manifestantes ficaram feridos na sequência de confrontos nas manifestações do aeroporto.
*Com informações da Agência Lusa
Editor Andréa Quintierehttp://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-05/confrontos-no-mali-matam-36-pessoas Comentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.