Carregando aguarde...
Itapira, 16 de Janeiro de 2025
Notícia
20/11/2011 | DROPES: 70º capítulo


Campanha presidencial. A assessoria é silente eo deputado nada falou sobre o assunto nas suas andanças na região, mas a história da candidatura à presidência da república dá sinais perceptíveis de que algo acontece entre a Ipiranga e São João. Uma delas é a aproximação de Munhoz ao governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB. Munhoz, com ou sem contexto, cita Eduardo Campos com freqüência. Como se sabe, Campos é virtual candidato à presidência, mas sabe que o PT não abrirá mão de espaço e que o PSB, ainda, não desfruta de estrutura para enfrentar uma campanha presidencial. Logo...

 
Ampliar a consulta. Outro indício interessante vem do próprio PSDB. Serra já anunciou que está fora do páreo. Aécio caiu da moda. Geraldo não consegue se desgrudar da imagem paulista, nem da rejeição de parte do partido por conta de seqüelas antigas. O PSDB não quer partir para nenhuma aventura e não abre mão de ter o “cabeça de chapa”. O presidente estadual da sigla, Pedro Tobias, disse recentemente que as decisões do partido não serão mais tomadas “por cinco pessoas tomando vinho em um restaurante”. Quer ampliar a discussão!
 
Brasil virar Itapira? Segundo os líderes tucanos interessados em levar Munhoz à campanha presidencial, o PSDB precisa de um nome novo, com carisma, bom de discurso e ferrenho defensor dos municípios. A grande bandeira será o fortalecimento dos municípios e a descentralização administrativa. Alckmin disse que Munhoz fez o estado de São Paulo virar Itapira. Já tem assessor querendo que Munhoz faça o Brasil virar Itapira. Já tem marqueteiro pensando em como desenvolver a idéia.
 
Baixo poder aquisitivo. Quando o Dropes repercutiu a insatisfação de alguns comerciantes sobre a falta de novas indústrias que teria contribuído para o baixo poder aquisitivo do povo itapirense, no paço municipal foi agitação, destempero e ameaça de processo judicial contra a redação do Dropes. Só para lembrar, o comerciante tinha se baseado num comentário de representantes comerciais que disseram que Itapira é a cidade em que os lojistas menos compram. Logo, a que menos vende.       
 
Censo 2010 (1). Tá certo que a avaliação do comerciante era, digamos, subjetiva. Era carente de números matemáticos. Mas eles vieram. O Censo 2010, recentemente divulgado, diz que na faixa de renda de 5 a 10 mínimos, enquanto Itapira apresenta 4.425 domicílios, Mogi-Guaçu tem 8.906, Mogi-Mirim, 6.065 e Amparo, 4.899.
 
Censo 2010 (2). Quando são verificadas as faixas de renda mais avançadas, como a de 10 a 20 salários mínimos, Itapira apresenta 1.134 domicílios, Mogi-Guaçu tem 2.070, Mogi-Mirim, 1.896 e Amparo, 1.408. Na faixa maior, acima dos vinte mínimos, Itapira continua na rabeira: 272 domicílios, Mogi-Guaçu tem 412, Mogi-Mirim, 600 e Amparo, 388.
 
Será o mesmo esquema? A empresa ERJ será a responsável pelo fornecimento de merenda escolar no município conforme o resultado anunciado pela Secretaria Municipal de Recursos Materiais por R$ 8 milhões por um ano. Quase o dobro do que vem sendo pago atualmente para a Coan. Certamente, deve estar prevista uma melhora substancial na qualidade dos produtos, visando conforme anunciado antecipadamente pelo Dropes as eleições do ano que vem.
 
O MP diz que sim. Doze empresas retiraram o edital. Na hora “h” só apareceram duas, a BBLL uma empresa desconhecida no ramo e a ERJ.  Depois de um disputa emocionante, a ERJ ganhou a parada por R$ 9,25. A BBLL desistiu. A ERJ acabou fechando o pacote por R$ 8 milhões. Para o MP "há vários indícios no sentido de que as empresas Geraldo J. Coan e ERJ fazem parte do mesmo grupo empresarial".
 
