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Itapira, 26 de Novembro de 2024
Notícia
18/10/2011 | DROPES: 56º capítulo

Cartilha do Dropes – Lição F: Promessa ou Compromisso?

Assunto do dia: A campanha eleitoral só vende promessas.

Princípio básico: o desejo de vencer a eleição exige que o candidato prometa o que não sabe se poderá cumprir e acaba, na maioria dos casos, não cumprindo.

Conceito: O eleitor brasileiro, por conta do processo eleitoral dominado pelos coronéis do século passado, acostumou-se a votar mediante promessas que lhes trouxessem benefícios pessoais. Pouco interessa a esse tipo de eleitor as promessas de cunho coletivo geral. Quando muito se envolvem com promessas de melhoria na sua rua, perto de sua casa. Alguns candidatos espertos, sabedores de que ninguém acredita mais nos que prometem, passaram a usar as palavras “proposta” ou “compromisso”, mas com conteúdo de promessa. Ou seja, roda, roda, mas acaba caindo na mesma cantilena.  O candidato moderno, aquele que tem política no sangue, com visão social progressista, assume compromissos com o eleitor. Compromissos com temas bem definidos. Ele deixa claro quais são as suas prioridades. E que não vacilará quanto ao rumo que tomará caso o grupo a que pertence desviar-se dos caminhos traçados.

Tarefa de casa: fazer uma lista dos temas que tem posição definida e das prioridades que pretende defender ou executar para montar a plataforma eleitoral. Não confundir esses compromissos com promessa.

Resumo da lição: Para ser político é preciso ter compromisso político, primeiro com a própria consciência.

Divino sabe. Divino diz. Depois de ler no Dropes a antecipação de fatos que acabaram acontecendo, teve gente aventando sobre a capacidade de vidência desta redação. Pura bobagem. O Dropes é um órgão repercutente do que se fala nas ruas da cidade. Essa semana surgiu, nessa linha, nome e sobrenome à coluna: Dropes do Divino, numa alusão a uma personagem do grande Chico Anysio.   

Concorrência do Lixo I: Venceu a licitação para a contratação dos serviços de limpeza pública e coleta do lixo a Sanepav, dentre quatro empresas interessadas que ofereceram preços maiores. A Sanepav é a empresa que já atua no município recebendo menos do que vai receber a partir do próximo ano.

Concorrência do Lixo II: Aliás, o Dropes já sabia que a Sanepav seria a vencedora da concorrência. Antecipou essa informação no Dropes 52 publicado no dia 7 de outubro que dizia: “Sanepav deve continuar. A empresa, já velha conhecida de Itapira, deverá continuar coletando o nosso santo lixo de cada dia. A empresa retirou o edital. Vai participar da concorrência.” Divino sabe. Divino diz.

Concorrência do Lixo III: Para que ninguém possa imaginar que o Dropes tenha atirado para todas as possibilidades para dizer depois que acertou uma, quem acompanha todos os capítulos (e eles estão em arquivo e muita gente imprime e, alguns, arquivam) sabe que nenhuma outra empresa foi citada como provável vencedora.

Concorrência do Lixo IV: O que o Divino disse foi que a Sanepav continuaria, mas o que o Divino sabe é que esse processo foi recheado de falta de transparência, reuniões secretas e algumas confusões. Para acertar na mosca, o Dropes não precisava ser nenhum divino.

Concorrência do Lixo V: Uma informação quente deu conta de que pelo menos uma das perdedoras da concorrência poderá questionar o processo licitatório. Mas nada que possa alterar o resultado.

Coisas que encucam. A Sanepav presta serviço na cidade há cinco anos. É notório que ela não cumpriu o contrato em sua plenitude e nem prestou os serviços a contento. Mas recebia certa quantia mensal por eles. As empresas concorrentes foram mais realistas do que o rei e mandaram alto nos valores. Elas sabiam o quanto a Sanepav recebia. Pelo menos os críticos da Sanepav estão satisfeitos, o fato da própria empresa pedir mais e as outras, mais ainda, é sinal eles (os críticos) estavam certos: o serviço era mal prestado por que o valor pago era injusto e agora foi corrigido. A menos que tudo não tenha passado de uma concorrência de cartas marcadas, cujos concorrentes fizeram o jogo para antiga continuar na parada.

