Polarização. A astúcia política de Barros Munhoz, não é novidade, sempre trabalhou para ter Manoel Marques como candidato da situação contra Paganini. Situação contra oposição.
Confundir a cabeça do eleitor. Para Munhoz o eleitor não poderá ser induzido a erro na hora de definir quem é situação e quem é oposição. Dada a avaliação do governo Toninho Bellini, nas pesquisas, em que os quesitos ótimo/bom perde para os ruim/péssimo, haverá a tentativa de separar o ônus do bônus.
Influência, hoje. A redação do Dropes teve acesso a uma pesquisa que revela, por exemplo, que enquanto 53% do eleitorado vota no candidato apoiado por Barros Munhoz, seguirão Toninho Bellini não mais do que 22%.
Rito de campanha. Nos pronunciamentos de Munhoz tem ficado evidente a predileção que ele tem por Manoel Marques como candidato da situação. Para o presidente da Câmara críticas constantes e pesadas, a Alberto Mendes e Martins, um silêncio quase obsequioso.
Sempre tem um “mas”. Mas um levantamento que chegou às mãos do deputado Barros Munhoz, na semana passada, poderá colocar um fim na indiferença dele em relação a Alberto Mendes.
Qual seria a sua segunda opção? Tal levantamento identificou a preferência do pesquisado diante da desistência do candidato escolhido na pergunta principal. Assim: caso “seu candidato” não seja mais candidato a prefeito, em quem você votaria?
A conclusão é óbvia 1. Para surpresa do deputado, em cada 100 pessoas que votariam hoje em Alberto Mendes, no caso de desistência, oitenta e dois escolheram Paganini e 18 ficariam com Manoel. Alberto tira mais votos de Paganini do que de Manoel. Numa relação quatro por um.
A conclusão é óbvia 2. A maioria das pessoas pesquisadas que declaram voto em Alberto rejeita Manoel e o governo que ele representa. Votarão na oposição.
Terceira via não. Oposição! O deputado Barros Munhoz concluiu que a tendência de voto a Alberto se deve à forma como ele tem se apresentado. O eleitor não vê nele a chamada terceira via ou um caminho intermediário entre os dois polos antagônicos que o município apresenta, como ele apregoa, mas, fundamentalmente, como oposição a Toninho Bellini.
Oposição não. Situação! “Alberto Mendes saiu do governo passando a ideia de que não concordava com o que acontecia por lá. Com isso, o povo o vê como oposição. Ele se rivaliza com Paganini, não com Manoel Marques”, explica Munhoz.
Ninguém quer o ônus. Para Munhoz, Manoel Marques quer tirar uma lasca do bônus do governo Toninho Bellini, mas rejeita o ônus de uma administração marcada por uma enxurrada de erros. E conclui: “agora vem Alberto a fazer de conta de que não tem nenhuma responsabilidade pelos desmandos do Novo Tempo.”
Cadê o senhor Mendes? “O Novo Tempo buscou a terceirização do lixo na primeira semana de governo. O que Mendes fez? Nada. Um contrato emergencial foi assinado com a anuência do senhor Alberto que permaneceu no governo por quase três anos. Agora ele vem com ares de bom moço dizendo que não tem nada a ver com isso?”, alfineta Munhoz.
Era por outro motivo. Itapira sabe que Alberto Mendes não pediu demissão por discordâncias do governo Toninho Bellini, mas porque não queria a permanência de um afilhado de Manoel Marques trabalhando perto dele. “Tentou com o pedido de demissão pressionar Toninho para ficar contra Marques. Não conseguiu.”, fustigou Munhoz.
Oportunismo. Munhoz disse, ainda, que a base do que viria a ser o governo do Novo Tempo foi montada quando Alberto Mendes atuava como secretário municipal. “Dizer agora que não concorda com o que aconteceu é, no mínimo, oportunismo e cuspidela no prato que comeu.”, sentenciou Munhoz.
Querem enganar o povo. Para Munhoz, Itapira precisará ser muito bem esclarecida sobre a posição de cada candidato, para não colocar no poder alguém que diz uma coisa, faz de conta que é do contra, mas caso seja eleito recolocará a mesma estrutura física e ideológica, com marcas de pura incompetência, no seio do governo municipal.
O povo não gosta de ser enganado! Vale a pena lembrar que Alberto Mendes não pode ser considerado oposição ao ter o apoio de Cristina Gomes, que permitiu que os servidores tivessem reajustes abaixo da inflação para ajudar o governo, e de Toninho Orcini, que tem sido o principal conselheiro de Bellini.
Pitaco do Dropes. A repentina mudança de posição de Munhoz em relação a Alberto Mendes mostra que ele dava à pré-candidatura pedetista a condição de natimorta. No aprimoramento e evolução das pesquisas ele deve ter concluído que Manoel patina e Alberto vive apesar de ter apenas dois partidos a tiracolo, sem apoio direto da máquina administrativa.
Sem subir no palanque. Há quem diga que Manoel Marques só fez questão do apoio de Toninho Bellini por conta dos votos dos servidores públicos, historicamente vinculados ao governo. Dizem, também, que dificilmente Toninho será usado como garoto propaganda como alardeado. Um acordo, nesse sentido, já foi esboçado e discutido. Mais uma tentativa de dissimular o lado situacionista.
Toda força a Marquinhos. O PCdoB está montando uma estratégia para tentar eleger pelo menos um vereador. Vão depositar todas as fichas no jovem “Marquinhos Schmitd”. O educador físico atuou no projeto Segundo Tempo e está com a bola toda para encarar esse novo desafio.
