Essa ninguém criticou. Tem gente que gostou muito do pedido dos vereadores para que o prefeito revogue o aumento da tarifa de água, publicada em fevereiro e cobrada a partir do mês de março. É senso comum que os vereadores fiscalizem com mais assiduidade os reajustes do executivo e do legislativo.
Querem mais. Tem um grupo que está em fase de organização para pressionar os vereadores, nas próximas sessões, para que solicitem a devolução do valor cobrado a maior em março. Vão pedir aos edis que revejam os aumentos dos anos anteriores. O pensamento é simples, se o reajuste foi indevido este ano, porque os anteriores estariam certos?
Luz no fim do túnel. O contribuinte itapirense, assim como todos os brasileiros, acredita que a iniciativa dos vereadores é um alento contra o apetite dos governantes e poderá influenciar nos aumentos futuros, doutros mandatos. Está mais do que na hora de estabelecer os limites para a classe política brasileira.
Parlamento Jovem. Nesta quinta-feira, a Câmara de Itapira viveu um momento espetacular. Foi instalado o Parlamento Jovem composto por alunos do ensino médio. Quatorze vereadores representantes deram um show de participação política. Todos muito bem articulados, dispostos a levar adiante a busca pela cidadania plena.
Acima das expectativas. Para o presidente da casa, Manoel Marques, e os vereadores Carlinhos Sartori, Sonia Santos e Ferrarini, a atuação dos jovens foi espetacular. Nenhum deles esperava tamanha desenvoltura. É sempre assim, a única coisa que a juventude precisa é de espaço.
Mas não ficou barato. O grande acontecimento da instalação do Parlamento Jovem foi a eleição do presidente, Aurélio Vicente, justamente o organizador da manifestação pacífica, durante a sessão, em que vários jovens expuseram cartazes exigindo seriedade no legislativo e criticando o aumento de 27% nos vencimentos dos vereadores, em contrapartida ao que é destinado à educação.
Democracia é assim. Na hora do discurso todo mundo louva e engrandece as práticas democráticas, mas na hora do vamos ver ela acaba assustando até os mais ferrenhos defensores. Quando a mesa foi formada e os jovens ocuparam as laterais da galeria, teve gente que passou a maior caguira.
Só faltou o Paganini. Três dos quatro pré-candidatos a prefeito estiveram presentes à sessão solene de instalação do Parlamento Jovem. Manoel como presidente da casa, Martins representando o prefeito e Alberto Mendes, na primeira fila da galeria.
O puxa do Paganini. Alberto Mendes será o entrevistado da TVPCI nesta segunda-feira, 9, às 8h. Alberto, nesta quinta, criticou o entrevistador Nino Marcati dizendo que o pré-candidato a vice da chapa de Paganini foi, tremendamente poupado, quando comparado às entrevistas realizadas com Sonia, Manoel e Martins.
Nino Marcati explicou a Alberto, que nenhum dos três entrevistados, Sonia, Manoel ou Martins elaboraram qualquer tipo de reclamação a respeito das perguntas. Explicou que a todos os pré-candidatos será aplicado o mesmo critério. As perguntas quem faz é o entrevistador, não os entrevistados. A pauta envolve apenas os assuntos decorrentes.
Boato 1. Alberto aproveitou para dizer que corre pela cidade um boato de que Barros Munhoz já estaria pensando em substituir Paganini por Newton Santana ou Cacá. Na mesma conversa chegou-se à conclusão de que a conversa sobre Cacá não tinha o menor fundamento.
Boato 2. Manoel Marques está dizendo que tanto a situação como a oposição estão com problemas. Acredita que até as eleições muita coisa poderá acontecer nos dois lados. Ao ser perguntado sobre a troca de Paganini por Santana ou Cacá, não pestanejou: “nisso, eu não acredito!”
Ficou tão preocupado... Paganini, ao ser motivado a falar sobre o assunto, respondeu simplesmente: “deixe-os pensando nisso.”
