A Teka (Tecelagem Kuehnrich) deu entrada nesta sexta-feira em um pedido de recuperação judicial perante a Comarca de Blumenau, em Santa Catarina. A empresa, que é uma das maiores fabricantes de artigos de cama, mesa e banho da América Latina, informou que a ação pretende proteger seus ativos, além de mantê-la em atividade e salvaguardar seu valor de mercado.
A tecelagem disse ainda em comunicado que, antes de entrar com pedido de recuperação judicial, fez esforços expressivos para adequar as estruturas de custos fixos e variáveis às condições econômico-financeiras. "A companhia buscará a readequação do passivo à sua capacidade de geração de caixa, com vistas à solução integral", declarou a empresa.
Nova Lei de Falências – A recuperação judicial é uma medida legal que evita a falência imediata, pois possibilita ao empresário a possibilidade de apresentar, em juízo, a seus credores formas para quitação de suas dívidas. Com a nova Lei de Falências brasileira (nº 11 101/2005), as companhias ganharam mais prazo e condições melhores para se reestruturar. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde esse regime – regulado pelo famoso 'Capítulo 11' da Lei de Falências americana – está em vigor há muitos anos, existem diversos casos bem-sucedidos. Um exemplo relativamente recente é o da General Motors. Em 1º de junho de 2009, a montadora assustou o mercado com o anúncio de seu pedido de recuperação judicial. Após 40 dias, a companhia veio a público anunciar sua saída da concordata.
(com Agência Estado)