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Itapira, 28 de Setembro de 2024
Notícia
06/11/2011 | DROPES: 64º capítulo


 

Munhoz é assim com o governador. Bem que os assessores do deputado Barros Munhoz ficaram indignados com a notícia de que o presidente da ALESP e o governador Geraldo Alckmin não se bicavam. Com a notícia publicada ontem pela Folha de São Paulo e reproduzida pelo PCI, Munhoz conseguiu a liberar mais do que o dobro do teto estipulado para os parlamentares.

Dois milhões para cada deputado. Não se sabe se todos os deputados foram atendidos, mas basta fazer as contas para observar que do total destinado às emendas em 2010, R$ 283 milhões, dividido por 94 (número de parlamentares), teremos a média de R$ 3 milhões. Quer dizer, pela média, a única conclusão é de que Munhoz foi atendido acima.

Munhoz queria o triplo. Colaboradores diretos de Munhoz garantem que o deputado buscaria mais que o triplo se tivesse a chance de ajudar mais Itapira. Ajuda que o prefeito Toninho Bellini/Manoel Marques não permitiu. A maioria das emendas de Munhoz foi para ajudar as cidades vizinhas, cujos prefeitos buscaram a intercessão do presidente da Alesp.  Prefeitos, esses, que são unânimes em dizer: Munhoz não dorme no ponto, jamais.   

A Folha de São Paulo deste domingo trouxe que o “PSDB vem privilegiando um seleto grupo de deputados estaduais tucanos ao liberar recursos para obras indicadas pelos políticos ao Orçamento do Estado. A lista dos que mais captaram verbas para emendas de 2007 a 2010 é encabeçada pelo atual presidente da Assembléia Legislativa, Barros Munhoz (PSDB), reeleito para o cargo neste ano. Antes, o tucano foi líder da gestão José Serra (PSDB) na Casa.” Enquanto isso, Itapira, nada!

Os dados foram tornados públicos pela primeira vez anteontem pela Secretaria de Fazenda do Estado e envolvem as administrações de José Serra e do seu sucessor, Alberto Goldman (PSDB). Além de Munhoz, que apadrinhou a liberação de R$ 11,5 milhões em quatro anos - R$ 5,6 milhões só no ano eleitoral -, pelo menos outros quatro deputados do PSDB conseguiram recursos acima da cota informal de R$ 2 milhões anuais para cada deputado.” Líderes de outros partidos levaram mais, também.

Deu no Estadão: Na lista dos 15 deputados campeões de liberação de emendas aparecem cinco petistas: Adriano Diogo (7º, com R$ 3,9 milhões), Simão Pedro (9º, com R$ 3,7 milhões), Beth Sahão (11º, R$ 3,6 milhões), Ana do Carmo (13º, R$ 3,5 milhões) e Ana Perugini (15º, 3,5 milhões).

A divulgação dos padrinhos das indicações foi feita após a crise gerada com as afirmações do deputado Roque Barbiere (PTB), segundo quem seus colegas negociariam emendas com empreiteiras. As emendas do petebista somam R$ 6 milhões. Barbiere não revelou nomes e o caso acabou abafado na Assembléia. O Ministério Público abriu inquérito para apurar irregularidades.

O que não foi divulgado.  Sempre que os pedidos dos prefeitos aportavam no seu gabinete, Munhoz corria o mundo para atendê-los. Não é à toa que ele foi reconduzido ao cargo. Outro fato relevante é que muitos deputados estaduais, de outros partidos, buscavam Munhoz para interceder junto ao governador. Conquistas que foram para as listas de outros deputados. Assim como não é à toa o prestígio que ele tem como político, tanto estadual, como nacional.

Assim não dá. Paganini, presidente da ACEI, apesar da calmaria que ele apresenta costumeiramente, começa a dar sinais de que a paciência dele, também, tem limite. Ele já está cansado de receber tantas reclamações. Fez uma pesquisa (27, 28 e 31/10) e constatou que dos 32 pontos de venda, apenas quatro funcionaram a contento. É bom lembrar que Paganini, apesar de lutar pela implantação da Zona Azul, foi preterido pelo prefeito, nos acertos finais com a empresa. Mesmo, assim, ele continua fazendo força para dar certo.