O pé frio da A3. Parece que Toninho Bellini não tem gostado de ser rotulado como o maior pé frio da A3 ou que basta ele estar por perto para o time de Itapira perder, fazer feio. Mas o histórico desse ano não deixa os faladores de plantão mentir sozinhos ou então, estabelecer as coincidências.
No jogo de sábado, por exemplo, Toninho arriscou um olho e foi ao Chico Vieira. Entrou por uma entrada lateral, quase secreta, para que ninguém o visse. Lá ficou, sozinho, esperando o time mostrar algum serviço, para quem sabe, dar as caras na torcida. Mas quando percebeu que a Vermelhinha não mostrava futebol para ganhar aquele jogo, tratou de acompanhá-lo pela Rádio Clube de Itapira.
Quase igual. Pode parecer esquisito, mas a situação da Esportiva é semelhante às tribulações da situação. A Vermelhinha está entre o céu e o inferno. Faltando uma rodada, nutre a esperança de passar para a próxima fase, mas tem pesadelos com a possibilidade do rebaixamento.
Jogador que dava o sangue. Nesse jogo, enquanto o time de Itapira perdia por dois a zero, alguns veteranos comentavam que no tempo deles, o time inteiro de dedicava, suava a camisa e tinha o maior amor à camisa. Eles jogavam de graça, no máximo um bicho de vez em quando, passagens de ônibus e um ou dois churrascos por ano. Respeitava-se o nome da cidade. “A gente dava o sangue, pois sabíamos que teríamos cobrança nas ruas”, disse um deles.
Congestão. O pré-candidato Manoel Marques gosta de usar a expressão “choque de gestão” ao se referir à administração pública. Sempre que pode acaba dizendo: “nós precisamos é aplicar um choque de gestão na prefeitura de Itapira. Quando eu fui secretário de governo, fiz e consegui alguns progressos, mas os amigos do Toninho boicotavam.” Um dos dissidentes, ao ouvi-lo, soltou: “eu acho que se o Mané assumir a prefeitura ele acabará provocando, isso sim, uma bela congestão”.
Vaidade ou veadagem? Ninguém tem dúvida de que os situacionistas passam por sérias dificuldades. O bom é que pouca coisa tem sido escondida. Sempre alguém acaba vazando alguma informação. Sinal de que os tempos são outros. Mas os três grupos caracterizados pelas lideranças de Alberto, Manoel e Martins estão usando demasiadamente a palavra “vaidade”.
Vaidade 1. O primeiro significado da palavra vaidade é: qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre aparência ilusória. Ou seja, cada um pensa que os outros estão iludidos com a possibilidade de serem eleitos prefeito da cidade. Como não existe consenso, de duas uma: os três se acham imbatíveis, que unidos, ninguém ganharia deles ou um não acredita no potencial do outro.
Vaidade 2. O Houaiss oferece mais um significado ao verbete “vaidade”: valorização que se atribui à própria aparência, ou quaisquer outras qualidades físicas ou intelectuais, fundamentada no desejo de que tais qualidades sejam reconhecidas ou admiradas pelos outros.
Vaidade é pecado? Fernando Henrique Cardoso, em uma entrevista, declarou que se considerava mais inteligente do que vaidoso. Pobre FHC acabara de mostrar justamente o contrário ao que pensava em dizer. A vaidade, no entanto, é um pecado capital que pode ser visto com outros e bons olhos.
Nem sempre. É a vaidade que leva as pessoas a se cuidarem, não só da aparência, mas da saúde, da intelectualidade, até dos princípios religiosos. Quantos cientistas não debruçaram a vida para provar que as suas teses estavam corretas?
Na política, não é diferente. Será que não foi a vaidade de Lula que o levou a disputar várias vezes por acreditar que tinha um caminho alternativo para melhorar o país? A vaidade é vista pela maioria das pessoas como uma desvirtude. Mas, como os outros defeitos humanos, o vaidoso é sempre o outro.
Desindustrialização. Munhoz tem falado, constantemente, da preocupação com o processo de desindustrialização que vem ocorrendo no país. No discurso que ele proferiu na posse da nova diretoria da ACEI, na semana passada, alertou os empresários presentes sobre um grande problema, apesar da alta popularidade da presidenta Dilma, a indústria brasileira caminha para um terreno muito perigoso: o terreno do desemprego.
