Munhoz já colocou a campanha nas ruas. Carros de som circulam pela cidade fazendo propaganda para sua reeleição. Convicto de que tem fôlego para mais quatro anos de mandato, ele acredita que tem cacife para se eleger com votação expressiva.

 

André Siqueira disse que está investindo inicialmente em propagandas de apelo visual, confeccionando placas que terão seu nome e de apoiadores de seu partido, instaladas em Itapira e outras cidades da região. “O dinheiro que dispomos é curto, fruto de contribuições partidárias. Por isso temos que saber como gastar”, afirmou.

 

Colaborador privilegiado da administração do ex-prefeito Toninho Bellini, Siqueira, de 38 anos, não possui experiência eleitoral. Ia disputar a eleição para a Câmara Municipal em 2012, mas teve seu nome indeferido pela Justiça Eleitoral a partir de uma representação movida contra ele pelos adversários por causa de uma pendência com a Justiça Eleitoral. Apesar disso, garante que desde os 20 anos lida com política. Questionado se acredita ter chance de se eleger, Siqueira disse que apesar de acreditar que suas chances são ínfimas, não vê problemas em disputar a eleição. “É uma forma de testar minha popularidade. Na pior das hipóteses tornarei meu nome mais conhecido para futuras empreitadas”, admite. Ele acredita que a sua campanha vai decolar a partir de agosto quando pretende que esteja mais estruturada materialmente falando.

 

Com base eleitoral na Vila Izaura, disse que vai investir também em cidades vizinhas como Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Lindoia, Águas de Lindoia e até em Poá, na grande São Paulo, onde tem parentes. “Já avisei meus parentes que se não aparecer voto meu por lá vou ficar bravo”, brinca.

 

 

O caso da servidora Rosalina é mais emblemático. Será sua segunda experiência eleitoral. Em 2008, disputou eleição para a Câmara Municipal num momento de enorme fragilidade emocional, quando tinha ficado viúva do esposo Antonio Carlos, também ex-servidor municipal, aquele que de fato tinha, segundo declarou, maior vocação e envolvimento com assuntos políticos. “Disputei a eleição para preservar o legado do meu marido. Sabia que ele ficaria orgulhoso de mim”, comentou.

 

 

Foi por intermédio do falecido esposo que ela conheceu pessoas ligadas ao PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) agremiação de ideologia esquerdista, surgida a partir de dissidentes do PT (Partido dos Trabalhadores). Rosalina disse que não tem este tipo de envolvimento ideológico e aceitou disputar a eleição como uma forma de se envolver mais em assuntos políticos. “Embora uma disputa eleitoral tenha aquele foco de disputar e vencer, no meu caso eu tenho ambições mais modestas. Para mim, se tiver cinco votos, vou soltar rojão porque serão cinco pessoas que acreditaram em minha mensagem. Você não pode conceber um modelo democrático sem participação eleitoral, por mais modesta que ela possa se apresentar”, colocou.

 

Com relação à rede de apoiadores, ela diz que o principal mentor é o metalúrgico e ex-candidato a prefeito, Luiz Carlos Pedroso. “Ele tem me dado muito incentivo. É claro que a partir do momento em que a campanha esquentar terei que gastar muita sola de sapato. Pretendo colocar a cara à tapa. Vou visitar todos os locais onde quiserem me receber”, condicionou. Rosalina tem 47 anos e cinco filhos e reside no bairro Acchiles Galdi.

 

O vereador Marcos Paula da Silva, procurado pela reportagem de A Cidade, disse que em função de sua agenda muito espremida não tinha tempo para conceder entrevista para falar a respeito de sua candidatura.