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Itapira, 16 de Janeiro de 2025
Notícia
01/04/2012 | Dropes: 119º capítulo

 O relatório. Na última quinta-feira, 29, todos os convidados estavam acomodados, prontos para a reunião com o prefeito Toninho Bellini. Faltavam Manoel e Ferrarini. O atraso era justificado e conhecido dos demais participantes. Manoel estava na câmara para abrir os trabalhos do Parlamento Jovem. Ferrarini o acompanhava.

 
Eis os convidados... Para essa reunião foram convidados os dirigentes do PV, PSL, PMN, PSDC, PTN, PTdoB, PRP, PPL, PT e PDT. O PMN não compareceu.
 
Cadê o Alberto. Do PDT estavam Cristina, Marli e Toninho Orcini. Deixaram de convidar o pré-candidato Alberto Mendes. Ninguém entendeu muito bem essa estratégia. A ideia era tentar unir todos os partidos presentes em torno de um único nome. Alberto não poderia estar ausente.
 
Candidato único. Toninho Bellini começou a preleção conclamando a todos a renunciarem questiúnculas pessoais, eventuais desavenças ou diferenças. Era hora de unir forças em torno daquele que reunisse as melhores condições para enfrentar uma dura campanha eleitoral.
 
Pesquisa ou enquete. Para tirar o nome de consenso, Bellini propôs contratar uma empresa de pesquisa. Caberia a uma amostra da população itapirense a indicação entre Alberto, Manoel e Martins. Sonia desautorizou o prefeito a incluir o nome dela.
 
Pitaco do Dropes. Uns falam em pesquisa, outros em enquete. Para quem não sabe os dois procedimentos são totalmente diferentes. Pesquisa utiliza metodologia científica na coleta de dados, segmenta por área de habitação, nível de renda, classe profissional, escolaridade e outros na definição da amostra, o universo é definido pelo IBGE. A enquete pode até ser considerada como uma consulta de opinião, mas é aleatória, sem valor científico.
 
No palanque de Alberto? Até a proposta da pesquisa, a reunião corria tranquila até que Cristina fez a seguinte pergunta a Toninho Bellini: “o senhor está dizendo que vai respeitar a pesquisa para ter um nome único, mas se esse nome for do Alberto, o senhor subirá no palanque dele?”
 
Vou pensar! Toninho fez aquela expressão de quem tentava engolir alguma coisa e respondeu: “Olha Cristina, caso isso aconteça eu me reservo no direito de pensar sobre o assunto”. 
 
Veja bem... Diante do olhar fulminante de Cristina, Bellini explicou: “eu quero que vocês entendam que Alberto nos deu problemas no almoxarifado e ele é muito ligado ao Beto Trevelin. O Beto ganhou um dinheirão da prefeitura, mas vivia metendo o pau na gente”.
 
E a reunião desandou. Ninguém entendia mais nada. Até que a experiência de Toninho Orcini falou mais alto e interveio na conversa. Ele se levantou, mostrou-se bravo com aquela situação, pediu para se retomasse a ideia de buscar o consenso, o melhor nome para o grupo.
 
Perguntou para uns. Toninho Bellini retomou a reunião e num lance ousado tentou verificar quais eram as tendências dos presentes. Dirigiu-se, primeiramente, ao presidente do PSL. Danilo, que de bate-pronto respondeu: “estou com Manoel Marque e irei com ele até o fim, até onde ele for”. Toninho fez cara de quem não esperava resposta tão contundente.
 
Perguntou para outros... Mas Toninho continuou: Fez a mesma perguntou para o PTdoB e acabou ouvindo resposta semelhante à de Danilo. Do Primo do PTN ouviu mais: “Manoel é o único candidato “macho” para enfrentar o grupo do Totonho.” Ferrarini reiterou apoio ao companheiro. Cleber Borges disse que estava com o presidente da Câmara. E até de Centofane, do PT, veio apoio ao pevista.
 