Munhoz, CUT & Cia. Diante do ato “Grito de Alerta”, organizado por trabalhadores, empresários e estudantes, realizado nesta quarta-feira, 4, no estacionamento da ALESP, Munhoz se juntou à Fiesp, Força Sindical, CUT e outras centrais sindicais brasileiras para chamar a atenção do governo e alertar a sociedade para o problema que está levando à queda da produção, fechamento de empresas e gerando desemprego em vários setores da economia. Mais de 10 mil pessoas compareceram.
Essa dúvida foi esclarecida. Se existia alguma dúvida sobre quem Toninho Bellini não gostaria de apoiar nas próximas eleições, esta semana ela foi esclarecida. Segundo militantes petistas, o ex-presidente do PT e membro da executiva municipal Marcos Centofane, nunca escondeu sua ligação com Manoel Marques, acabou vivendo uma noite de fúria, nesta segunda-feira, 2.
Desconforto. Só para recordar, a reunião de quinta-feira da semana passada, conforme relatado no Dropes, Centofane, ao ser questionado por Toninho Bellini, abriu o apoio ao presidente da câmara, criando desconfortos perceptíveis.
A mando de quem? Por conta disso, na reunião ocorrida na segunda, Marcos teria sido duramente cobrado e criticado pela declaração pública de apoio ao Manoel, antes do tempo. Foi, ainda, acusado de levar informações ao pré-candidato petista.
Diante da pressão, sentindo o "cheiro da brilhantina", Marcos pediu afastamento temendo que fosse proposto algo mais severo. A quem diga que até ameaça de negar-lhe legenda para a disputa de vereador foi ventilada.
As reuniões do PT andam pegando fogo. É comum aparecerem colocações do tipo: "aonde nós chegamos? Quem sempre teve voto no partido foi a Sônia e quem sempre organizou as campanhas foi o Antonio Carlos. Outros estão se recusando a sair candidatos. E agora?"
De mal a pior. Há petistas lamentando a situação do PT que vai de mal a pior. Ao invés de agregar, a cada dia, amplia a dissidência. Falam da postura totalitária, onde os divergentes são mortos no ninho, consagrando o velho “quem não está com "eles" está fora”. Hoje o partido não consegue apresentar mais do que quatro ou cinco nomes viáveis eleitoralmente para a vereança.
Para os críticos petistas, o partido está nas mãos dos três mosqueteiros: Almir, Carlão e Mino. O mais duro é ver Mino, recém chegado, mandando e desmandando na sigla. A continuar com essa postura não é difícil antever o final: o último apagará a luz.
PT/PDT. Fica clara, a cada dia, a aposta do PT no PDT por duas simples razões: convencer Manoel a desistir da disputa está fora de cogitação e a junção PT/PDT aumentaria as chances de eleger um vereador (leia-se Mino). Nessas alturas, uma eventual coligação com Manoel, caberia ao PT coligar-se com os “nanicos” de Manoel, diminuindo a chances eleitorais de Mino.
Aí tem! Marcos Centofane negou que sua saída tenha ocorrido por conta do seu apoio a Manoel Marques. Disse que o pedido de afastamento se deve a outras discordâncias com a executiva local. Marcos, porém, optou por não revela-las para não colocar mais lenha na fogueira.
Dois assuntos sérios estão entrincheirados no PT. Ninguém dá explicações. Existem dúvidas pairando sobre a constituição irregular do diretório. O Dropes apurou que o assunto está na Executiva Estadual e poderá desembocar na cidade a qualquer momento.
Líder do partido. O outro assunto deve-se à ata da reunião que indicou Mino Nicolai para a liderança do PT. Segundo as informações recebidas pelo Dropes, tal ata não seguiu o trâmite natural e por essa razão, a líder do partido, oficialmente, continuaria sendo Sonia Santos. Com a palavra o senhor secretário.