Puxão de orelhas. Recentemente, a proprietária da Escola Dança & Cia, na abertura da sua apresentação anual, no Salão Social do Clube de Campo Santa Fé – casa lotada – pediu desculpas ao público por não poder oferecer melhores acomodações e justificou que lamentavelmente Itapira não dispõe de um espaço destinado às atividades culturais. Mas esse discurso, a professora Raquel, como todos os defensores culturais da cidade vêm falando, faz tempo. O Novo Tempo colocou a construção desse espaço, como promessa de campanha.   
 
O que mudou, então? Se a reclamação da professora Raquel, além de justa, era corriqueira. Por que, esse ano, ela teve tanta repercussão? Resposta: nas outras vezes o público reagia timidamente. Este ano foi diferente. O público apoiou entusiasticamente, bateu palmas consistentes e duradouras.
 
Festa na espera. A chance de Alberto Mendes reverter a dupla filiação junto à justiça eleitoral, em face da não comunicação obrigatória de desfiliação ao PV, é muito pequena. Porém, caso existam entendimentos que acolham as justificativas apresentadas, uma grande festa, na surdina, está sendo preparada. Dizem que vai ter mais rojões pela cidade do que, caso um dia, o Corinthians seja campeão da Copa Libertadores da América.
 
Senta ou não senta? Sebastião Manoel tentou sentar na cadeira vaga, temporariamente, do Vereador Décio da Rocha Carvalho. A vaga, no caso, pertence à coligação partidária PSB/PRB/PR que elegeu, pelo critério da proporcionalidade, dois vereadores. De imediato, teses foram levantadas, dando como certo o não direito a Sebastião Manoel assumir em face da mudança de partido. Ele era do PSB, agora é do PP.
 
Essa briga não é tão simples como se imagina. Existe decisão prolatada de que o suplente de vereador, assim diplomado, possui direito de assumir o cargo na vacância pela ordem de suplência, não o impedindo a mudança de partido, pois a fidelidade partidária não é apta a retirar o mandato do eleito. Nesse caso, Sebastião Manoel não perde condição de primeiro suplente, mesmo tendo se desvinculado do partido ou da aliança partidária pelo qual se elegeu.
 
Mas não é entendimento único. Há decisões que entendem que a representação junto à Câmara Municipal pertence ao partido político e não à pessoa física do suplente diplomado. Isto porque a eleição para o referido cargo se dá pelo sistema proporcional, somente logrando êxito o candidato na dependência do peso eleitoral da Legenda pela qual disputa a vereança. Nesse passo, uma vez que após a diplomação, altera o suplente sua filiação partidária, a vaga conquistada continua a pertencer ao partido político. Há reiterados julgados do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo nesse sentido. Nesse caso, ocupará o cargo aquele que estiver em primeiro lugar na lista da coligação.
 
Partido ou coligação. Alguns juristas que assessoram os vereadores itapirenses disseram aos interessados que a dúvida estava na condição “partido ou coligação”. O “ou” no caso, não coloca dúvida entre uma coisa outra, mas à possibilidade de ter ocorrido coligação ou não. No entanto, como não há posicionamento jurisprudencial sedimentado sobre a questão, caberá ao juízo eleitoral, diante do quadro que for apresentado, fiar-se num ou noutro entendimento, sabendo de antemão a contingência de ver sua conduta impugnada judicialmente.
 
Será que vai dar tempo? É certo, no entanto, que batalhas jurídicas estão a caminho. Ao sabor das decisões já exaradas, tanto Sebastião Manoel, hoje no PP, poderá assumir a vaga, como Marcos Paulo da Silva, dependendo do entendimento adotado pela justiça eleitoral. A briga que não será resolvida tão cedo.
 
Brigar ou não brigar, eis a questão. Diante da imponderabilidade do resultado vem a grande questão. Valerá a pena entrar numa briga que poderá tanto beneficiar como prejudicar? Primeiro será uma briga pelo poder. Nem todo mundo gosta de assistir essa luta. Segundo, quem perder poderá ficar com a pecha de “perdedor”, título nada agradável para qualquer político. Por outro lado, lutar por algo que se acredita e pela justiça é condição primeira do bom político.       
 
