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Itapira, 23 de Novembro de 2024
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22/06/2014 | Copa do Mundo desperta sentimentos antagônicos nas pessoas

Decorridos praticamente 11 dias do início do atual Mundial de futebol, a disputa do torneio literalmente tem feito a felicidade daquelas pessoas aficionadas no esporte. Para uma boa definição do assunto, existem torcedores e ‘apaixonados’. O professor de Educação Física, Alexandre Soares Avancini, o Danone, se enquadra perfeitamente nesta segunda definição. “Evidentemente que por motivo de trabalho não vou conseguir ver todos os jogos na íntegra, mas se pudesse assistiria a todos”, falou.

Avancini diz que esta inclinação em assistir futebol vem desde pequeno. “Sou de uma família de futebolistas. Meu avô era um.Meu pai também e eu não neguei fogo”, resumiu. Ele se utiliza das redes sociais para fazer comentários sobre todos os jogos que assiste. “Acho que tenho conhecimento de causa para fazer isso. Tanto que depois de postado meus comentários, leio aqueles feitos por experts dos principais jornais esportivos para fazer uma comparação e , via de regra, minhas opiniões batem com a destas pessoas”, relatou.

Ainda segundo afirmou, muitos colegas e alunos costumam repercutir aquilo que comenta. Apesar da suposta linha de análise em sintonia com comentaristas famosos, Avancini destoou em pelo menos uma delas: a do pênalti marcado pelo árbitro japonês Yuichi Nishimura contra a Croácia na estreia do Brasil. “Achei que houve sim o pênalti. O juiz acertou”, disse convicto, engrossando a mesma visão do lance que tiveram o atacante Fred, o técnico Felipão e poucas pessoas mais. Exibindo um pouco do lado torcedor, Avancini disse que nem se passa por sua cabeça imaginar o Brasil ficando pelo caminho durante a competição. “Perder a Copa em casa, só uma vez. Duas impossível”, declarou.
 
Nem aí
 
 
O porteiro Mário Gomes Tenório, de 59 anos, é o oposto de Avancini. Uma coisa que definitivamente não está entre suas prioridades de vida é torcer para algum time de futebol. “Não me iludo com isto. Nunca gostei”, afirmou. Em dias de jogos da seleção, ele disse que ao contrário de 99% das pessoas, se dedica a programas mais lúdicos, como uma pescaria, ou então uma boa leitura. “Gosto de ler um bom livro. Muito melhor do que ficar na frente da TV vendo algo que não me acrescenta nada em termos pessoais”, desdenhou.
 
Apesar desta aversão, o porteiro afirma que quando criança até batia uma bolinha. “Era algo inerente ao próprio fato de ser garoto. Mas diferentemente dos outros, não me envolvia em discussões”, relembra. Aliás, ele relatou uma lista de atividades que considera espécie de lavagem cerebral: novelas, programa do Faustão e algumas seitas religiosas. “Eu sou daquele time que gostaria de ver nosso país campeão de educação, saúde, habitação e igualdade social e não da Copa do Mundo”, encerrou.
 
Ele não liga pra Copa
 
 
O sobrenome é italiano. O time do coração é o Palmeiras. Mas quando o assunto é Copa do Mundo, ele não está nem aí.
Aos 59 anos, o músico e proprietário da Banca Estação, Waldemar Razzo, garante que não vê os jogos da maior competição esportiva do mundo. Apesar de estar amplamente envolvido com a movimentação em torno da Copa, quando a bola rola, se não estiver trabalhando, seu lugar é no quarto, com seus instrumentos e o computador.
 
Sua banca é um dos pontos de encontro dos colecionadores das figurinhas do álbum da Copa, mas Razzo não tem interesse pelos jogos, mesmo os do Brasil. “Até agora não vi nenhum jogo”, ressalta. “Quando é o Brasil que joga só dou uma espiada por curiosidade quando minha esposa ou os filhos gritam ou reclamam de algum lance”.
 
Esse desinteresse começou a ficar acentuado na Copa de 98, quando o Brasil perdeu o título para a França. “A partir do momento que percebi que os jogadores se interessavam muito mais pelo prêmio em dinheiro passei a perder a vontade de assistir”, revela. “Antes não, eu via todos os jogos e torcia, porque os jogadores entravam em campo com vontade de ganhar, hoje fico no meu quarto, com meus instrumentos, mexendo no computador”, conta. Esse quadro só se altera quando a esposa Silvana ou um dos filhos do casal vão ao quarto levar pipoca. “Minha esposa estoura as pipocas para comerem durante o jogo e disso eu participo”
Fonte: Da Redação do PCI

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