A partir da zero hora deste sábado, dia 21, tem início mais uma edição do Horário de Verão no Brasil. Assim como vem acontecendo há 27 anos, nesse dia, os relógios de milhões de brasileiros, em dezesseis estados, deverão ser adiantados em uma hora para otimização da capacidade de fornecimento do sistema elétrico do país. A medida, que já faz parte da cultura do brasileiro, vai durar 119 dias, estendendo-se até a meia noite do dia 16 de fevereiro de 2013, quando os relógios terão que ser atrasados em uma hora.
Como ocorre a cada ano quando começa o período, o Horário de Verão continua dividindo opiniões. “Tenho que sair para trabalhar às 5h00 todos os dias. Com o horário de verão vou sair na verdade às 4h00, com tudo escuro. Acho perigoso, não gosto”, disse a diarista que se identificou apenas como Ivone, moradora no bairro do Cubatão” . Ela tem a concordância de Rita de Cássia Luzia, funcionária da Sanepav.
Rita conta que o principal motivo é adequar a hora de dormir. “A gente está acostumado a acordar num horário e demora para acostumar com o outro. Além do mais está tudo escuro quando saio para trabalhar”, objetou.
Os que gostam do horário de verão normalmente citam o fato do dia ficar “mais comprido”. É o caso do motorista Claudio Sartorelli, da Viação Itajaí. Mesmo tendo que na maioria das vezes sair da garagem da empresa às 5h00, ele disse que compensa. “Já acostumei a acordar cedo. Uma hora a menos não faz tanta diferença assim. Além do mais, à tarde a gente tem um tempo maior para se dedicar a outras atividades”, pontificou.
O tempo maior durante à tarde para fazer exercícios físicos é outro fator que eleva a aprovação do novo horário. A balconista Silvia Machado e a telefonista Gabriela Tenório gostam de fazer caminhadas aos finais de tarde e disseram que o horário de verão “deixa mais tempo para a atividade física”. “Quando é 8 horas da noite ainda tem claridade, é ótimo”, disse Sílvia.
E tem também os indiferentes. “Para mim não atrapalha nada. Durmo com as galinhas e acordo com os galos”, disse o motorista de ambulância João Cruz de Oliveira, que costuma viajar logo cedinho para várias cidades servidas pelo serviço municipal de saúde. O aposentado Álvaro Marques Inácio, de 66 anos, morador no bairro da Santa Cruz disse que para ele “o horário de verão não altera em nada a rotina”. Por outro lado, defendeu a medida dizendo que “é boa para a economia do país”.
Rita: reclama da escuridão
Álvaro: “bom para a economia do país”
João Cruz, “não interfere em nada”
Claudio Sartorelli: mais tempo para as tarefas do dia-a-dia
Silvia e Gabriela: bom para quem gosta de atividades físicas