O Butti reclamou com toda razão. No Dropes 55 uma nota disse que o Mestre de Cerimônia do espetacular evento “Concerto Banda Lira e convidados”, Humberto Butti, não teria anunciado a presença do prefeito Toninho Bellini no recinto. A informação foi incorreta e maledicente. Butti não só anunciou a presença do prefeito como indicou o local onde ele (o prefeito) estava sentado. Não se sabe o que esse informante do Dropes estava fazendo naquele momento, que não ouviu e propagou o que não devia.   

De Butti sobre Dado.  O Mestre de Cerimônia informou que citou a presença do pré-candidato Dado Boretti sem cunho político, apenas como uma autoridade, assim como são citados os secretários da administração.

Dropes esclarece. Conhecendo o trabalho profissional de Humberto Butti a nota não colocou a falha no mestre de cerimônia, aventou, a hipótese dele não ter sido informado da presença do prefeito, apesar da forma como a informação foi recebida. Esse fato ele contestou de pronto. A primeira coisa que ele faz é saber sobre as autoridades presentes. O prefeito é a sua preocupação maior. Assim que o prefeito chegou, ele constatou e registrou nos seus apontamentos.

Pasté do PCdoB. Luiz Domingues, nome tido como certo para ser o vice de Alberto Mendes manifestou-se sobre Toninho Orcini do PDT repercutindo o Dropes 54. Para Luizinho a aquisição por parte do PDT, do vereador Toninho Orcini, foi um trabalho muito inteligente e eficaz. O PCdoB reconhece o mérito do PDT e entende que Orcini será de suma importância para as próximas eleições. Assim como foi Dado para o PCdoB.

Pasté alfineta. Luiz Domingues disse que tem político e "entendido" preocupadíssimo com o PCdoB. Dizem que "temos poucos filiados atuantes". O ideal para um partido é quantidade com qualidade. Mas, se o PCdoB não tem quantidade, tem muita qualidade para oferecer e isso não adianta chorar.

E concluiu. Luiz Domingues não soube dizer se os últimos fatos políticos dos oposicionistas foram ou não bem articulados. Mas garantiu que o PCdoB não tem e nem se preocupa com possíveis “sombras”. Espera continuar no caminho com muita serenidade, passos firmes e, principalmente, sem mentiras. Pasté não confirmou a candidatura a vice, mas declarou com toda ênfase: “As pessoas de bem têm que tomar uma posição, não podemos generalizar e temos que acreditar que a força das pessoas do bem é infinitamente maior. O que precisamos é de união.” 

Que 3ª via? Juntando o que Munhoz disse no programa da rádio, no sábado, e na reunião com futuros candidatos, no domingo, Alberto Mendes não representa a terceira via e muito menos renovação na política itapirense. Representa isso sim, a marca do Novo Tempo: a divisão, a falta de união, o racha e o desentendimento. Para ele, uma terceira via autentica nasceria com um grupo novo, com novas propostas, sem origem naquilo que não deu certo.

A campanha está longe, mas... O pré-candidato do PDT desaprovou as palavras que Barros Munhoz desferiu contra ele no último programa da Radio Clube. Pediu a fita gravada ao diretor da emissora para uma provável interpelação judicial. Foi informado de que a gravação esta à disposição, porém para os fins desejados a solicitação deverá ser encaminhada à justiça.

E a oposição mostra as garras I. Cerca de cento e quinze candidatos distribuídos em treze partidos, representando todos os bairros, todas as religiões e a maioria das categorias de empresários e trabalhadores deverá compor a chapa de vereadores da oposição. Pelas contas de Munhoz, das 10 vagas disponíveis, sete deverá ficar com o grupo.

E a oposição mostra as garras II. O grande feito e demonstração da força oposicionista estão nos vereadores que nunca disputaram eleição na cidade: sessenta e seis. E se vangloriam: quantos candidatos novos a situação conseguiu até agora? Querem mais prova do que isso para demonstrar o prestígio e a liderança política de Munhoz?

Enquanto isso... O grupo situacionista dá mostras de que cada um caminha com as próprias pernas.  Manoel Marques, segundo o jornal “Tribuna de Itapira” admite unir-se a Mendes. Mas mesmo que Alberto aceitasse - o que é pouco provável - os partidos que dão apoio ao pré-candidato desintegrariam.

Um situacionista discutindo tal possibilidade, não descartou que a aproximação de Mané a Alberto poderia ser uma estratégia para unir o Novo Tempo. Mas concluiu. Caso isso aconteça, uma coisa é certa, Marques acabará sendo descartado do grupo. Como ele tem a estrutura de campanha pronta, sai candidato e mela o negócio.

