O Dropes inventou! O pré-candidato do PDT à prefeitura de Itapira, Sr. Alberto Mendes, encaminhou um email à redação, dizendo: “Prezado Sr. Nino Marcati! Entendemos que a imprensa de um modo geral tem o dever de informar, porém deve informar coisas certas e não chutes. O teor do Drops n. 106, no que concerne ao assunto PDT x PC do B o Sr, inventou e muito.
O Dropes inventou? Não ocorreu nenhuma reunião com as Executivas do PDT e PC do B na última quarta feira, portanto não se justificam suas alegações e tiradas. A referida reunião não aconteceu porque nós entendemos que não justificaria tal reunião em face da proposta que o Grupo da Oposição teria feito ao PC do B, logo só não aceita quem é burro.
O Dropes está aqui para isso. O nosso Projeto como pré-candidato não é de negociatas de cargos e sim o bem para Itapira. Portanto, solicitamos que o Sr. faça as devidas correções e procure evitar de colocar falas e fatos em nosso Projeto. Atenciosamente. Alberto Mendes
Do PCdoB. Syllas Marcos Silveira. Coordenador Regional do PCdoB encaminhou email à redação com o que segue: “Boa tarde, Nino. Diante do teor do Dropes de n.º 106 envolvendo o nome do PCdoB de Itapira, gostaria de desmistificar algumas informações improcedentes que foram publicadas:
O PDT não quis se reunir com o PCdoB. Desconheço qualquer reunião ocorrida na quarta-feira entre os membros do PCdoB e do PDT, mesmo porque estes últimos através de contatos telefônicos se recusaram a se reunir conosco até que todos os fatos alardeados durante o decorrer da semana fossem esclarecidos.
Quem se reuniu então? Se houve alguma reunião não teve a participação do Luiz, a do Beto Coloço, a do Fabrício nem a minha (Syllas), portanto, nada pode ser considerado ou mesmo acordado.
A reunião de segunda. Na última segunda-feira, 27, a Comissão Executiva do PCdoB se reuniu com o intuito de deliberar sobre uma possível dobradinha entre Paganini e Dado Boretti. Vários questionamentos e ponderações foram colocados em pauta, sendo eles: descartada a hipótese de candidatura própria aos cargos de prefeito e vice; divulgação das resoluções da Comissão Executiva Estadual sobre coligações nas eleições municipais de 2012; uma possível aliança entre PCdoB e PSDB resguardando o direito do Partido em indicar o nome de Dado Boretti à candidatura de vice-prefeito; estabelecimento de condicionantes para essa possível aliança; homologação desta hipotética aliança entre dirigentes estaduais e representantes do Partido na ALESP, conforme orientações do Comitê Estadual.
Na assembléia. Estive pessoalmente na ALESP na última terça-feira relatando à Executiva Estadual e ao Deputado Pedro Bigardi sobre os desdobramentos dos fatos aqui ocorridos e de situações similares (coligações) envolvendo outras cidades da Região.
Cargos não foram discutidos. Em momento algum foi colocada qualquer exigência em relação à Secretarias e cargos em uma futura Administração, até porque as eleições ainda nem começaram e tampouco se pressupõe sobre a vitória de quem quer que seja.
De onde saiu, então? Se em algum momento alguém tergiversou sobre o rumo das negociações (promessa de cargos e algo mais) o fez sem propriedade, intempestivamente e levianamente. Diante do acima exposto, espero ter esclarecido definitivamente as dúvidas e desfeito os comentários maldosos e caluniosos que comumente se apresentam nestas situações. Atenciosamente. Syllas Marcos Silveira.
O Dropes esclarece 1. Está difícil para algumas pessoas perceberem que o Dropes não inventa, nem aumenta, apenas repercute o que chega à Redação. Não cabe ao Dropes duvidar das palavras que aportam. Elas vêm das ruas. O Dropes democratiza a informação. Dá ciência aos envolvidos para que possam se defender, quando defesa existir. Por isso, o Dropes nunca se negou a publicar na íntegra as considerações das pessoas citadas. O Dropes deixa patente a sua lavra quando esclarece ou manifesta opinião.