É inevitável, mas... Em algumas ruas próximas a José Bonifácio, delimitadas pela Zona Azul, tem ficado às moscas, enquanto as quadras acima, fora do sistema, têm espaços disputados a tapas. Será que depois de constatadas, nessas áreas, sem movimento, a empresa não poderia buscar uma alternativa que estimulasse a ocupação? Que tal um setor Azul, onde o usuário pagaria por quatro horas o preço de duas?

A CPI do Desvio e o caso da Creche. Quando estourou o caso do aumento e desvio na Folha de Pagamento, o Dropes recebeu a informação e publicou que a CPI poderia ser usada para desviar a atenção do público e dos vereadores da creche. Naquela hora, tal notícia não fez muito sentido. Passados três meses, depois que a CPI não teve uma assessoria externa, que o assunto se concentrou no aumento da folha e quase nada sobre os eventuais desvios, e sindicância da creche rolou sem a pressão dos parlamentares, aquela notícia pode não ter sido uma bumbada na pausa.

De vez em quando, surge cada história! O bom da política é que ela é a atividade que mais mexe com a imaginação das pessoas. Até das pessoas quem não querem nem ouvir falar do assunto, vez ou outra, entram na dança. Basta que se coloque fogo no rastilho. Um sujeito, tradicionalmente não afeito à política, construiu um raciocínio interessante. O candidato situacionista não será Manoel Marques, nem Dado, nem Alberto. Será Vladen Vieira.

Poupado. Vladen, apesar de ser grande amigo de Toninho Bellini, foi poupado, o tempo todo, o máximo possível de qualquer envolvimento com o governo. Acabou sendo secretário da saúde, por falta de opção. Não que ele não pudesse desenvolver um bom trabalho, mas para que ele ficasse fora do bombardeio. Desde que assumiu, ele mostra-se mais nos setores positivos, menos no Hospital Municipal, alvo maior das críticas.

Mas não fica quieto, quando atacado. Quando ele ou o sistema de saúde é atacado, imediatamente, sai em defesa, de forma tranqüila e serena, com ares de quem tem a estrutura nas mãos, responde em alto nível, sem resvalar na grosseria. Mostra que tem posição política e age diferentemente do atual prefeito.

Fica na moita. Não entrou nas polêmicas envolvendo as mazelas do Novo Tempo. Mostrou-se aberto para as adversidades, procurou Barros Munhoz. Só não foi além, segundo o engenhado narrador, para não melindrar os apoios futuros. Para ele, essa história nasceu numa reunião entre Toninho, Vladen e Valentim há tempos. Uma história que Manoel não gostou.

Um bom nome. Vladen entraria na campanha como um nome novo, preocupado com as questões sociais. Focando a saúde, educação e os setores mais necessitados da cidade. Levaria, entre outras coisas, duas mil dentaduras distribuídas, gratuitamente à população. Mostra-se como uma pessoa séria. Fala bem. Tem um bom lastro cultural.   

E o Mané, como ficaria nessa história? Como o estrategista do grupo, abriria mão da candidatura em nome da união, fato que levaria PCdoB, PT e PDT de volta ao ninho.  Manoel Marques não seria candidato a nada. Nem a vereador, mas teria um assento garantido no futuro secretariado, caso saíssem vitoriosos.

Sem carteirinha, não entra. O Clube de Campo Santa Fé está exigindo, dos associados a apresentação da carteirinha, sem a qual, não entra. Comenta-se que a exigência se dá por conta da alta inadimplência. Parece justo, portanto, a ação de exigi-la. Uma ação que nivela todo o quadro ao plano de não mais do que dez ou quinze por cento dos associados.

Mas não é esse o melhor meio. A carteirinha serve para identificar, portanto, só deveria ser solicitada diante da dúvida da identidade do freqüentador. Para saber se o associado está em dia, deveriam exigir a apresentação do recibo de pagamento. É provável que os eventuais inadimplentes não precisem apresentar a carteira para serem identificados. A diretoria inteira sabe, Timtim por timtim. “Tô certo ou tô errado?”, diria o sinhozinho.