Não sabe de nada. Consultado sobre esses dois assuntos, Marcos Centofane informou desconhecer qualquer irregularidade. Disse que nenhum desses assuntos foi colocado nas reuniões do PT na qual ele tenha participado. Mas confessou não ter visto o protocolo do encaminhamento da ata de indicação do líder do partido.
Mais um que prega união. Centofane esclareceu, finalmente, que pretende trabalhar para a sua candidatura a vereador e na medida do possível influenciar para a reunião do grupo vitorioso de 2004.
Pijama. O sonho de Centofane e de alguns novotempistas parece cada vez mais distante. Além do continuo surgimento de fatos desagregadores, muitos se bandearam para o grupo liderado por Barros Munhoz, outros são esperados para os próximos dias e alguns, de tão descontentes, optaram pelo pijama.
Manoel era o mais cotado para ser o vice de Bellini. Voltando à reunião de quinta-feira passada, quando Toninho Bellini propôs a realização de uma pesquisa para definir o candidato do grupo, Manoel Marques disse a Martins que em 2004 figurava numa pesquisa em situação melhor que a dele (Martins), mas abriu em favor da união. E continuou, espera que agora, ocorra a retribuição.
Martins ouviu e calmamente respondeu a Manoel. “Essa é a primeira vez que ouço falar dessa pesquisa”. E continuou: “mas vou te dizer uma coisa, você perdeu uma grande oportunidade de ser o candidato a vice, uma não, três. Fui convidado pela primeira vez e não aceitei, saiu o Edson. Depois acharam por bem mudar o Edson, eu relutei em aceitar, você poderia ter ocupado esse lugar antes da minha decisão final. Depois teve 2008. E você não se apresentou.” Manoel, deu uma tossidinha e mudou de assunto.
Mindinho. Antonio Carlos Martins, depois da entrevista concedida à TVPCI, ofereceu mais um tempinho de boa conversa para os responsáveis do PCI. Depois de dizer que sempre manteve bom relacionamento com Manoel Marques, confessou que é assíduo frequentador do restaurante Orion.
Arrancando gargalhadas. Martins confidenciou que frequentemente almoça o janta no restaurante de Manoel, como o vice-prefeito é daqueles que perde o amigo, mas não a piada, emendou, brincando: “mas acho que não vou mais aparecer por lá. Vai que com essa história da minha pré-candidatura ele resolva colocar um veneno mortal na minha comida!”
Apesar de ter ficado claro de que se tratava de uma brincadeira, Martins disse que continuará frequentando o restaurante Orion sem medo, dizendo que essa piada foi inspirada num fato acontecido no tempo em que Alemão era prefeito, Cidão vice e ele, Martins, presidente da câmara.
Coisas do Alemão 1. Naquela época um grupo de dez austríacos visitava Itapira estudando implantaR uma indústria. Cidão por aqui. Por conta dos visitantes ilustres, Cidão resolveu oferecer um churrasco na chácara dele, conhecida como “Chacara das Rosas”. Hoje, Clube dos 200. Alemão não apareceu. Martins zeloso, perguntou ao Cidão o prefeito tinha sido convidado. A resposta foi positiva.
Coisas do Alemão 2. No dia seguinte, Martins, ao se encontrar com Alemão perguntou-lhe sobre o churrasco, que respondeu: “eu não fui não, sabe como é, o Cidão é vice, vai que ele colocasse um veneno na minha carne!” Martins tentou explicar que isso jamais aconteceria, mas Alemão retrucou: “você é jovem, você não conhece nada dessa vida.”
Até o próximo capitulo!
Prezados Internautas
Os informantes desta coluna integram todos os matizes políticos da cidade.
As opiniões, aqui publicadas, não refletem, necessariamente, o pensamento da redação do Portal Cidade de Itapira.
PCI garante às pessoas citadas o direito de resposta. Para isso, basta que enviem email com a manifestação desejada para:
[email protected].
A coluna não é porta-voz da verdade absoluta. Limita-se a democratizar a informação política que corre pela cidade. Usa o bom-humor como recurso redacional, sem apelar para as agressões gratuitas ou preconceituosas ou tendenciosas.
Nino Marcati, da Redação do PCI.