O Dropes esclarece 2. O informante da referida reunião recebeu as informações de pessoas ligadas ao PCdoB, provavelmente interessadas em melar a vontade da maioria. Como o informante tinha informação do encontro agendado, ele achou que os fatos narrados por pessoas que mereciam sua confiança teriam ocorrido na reunião oficial. O Dropes, no entanto, do ponto de vista da informação considera irrelevante o fato da reunião ter sido realizada ou não com a executiva. Considera, no entanto, muito importante a correção, tanto do ponto de vista político, como da caracterização da extra-oficialização do acontecimento.
Mas o Dropes pergunta? Que interesse tinha ou tem as pessoas que propalaram, para todos os cantos, as negociações não confirmadas pelo Syllas, que além de pertencer à executiva municipal é coordenador regional do PCdoB?
O Dropes faz mais uma pergunta. Porque Alberto Mendes preferiu dar ouvidos ao setor sabidamente minoritário do partido, não interessado na eventual na coligação, sem ouvir quais eram as decisões oficiais da executiva local? Que problemas o PDT teria se essa reunião tivesse sido realizada, conforme programada?
É assim que as coisas funcionam no PCdoB. Segundo integrantes do PCdoB, os contrários à coligação têm forte ligação com o pré-candidato Alberto Mendes, mas acontece que eles têm uma ligação mais forte ainda com o PCdoB. Certamente, depois de muita conversa os dois acabarão seguindo o mesmo caminho ou, então, eles convencerão a maioria.
Conclusão do Dropes. O erro não está com o PCdoB ou com os seus dissidentes momentâneos. Mas com o pré-candidato do PDT que poderia ter ficado bravo, xingado todo mundo e até classificar a decisão do PCdoB como equivocada e traiçoeira. Mas antes, ele deveria ater-se à posição majoritária do partido. Nenhum governo, virtual ou real, pode ser lastreado no descontentamento da minoria.
Paganini não gostou. Obviamente o grupo oposicionista não ficou nada satisfeito com as lucubrações a respeito do caminhão de cargos direcionados ao PCdoB. Já no primeiro contato, o PCI sabendo que Munhoz estava na cidade, solicitou esclarecimentos. Barros Munhoz optou pelo atendimento direto e abriu um espaço na agenda de sábado para receber esta redação e trocar um dedo de prosa.
O princípio. Tudo começou com a história da continuidade das atividades do Segundo Tempo em Itapira. Munhoz se colocou para ajudar os professores na entrevista coletiva a partir de um questionamento do Beto Coloço, diretor do jornal A Cidade e membro do PCdoB. Naquela oportunidade, Munhoz se colocou à disposição e garantiu que não vincularia qualquer tentativa de solução a apoio ou coisa parecida. Esse posicionamento está gravado e disponível aos internautas. Como a continuidade dependeria da concordância do prefeito e de Manoel Marques. O processo para a geladeira.
União, esse é o meu nome. Paganini teve a idéia da coligação, mas pelas circunstâncias resolveu conversar com Munhoz. Com o cartão verde na mão, o Mestre começou a mexer os “pausinhos”, com muito cuidado, pois sabia que era assunto de fino trato, tanto para um lado, como para o outro. O assunto foi evoluindo, sempre em consonância com o deputado. Ninguém mais sabia, além dos pecedobistas. Conseguiu o respaldo na maioria dos integrantes do PCdoB, cinco a dois.
Faltava o mais difícil. Até então, nenhum cargo foi condicionado, mas foram admitidas as possibilidades da participação do PCdoB na chapa majoritária, como vice, e a presidência do SAAE. Mas faltava levar a proposta aos demais membros do grupo. Sabia-se que não seria uma tarefa fácil.
E isso é muito bom! Segundo Munhoz, os seus adversários acham que nas reuniões do grupo ele fala e todo mundo aceita e cala a boca. “Não é assim não, tem certas coisas que eu tenho mais trabalho aqui, do que na assembleia. E dificilmente prevalece cem por cento das minhas propostas. Eles sempre acham alguma falha, alguma brecha.”
Oitenta por cento. Essa reunião aconteceu na noite de sexta-feira, 3. Paganini e o deputado Barros Munhoz suaram a camisa para convencer os companheiros. Foi uma reunião tensa. Depois de colocarem a importância da coligação e os laços antigos que unem Dado Boretti ao histórico político de Munhoz, todo mundo dar palpite, a aceitação ficou em oitenta por cento.