Fez o teste de São Tomé. Toninho Bellini começou a dar demonstração de desconforto com o que estava ouvindo. Ele imaginava que diante de um posicionamento firme dele, como prefeito e líder, o grupo poderia revelar certa insegurança colocando-lhe a responsabilidade da indicação oficial. Todo mundo falava que Manoel tinha o controle da maioria dos partidos, ele quis ver para crer. 
 
O desabafo do Mané 1. Manoel aproveitou a oportunidade para desabafar. Começou dizendo que se ele não tivesse sido eleito vereador estaria totalmente ferrado. O grupo da qual faz parte não fez outra coisa senão tentar tirá-lo da jogada. Além da pessoas que perseguem, na prefeitura, os companheiros fiéis que o apoia.
 
O desabafo do Mané 2. Depois Manoel lembrou que em 2004 abriu mão de ser vice, apesar de melhor colocado nas pesquisas, em nome da união, do que era melhor para o grupo e determinou: “agora eu arrumei o cavalo para eu montar. Vocês podem aplicar a pesquisa. Se ela mostrar que meu nome é totalmente desfavorável, eu retiro a minha candidatura. Mas se essa pesquisa mostrar uma situação embolada ou me parecer viciada, levarei a candidatura até o fim”.
 
A denúncia do Mané. O pré-candidato do PV informou aos presentes que um representante do PT procurou a presidente do PDT, propondo a Alberto ou a Orcini a complementação na chapa de Martins. Manoel dirigiu-se a Cristina e perguntou: “não é verdade Cristina?” A presidente respondeu com a cabeça, positivamente, colocando no prefeito e no PT uma bela saia justa.
 
A reunião acabou como começou. Não ouve entendimento. O PDT ficou na mesma. O PT fará uma reunião nesta segunda-feira, 2, para tentar avaliar a enrascada que se meteu. 
 
O bom soldado. Martins continua pré-candidato. Confessou não ver muitas saídas para a situação que o grupo entrou. Concorda que demorou muito para se conversar sobre o assunto.
 
O mundo gira. Aliás, qual seria a razão do grupo situacionista ter demorado tanto para pensar seriamente no assunto eleição? Seria Manoel o dificultoso do processo ou seria os demais membros que esperaram a oportunidade bater em suas portas?
 
Martins na TVPCI. Martins será o convidado do “Conversa de Gente Grande” com Nino Marcati, pela TVPCI, nesta segunda, 2, às 8h. Martins vai abrir o jogo e esclarecer os problemas entre Sonia e o PT e o processo sucessório. A exemplo dos programas com Sonia, Manoel e Dado, este deverá bater mais um recorde de audiência.
 
Veja como são as coisas... Depois Manoel vai para a tribuna da câmara para dizer que o Dropes só publica notas do grupo do Paganini. Manoel tem sido injusto com esta coluna. O Dropes nunca deixou de publicar qualquer informação recebida que envolvesse o nome dele ou de qualquer outro partido ou pré-candidato. 
 
Dois pesos e duas medidas. O único problema nessa história é que além de injustos, os políticos tem uma dificuldade danada nas ponderações. Costumam dar peso 9 às notas negativas e um às positivas. 
 
Só faltava essa! O que Manoel reclama e com toda razão é que a maioria das notas do grupo oposicionista sai com viés favorável contrapondo às dos situacionistas. Mas taí uma situação que não cabe ao Dropes mudar a ordem das coisas. O Dropes não produz as boas, nem as más notícias, apenas repercute as versões.
 
Só falta o Manoel dizer que o Dropes foi responsável pelo estado de ânimo que ocorreu nas reuniões de quinta, 29, com o prefeito Toninho Bellini e de sexta, 30, na Bike & Cia. Numa a desunião era o tema da noite. Na outra, se tinha gente insatisfeita, bateu palmas e foi pra galera.
 
Um duro teste. E para quem acha que tudo parecia um jogo com cartas marcadas é porque não sentiu o ar de preocupação que rondava o espaço até o final do discurso do Dado. Passava-se a impressão de que a qualquer momento alguém ou algum grupo poderia hostilizar não só a Dado, mas Paganini por tabela.
 