Fica ou não fica? Mas tem uma questão, que parece estar quieta, mas não está. A situação da cadeira de Mino Nicolai que se desligou do PSB e foi para o PT. O artigo 26 determina a perda automática da função ou do cargo que exerça, “na respectiva Casa Legislativa, em virtude da proporção partidária, o parlamentar que deixar o partido sob cuja legenda tenha sido eleito”, salvo em situações excepcionais por mudança significativa na orientação programática do partido e a comprovada perseguição política.
 
Porta da Esperança. Tem gente no PT que não acredita que Mino Nicolai conseguirá justificar a sua transferência partidária sem perder o mandato. Uns, aliás, estão avaliando que, caso isso ocorra, será mais fácil o caminho a percorrer até a eleição. Alguns estão mais desenvoltos, circulando mais entre os eleitores, buscando recursos para aparecer etc..
 
Reunião da Macro-Região do PT. Aconteceu na sexta-feira, 18, a reunião presidida pelos deputados federal Ricardo Berzoini e estadual Alencar Santana. O convite era aberto aos filiados do PT e à base aliada. De Itapira apenas dois participantes do PT, Alice e João. Nem Vieira, nem Sonia, nem Antonio Carlos... O assunto era dos mais importantes: A Reforma Política. Por muito pouco, nem os dois que se dispuseram iriam. Motivo: falta de condução. Um que tinha carro, não dirige na estrada. Outro que dirige na estrada, não tem carro e nem a confiança de ninguém, para emprestar-lhe. Pode um partido que ocupa a vice-prefeitura da cidade e a presidência do país ser tão desorganizado, tão apático, assim?
 
Mané dormindo? Manoel Marques, apesar do alardeado pela grande imprensa itapirense, não estava dormindo durante a sessão que presidia, enquanto o vereador Ferrarini fazia o seu discurso. A turma que não gosta dele disse que Manoel estava sonhando acordado com o dia em que ele se sentará na cadeira de prefeito, de direito. Sonho é sonho, ué!
 
Cabeça a cabeça. Está clara a estratégia da oposição. Devem compor a chapa majoritária, no ano que vem, Sandro Pio e José Natalino Paganini. Até lá, os dois devem se revezar na mídia. Hora um aparece mais, hora outro. Aquele que assumir a ponta, na cabeça do eleitor, apresentando-se melhor preparado será o candidato a prefeito pela oposição. Sabe-se que os dois estão buscando subsídios para enfrentar a dura batalha.    
 
Esse bendito paletó. Munhoz está sendo questionado pela imprensa e eleitores sobre a sua posição de defesa na ajuda de custo de R$ 40 mil por ano aos deputados para compra de vestuários como paletós, sapatos, gravatas etc.. Ser presidente do poder legislativo tem dessas coisas. Tem que defender até o indefensável.   
 
Terça tem mais.
 
Prezados Internautas
 
Os informantes desta coluna integram todos os matizes políticos da cidade.
 
As opiniões, aqui publicadas, não refletem, necessariamente, o pensamento da redação do Portal Cidade de Itapira.
 
PCI garante às pessoas citadas o direito de resposta. Para isso, basta que enviem email com a manifestação desejada para: [email protected].
 
A coluna não é porta-voz da verdade absoluta. Limita-se a democratizar a informação política que corre pela cidade. Usa o bom-humor como recurso redacional, sem apelar para as agressões gratuitas ou preconceituosas ou tendenciosas.
 
Nino Marcati, da Redação do PCI

 

Fonte: Da Redação do PCI

Comentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.

Veja Também
16/09/2015 - Dropes nº 415
09/09/2015 - Dropes nº 414
02/09/2015 - Dropes nº 413
30/08/2015 - Dropes nº 412
Deixe seu Comentário
(não ficará visível no site)
* Máx 250 caracteres

* Todos os campos são de preenchimento obrigatório

677 visitantes online
O Canal de Vídeo do Portal Cidade de Itapira

Classificados
2005-2025 | Portal Cidade de Itapira
® Todos os direitos reservados
É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo deste portal sem prévia autorização.
Desenvolvido e mantido por: Softvideo produções