Munhoz esclareceu: “até agora era namoro, acertos entre as “famílias”. Nada está definido. Apenas vontades. As negociações vão começar agora e a prioridade do PCdoB é com o projeto de governo. Eles querem ser governo, não cargos, como propala-se. É claro que eles vão compor a administração, assumir responsabilidades. Eles não querem que ocorra o mesmo que ocorreu com o “Novo Tempo” onde o projeto político se transformou “naquilo que o Mané queria”.
E concluiu. “Evidentemente, todos os partidos aliados participarão desse processo. Sabemos e o Paganini está preparado para isso, que não será uma tarefa fácil. Eu vou ajudar naquilo que posso. São Paulo suga meu tempo e agora com a candidatura de José Serra terei que reservar um tempo para ajudá-lo. Confio no Paganini e no grupo que nos dá sustentação.”
Novidade? Munhoz acha engraçado o fato de algumas pessoas acharem estranho esse tipo de composição: “Em São Paulo eu faço isso todos os dias. Quinta-feira atendi Rui Falcão do PT e logo em seguida, José Serra, do PSDB. Pra essa gente isso deve ser estranho. E aqui em Itapira tive opositores ferrenhos como Noé Massari, Luiz Arnaldo, Casimiro e tantos outros que mais tarde integraram o nosso grupo. Fizemos isso para ganhar a eleição. E ganhamos.”
Compra todo mundo. “O problema é que essas pessoas confundem a arte de fazer política com compra de pessoas. Eles acham que os ex-companheiros deles vem para o meu lado porque eu os comprei. Porque ofereci favores. Eu fico bravo pela ofensa que eles oferecem a essas pessoas. Mas o que eu quero é gente boa do meu lado. Eu tenho uma história para lhes oferecer.”
Não é assim que se faz. “O Novo Tempo perdeu companheiros e partidos. Não pelo meu canto de sereia. Mas pela incompetência deles. Mais precisamente pelo fato de Toninho Bellini só ver um companheiro pela frente, Manoel Marques. Ele faz tudo o que o Mané quer. Ninguém sabe o porquê? Ele abriu mão de amigos de infância. Gente da maior confiança. E acreditem: isso será a principal razão que poderá trazer Dado para o nosso lado.”
Chega de divisão. Outro ponto muito importante nessa união é que precisamos acabar de uma vez por todas com esse negócio de contra ou a favor do Totonho. Itapira não aguenta mais isso. Itapira quer crescer. Quer indústrias. Quer mais leitos hospitalares. Vejo nessa dupla, Paganini e Dado, ideal para isso. Vou torcer para tudo dar certo.
Delírio. “Sobre as especulações sobre a participação de Toninho Bellini na história é o mais puro delírio. Toninho teve milhões de oportunidades para se aproximar de mim, de conseguir recursos e obras fundamentais para a nossa cidade, para ele deixar o seu nome fincado nessa terra para sempre. Ele não fez nada. Como agora ele poderia querer um acordo?"
Essa é maluca demais. Caso verdadeiro, Toninho Bellini estaria fazendo um acordo para o grupo dele perder. Pior, o candidato dele, que o fez se meter num monte de encrencas por nunca dizer não para ele, perder também. Era muito mais fácil ele ter me procurado lá trás e feito um acordo para trabalharmos juntos a favor de Itapira.
Pitaco do Dropes. Uma questão precisa ficar bem clara. Dado sempre foi amigo de Toninho Bellini, quase irmãos. Mas Dado sempre foi Totonhista de coração. Esse fato é inquestionável. Logo a aproximação de Dado a Barros Munhoz não é nenhuma novidade. Aliás, quantos integrantes do Novo Tempo, em 2004, nunca tinha sido antes defensores ferrenhos de Munhoz? Nem o prefeito Bellini escaparia dessa.
Munhoz, definitivamente, não é mais o mesmo. O próprio Munhoz fez questão de dizer que essas idéias dos amigos passarem que ele pode ir longe na política, de que ele é o grande articulador do PSDB e coisa e tal, ele vê mais como um agrado do que realidade. “Eu já fui além do que eu poderia querer. O meu partido está cheio de gente boa. Sou pequeno diante de um Serra, de um Alckmin, de um Aécio, de um Aloysio, de um monte de gente. Eu sei que as pessoas falam com a maior boa intenção, mas eu prefiro dizer “menos minha gente, menos.”
Terça continua.
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Nino Marcati, da Redação do PCI.
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