A impunidade garante a inadimplência. O Estatuto do Clube estabelece as normas para os atrasos, multas, juros de moras e a suspensão de direitos se o atraso for igual ou superior a dois meses consecutivos. Logo, bastaria encaminhar uma carta, com aviso de recebimento, informando que a não regularização e apresentação dos recibos em quinze dias, mero exemplo, o sócio devedor será encaminhado para o Conselho Deliberativo para os procedimentos estatutários. Aí não há a necessidade de atormentar a vida de todo mundo, indiscriminadamente, basta barrar os listados.

Sistema contra furto de veículos. Quem não viu, nem vai acreditar. Mas a portaria do Clube de Campo Santa Fé entrega ao proprietário do veículo, ao entrar, uma ficha de controle que deve ser devolvida na saída. Uma forma de garantir que o motorista que entrou, saiu. Na saída era aquele corre-corre dos funcionários para atender os que chegavam e os que saiam. Até que uma idéia, genial do ponto de vista operacional, foi instalada. O motorista coloca a carteirinha num sistema de tubos, dispensando o recolhimento do funcionário. O único problema é que não há como saber se o motorista colocou ou não a carteirinha na boca do tubo. Logo, um controle totalmente ineficaz.

É água aí, gente! O grupo situacionista não tem divulgado os novos nomes para compor a lista de candidatos à vereança em 2012. Enquanto a oposição anuncia mais de cinquenta por cento de gente nova, os novotempistas fazem de conta que não estão nem aí. Mas pelo menos um nome novo apareceu. Trata-se do vendedor de água que circula diariamente pela Praça Bernardino e redondeza. Esse não vai ser daqueles que, na hora do aperto, vai pedir água. Só vai oferecer!    

O pesadelo de Alberto Mendes poderá acabar nessa semana. A juíza eleitoral deverá apresentar a sua decisão, conforme rumor noticiado pelo jornal “Tribuna de Itapira, na quarta-feira. O Dropes entende que essa decisão ficará para mais tarde, sairá depois do dia 9, prazo final para as justificativas, e antes do dia 21 de novembro.

Alberto será candidato. O TSE protege o cidadão intencionado em filiar-se a um partido e disputar a eleição ao permitir-lhe o oferecimento de provas oportunas de filiação desde que se sinta prejudicado por desídia ou má-fé, para que Justiça Eleitoral reconheça a sua real situação quanto ao seu estado de filiação. Essa deve ser a tese de defesa de Mendes.

Antigamente, quando se verificava que um eleitor estava filiado a mais de um Partido, a Justiça Eleitoral determinava o cancelamento da filiação mais antiga, uma vez que valia a manifestação mais recente do cidadão. Esse dispositivo, apesar de prático, gerava confusão. O Partido não conseguia controlar o quadro de filiados, já que qualquer um podia deixar o Partido, sem comunicação.

Alberto não será candidato, se for observada a Lei dos Partidos Políticos que entregou ao próprio filiado a responsabilidade de comunicar ao partido e ao Juiz Eleitoral, a sua situação partidária. Sendo que, se não o fizer, no dia imediato ao da nova filiação, configura-se a dupla filiação, sendo ambas consideradas nulas para todos os efeitos. No Direito Eleitoral Brasileiro vige o princípio da unicidade da filiação partidária, segundo o qual o cidadão só pode estar filiado a, apenas, um Partido Político.

Político gosta mesmo é de afago. Quem assistiu, comentou que o prefeito Toninho Bellini ficou felicíssimo com a manifestação de carinho dos dois apoiadores que ligaram para a Rádio Clube de Itapira, sexta, dia 4, durante o programa de entrevista. As más línguas soltaram que no próximo programa ele vai tentar levar uma claque importada para ficar do lado de fora do estúdio.  

Terça tem mais.

 

 
Prezados Internautas


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Nino Marcati, da Redação do PCI
Fonte: Da Redação do PCI

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