Está descartada, para alguns oposicionistas, a possibilidade de Munhoz ser o candidato do grupo. Querem o deputado na Assembléia. Segundo o informante essa não é a vontade do presidente da Alesp. Se isso acontecer será por pressão exclusivamente familiar. Da mesma forma, Cacá nem morta será candidata.

Quem será o candidato? Alguns nomes foram colocados por Munhoz nesse final de semana: Paganini, Sandro Pio e Newton Santana, este aparece pela primeira vez. Mas o nome mais apostado internamente é o de Sandro Pio. As últimas pesquisas apontaram Pio na frente de Mané.

Não se sabe onde esteve a falha. Sandro Pio apareceu bem colocado nessa pesquisa ao ponto de animar o grupo em torno do seu nome, mas a pesquisa não constou o nome de Alberto Mendes, como o Dropes informou. Por que sera?

Reação do lado pedetista. Para os apoiadores de Alberto Mendes a falha de não constar o nome do PDT não foi esquecimento, mas medo de verificar o nome de Mendes em primeiro lugar.

Reação do lado oposicionista. Não houve falha nenhuma e nem esquecimento. A idéia era confrontar os nomes da oposição ao candidato melhor posicionado nas pesquisas anteriores. Uma aferição fundamental para o grupo. Nas pesquisas encomendadas pelo grupo, Alberto Mendes nunca passou do dois dígitos, em nenhum cenário. A ideía foi centrar fogo no candidato mais forte para simular uma eventual união. Nesse caso, qual seria o melhor candidato para enfrentar o outro lado unido. E explicaram: se Alberto estivesse na frente, o nome dele seria apresentado.

A novidade Orcini. Aos poucos a transferência de Orcini para o PDT começa a ser esclarecida. Orcini queria ter um partido sob o seu controle, preferencialmente o PMDB, para ter um bom cacife de negociação.  Ele queria ser vice na chapa oposicionista. Em qualquer outra, ele sabia de antemão, que ficaria fora da política, depois da eleição. Num último lance, tentou negociar o cargo de vice ao lado de Munhoz, mas foi preterido.

Opção PDT. Orcini, macaco velho de guerra, desconfia que a situação conquistará poucas cadeiras. Dentre os partidos aliados ao governo, outros nomes teriam preferência pela história de cada um. Ele ficaria para escanteio. Diante da postura vacilante, Munhoz assumiu outros compromissos no setor que antes era ocupado por Orcini. Logo, a melhor opção recaiu sobre o PDT, mas só como vereador.  Condição de Orcini.

Outra gelada! No concerto do maestro João Carlos Maritns o prefeito Toninho Bellini apareceu, mas não floresceu. Mais deslocado que do que loba nova em toca velha, não foi aplaudido, não usou da palavra nem para saudar o ilustre viistante. Fez mais sucesso o reaparecimento do vice.

A dança das cadeiras. Mauro Moreno deverá encerrar suas atividades políticas. Corre o risco de não ter legenda. Kleber Borges, com seu partido manico terá um pesadelo pela frente, está em busca de alianças. Em qualquer situação terá que brigar com peixe graúdo. Mino viu esperanças no PT, espera ter acertado na mosca.

Nem tudo é cor de rosa pelos lados da oposição. Enquanto os situacionistas penam com a falta de gente nova e deserção dos antigos, no PSDB a briga não vai ser nada fácil. Grandes figurões vão disputar a tapa a vaga para a vereança. Acredita-se que será a maior briga da eleição. Gente boa de voto, mas sem vaga para todo mundo.

Fazendo as contas. Um calculista eleitoral enfronhado na política itapirense colocou seis cadeiras certas para o grupo liderado por Barros Munhoz. Uma para o PDT e outra para o PCdoB. Uma para o grupo situacionista. Uma vaga estaria indefinida. Esta poderá ir tanto para a oposição como para a situação, dependendo da composição dos partidos integrantes.

Munhoz sessenta por cento. Apesar das negações e das justificativas familiares, ao ser questionado por uma correligionária de forma numérica, Munhoz admitiu que de zero a dez, a chance dele ser candidato a prefeito no ano que vem é seis.

Prezados Internautas

Os informantes desta coluna integram todos os matizes políticos da cidade.

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A coluna não é porta-voz da verdade absoluta. Limita-se a democratizar a informação política que corre pela cidade. Usa o bom-humor como recurso redacional, sem apelar para as agressões gratuitas ou preconceituosas ou tendenciosas.

Nino Marcati, da Redação do PCI

 

Fonte: Da Redação do PCI

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