Faltaram os rojões. Dado, por exemplo, por pouco não se desidratou totalmente. Nem jogando futebol noventa minutos direto, teria perdido tanta água como naquela reunião. A camisa dele estava em sopa. Dado terminou o discurso aplaudidíssimo e dali em diante o clima era de festa. 
 
Provocação, não. Como houve estranhamento com a ausência da “rojãozada” perguntaram aos organizadores a razão do corte na tradição, a resposta foi curta e grossa: esse é o novo jeito de fazer política. Nesse caso, soaria como provocação. Isso nem Paganini, nem Dado, nem Totonho querem.
 
Enquanto um soma... Enquanto o grupo liderado por Munhoz vem agregando pessoas de grosso calibre, o Novo Tempo tem seguido o rumo contrário. Entre outros, perdeu Alberto, Pedro, Luizinho, Dorival, Antonio Carlos, Sonia e Dado. 
 
Foram tantas as deserções que Manoel fez questão de perguntar ao prefeito, durante a reunião de quinta: onde estão os seus amigos? Para encaixar, na sequência: “o Manoel sempre esteve e continuará ao seu lado”. 
 
O desabafo do Mané 3. Manoel lembrou o dia seguinte à eleição de 2010, quando Munhoz recebeu quase 75% dos votos. Um número jamais imaginado, mesmo nas projeções mais catastróficas para os governistas. Dia em que nenhum amigo de Toninho foi trabalhar. Nem para levar apoio. “Mas lá estava eu, desde cedo, não só para trabalhar, mas para mostrar que estávamos unidos na alegria e na tristeza”, disse Manoel.
 
Tem sempre um... Quando Manoel falou da manhã pós-eleição 2010, um engraçadinho, não resistiu e soltou uma piada, baixinho, para só o vizinho escutar: “Naquele dia, Manoel e Toninho se encontram num corredor da prefeitura. Um olhou para o outro e saíram correndo para um encontro cinematográfico. Debruçados no ombro contrário, foi aquela choradeira”. 
 
Mino, a razão. Os principais apoiadores de Manoel acreditam que a preocupação de Toninho Bellini não está mais na candidatura deste ou daquele nome para prefeito, mas no irmão Mino Nicolai. Bellini quer ver Mino eleito para mais um mandato.
 
Aí, babau! A preocupação de Toninho Bellini faz sentido. Dependendo da composição das coligações, Mino poderá ter muitos votos, mas a soma dos demais vereadores pode não atingir o coeficiente eleitoral. 
 
Dois ou três. Considerando a perspectiva pessimista, o atual grupo situacionista, desunido, deverá eleger dois, no máximo três vereadores. Um nome é praticamente certo, Ferrarini, pelo trabalho e postura peculiares. Cleber Borges, dependendo do sucesso da Infovia, se o boicote que vem sofrendo não aumentar, abocanharia a segunda vaga. 
 
Onde ficará Mino? Ao que tudo indica Manoel, como tem controle sobre a maioria dos partidos, amarraria as coligações de forma a beneficiar os aliados, mais aliados. Como no grupo tem lideranças fiéis, a eventual terceira vaga poderá não ser destinada a Mino.
 
Dormiram na fama e na cama. Segundo algumas avaliações políticas, Mino fez um mal negócio indo para o PT. Além do embate com Sonia Santos, o partido está desestruturado para enfrentar a campanha eleitoral. Mino não quis ir para um dos partidos dominados por Manoel ou que pudesse cair nas mãos de Totonho. Sobrou o PT. 
 
Sozinho, nem pensar. Para bancar a candidatura de Martins, sozinho, o PT precisaria ter um grupo de vereadores maior, pelo menos o dobro. Mas calcula-se que não passa de cinco e desses tem que sair o candidato a vice. Cada um precisaria conquistar perto de mil votos. Manoel Marques chegou a sugerir que o papel de coordenador da campanha petista poderia ser ocupada por Carlão Vieira, sem disfarçar a ironia.
 