A todo vapor. A campanha de coleta de assinaturas para o projeto de iniciativa popular continua a todo vapor. Além do trabalho na Praça Bernardino de Campos, Festa de São Benedito e Jogos dos Trabalhadores, os manifestantes estão correndo a cidade. Esperam angariar as 2,7 mil assinaturas antes que o assunto caia no esquecimento.
Um canteiro de ameaças! Um grupo de vereadores está com um projeto que pede a revogação do reajuste concedido aos vereadores. Corre pelos corredores da Câmara que esses vereadores estão dando ouvidos para colegas que ameaçam aprovar a rejeição, para não ficar mal na campanha. E aí, babau aumento para o ano que vem.
Junto ou separado. O PSOL está aguardando os desdobramentos do movimento contrario ao reajuste dos vereadores para decidir a participação eleitoral. Poderá sair com Leandro Sartori como candidato a prefeito ou juntar forças com Alberto Mendes.
PT quadripartido 1. O PT de Itapira, a cada dia que passa, arruma mais confusão do que solução. O pequeno grupo que nada cresceu nesses tempos de Lula lá e Bellini cá está totalmente dividido. Para ser mais preciso, em quatro partes.
PT quadripartido 2. O primeiro grupo tem na testa Alice e Martins; no segundo, Almir e Centofante; agitando o terceiro, José Carlos Vieira e na boca de espera Antonio Carlos e Sonia Santos.
Um dia de fúria. Do PT duas notícias ecoaram a praça central, nesta sexta e sábado. Mino teria anunciado que não será mais candidato a nada. Está cansado de correr atrás do partido. “Estou de saco cheio. Não quero saber de mais nada. Vocês querem que o Totonho volte. Cuidem dele, então.”, teria sapecado Mino.
Esperto pra cachorro. A outra notícia diz que Almir, do PT, teria encaminhado a um determinado pré-candidato a seguinte proposta: dar ao PT as secretarias da Educação e Promoção Social e o SAAE.
O que o coração não vê... A prometida reunião do PT para uma conversa com Alberto Mendes e Manoel Marques, juntos, de novo, não aconteceu. Poucos petistas e pedetistas estão acreditando que essa reunião acontecerá. O PT caminha para oficializar a união com um lado e fazer vista grossa para quem apoiar o outro.
Imunidade baixa por estresse. A presidente do PT está se exaurindo diante de tanta divisão e pressão. Em menos de vinte dias ela teve que se afastar duas vezes das atividades por motivo de saúde. Alice Palandi tem de um lado a fidelidade ao prefeito Toninho Bellini e do outro o amor ao PT.
Fala mansa. Paganini esteve neste sábado na vila de Eleutério. Foi recebido, em reunião, por quarenta pessoas. As ideias do Mestre foram bem recebidas. Mas algumas pessoas ainda não se acostumaram com esse novo jeito de fazer política. Uma liderança local queria ver Paganini mais inflamado e não como uma voz calma e conciliatória.
Não para, não para, não para... No domingo, Paganini e Dado prestigiaram um torneio de futebol na Ponte Nova e o Domingão Sertanejo que aconteceu no novo pesqueiro da Rua Lindóia. Nos dois eventos, os pré-candidatos oposicionistas foram acarinhados pelo povo.
Não perde a oportunidade. Quem esteve no Domingão Sertanejo deste domingo, 6, foi o pré-candidato Alberto Mendes. Participou, também, da romaria de cavaleiros na cidade de Mogi-Mirim, por conta do montão de itapirenses participantes. No final da tarde, ainda, Mendes atacou de comentarista esportivo no jogo do Guarani contra o Santos. Não resistiu às jogadas de Neymar.
O cortejo aos evangélicos. Os pré-candidatos estão visitando todas as igrejas da cidade, dando especial atenção às evangélicas. Nessa semana Manoel Marques participou de um culto na Nova Itapira acompanhado da esposa.
Propaganda eleitoral antecipada? Já tem carro circulando pela cidade com o adesivo “2012 é 12”. Para algumas pessoas tal adesivo constitui propaganda antecipada que beneficia Alberto Mendes. Alberto garante que não: “É propaganda do partido. Não é minha. Assim pode!”
Agenda dos pré-candidatos. Dropes está publicando as andanças dos pré-candidatos para que os internautas acompanhem o envolvimento deles com a população itapirense.
Uma boa notícia para Itapira. Foi anunciada na semana passada a pavimentação da estrada SP-105, entre Serra Negra e o bairro do Brumado, pelo Governo do Estado de São Paulo.
Dropes é cultura. Nem todo candidato entra na eleição para ganhar. Muitos partem para o sacrifício para não deixar espaço para os adversários. Alguns buscam, conscientemente, marcar posições ideológicas ou propagandear seus nomes para a eleição seguinte. Poucos, inacreditavelmente, querem apenas a sobra de campanha para um belo pé de meia como consolo.
Até o próximo capitulo!
Prezados Internautas
Os informantes desta coluna integram todos os matizes políticos da cidade.
As opiniões, aqui publicadas, não refletem, necessariamente, o pensamento da redação do Portal Cidade de Itapira.
PCI garante às pessoas citadas o direito de resposta. Para isso, basta que enviem email com a manifestação desejada para: [email protected].
A coluna não é porta-voz da verdade absoluta. Limita-se a democratizar a informação política que corre pela cidade. Usa o bom-humor como recurso redacional, sem apelar para as agressões gratuitas ou preconceituosas ou tendenciosas.
Nino Marcati, da Redação do PCI.
Comentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.