Martins e Orcini. A solução sonhada pelo prefeito Toninho Bellini seria a união do PT com o PDT. Martins ficaria com a cabeça de chapa, Orcini para vice, tirando o decano vereador da disputa para a vereança, cuja soma dos votos aos vereadores dessa coligação poderia garantir a eleição do Mino.
 
Sem Manoel. Tem gente apostando que esse acordo com o PDT está selado. Estão aguardando Manoel cair na real para se juntar ao grupo, mas se isso não acontecer, partem para a briga do mesmo jeito. 
 
E onde ficaria Alberto? Em caso de vitória, Alberto integraria o governo Martins e levaria vários companheiros do PDT para a administração consigo. 
 
É bom que se diga, que essas elucubrações políticas, não são desonestas ou antiéticas. Elas fazem parte do jogo. O que deve pesar no final é o interesse maior do grupo: ganhar as eleições. Sem perder de vista a razão principal: a cidade de Itapira.
 
Alberto nega. O candidato do PDT diz que não existe nenhum acordo e que sua candidatura está firme como uma rocha. E estufa o peito para dizer que todo mundo está morrendo de medo da candidatura dele. Principalmente, Manoel Marques, que perde sistematicamente nas pesquisas. 
 
Alberto garante. Continua candidato. Tem o PDT e o PSDC unido em torno do seu nome. Diz ter um projeto para Itapira e espera que o povo itapirense entenda e lhe de maioria dos votos, caso contrário, ele pegará a viola e cantará noutro lugar, longe da política de Itapira. 
 
Alberto desmente. Não é verdade que o PSDC e o Dorado tenham abandonado a pré-candidatura dele conforme alardeado. 
 
Alberto acha. Que até junho, muita água vai correr por baixo da ponte. Muita coisa vai acontecer. Não só nas bandas governistas, como nas oposicionistas. 
 
Alberto na fita. A programação de Alberto anda intensa. Tem visitado igrejas, comunidades, empresas, de torneio de futebol a campeonato de truco ou dominó... Disse duvidar qual candidato está trabalhando mais do que ele. “Não é a toa que meu nome está bem colocado nas pesquisas”, concluiu.  Sobre as conversas de que ele não chegará até o fim: "deixa esse povo falar, eu estou na minha, trabalhando..."
 
E o PCdoB? Para Alberto Mendes essa união do PCdoB tem várias questões nebulosas. Entre ela é o apelido que Sylas costuma se referir a Totonho, chamando-o de “porco” desde que ele foi exonerado pelo antigo chefe. Diz ainda que ficou sabendo que Dado tem planos para entregar o SAAE à Sabesp, caso Paganini seja eleito. 
 
Mané pode ficar chupando o dedo 1. Finalmente, Alberto disse que tem quase certeza de que Manoel Marques ficará sem o PV.  Desenvolveu o raciocínio de que Barros Munhoz está tentando ganhar a eleição por aclamação. E declarou: “a eleição não será tão fácil como ele está pensando que será. Eu estarei lá”.
 
Mané pode ficar chupando o dedo 2. Alberto Mendes disse que o prefeito Toninho Bellini não gostaria de ver Manoel Marques como candidato governista. A informação de Mendes bate com outras que chegaram para o Dropes durante a semana passada. Marques, quando esse assunto entra na pauta,  mostra certa insegurança, de fato. Por isso ele tem dito e repetido: "sou candidato com ou sem apoio oficial". 
 
Até o próximo capitulo!
 
Prezados Internautas
 
Os informantes desta coluna integram todos os matizes políticos da cidade.
 
As opiniões, aqui publicadas, não refletem, necessariamente, o pensamento da redação do Portal Cidade de Itapira.
 
PCI garante às pessoas citadas o direito de resposta. Para isso, basta que enviem email com a manifestação desejada para: [email protected].
A coluna não é porta-voz da verdade absoluta. Limita-se a democratizar a informação política que corre pela cidade. Usa o bom-humor como recurso redacional, sem apelar para as agressões gratuitas ou preconceituosas ou tendenciosas.
 
Nino Marcati, da Redação do PCI.
 
 
 
 
Fonte: Da Redação do PCI

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