Reversão de expectativa.

Um comerciante da área central da cidade teceu o seguinte comentário: “para mim, o Mané era o grande responsável pelo sucesso do governo Toninho Bellini. Era ele que segurou todas as buchas. Mas, agora eu vejo que não era bem assim. Votei nele, mas agora dou graças a Deus por ele não ter sido eleito. Arrependi. Quanta coisa errada ele fez...”

Canto da sereia.

Para esse comerciante que se diz vítima do canto da sereia e via Manoel como o maior político dessa geração, jamais deixou de acreditar na capacidade de estrategista que ele manifestava: “ ele dizia pra gente que ganharia essa eleição com os pés nas costas, que na hora “h” o povo reconheceria o que eles fizeram.”

Toninho não merecia.

Para finalizar, o irado comerciante sentenciou: “depois de tudo que aconteceu, politico ele não é. Confundiu tudo e estragou o que nós fizemos. Acho que ele é mesmo um bom vendedor. Quando conversar com ele, de novo, vou sugerir que ele passe a vender o Baú da Felicidade”.

Não é só esse comerciante que está bravo com Manoel Marques.

Pelo menos outros três que ajudaram na campanha ficaram decepcionados, não com o desempenho eleitoral, mas com a forma que conduziu as articulações, se isolando de todo mundo, achando que poderia chegar à vitória, sozinho. Não gostaram, também, do ritmo que o candidato pevista impôs à própria campanha. “Ele nem apareceu!”

Espaço garantido.

Manoel Marques e Alberto Mendes foram convidados, logo após a confirmação da vitória de Paganini para entrevista na TV PCI. Na segunda-feira Alberto compareceu ao estúdio e declarou que ele foi vítima da má aprovação do governo Bellini. Como integrou o grupo e foi secretário, foi punido também.

60% de ruim e péssimo.

Alberto disse que em uma das pesquisas que recebeu, Toninho Bellini ostentava mais de 60% de ruim e péssimo. Índice semelhante ao que foi dado a Paganini. Mendes disse também que foi o candidato que mais recebeu ataques. Entre umas e outras, diziam que ele renunciaria a favor de Manoel, fato que o prejudicou na arrecadação. Depois soltaram um folheto apócrifo falando de eventuais pendências financeiras.

Não vai ficar assim, não.

Alberto reconheceu que a correria da campanha acabou tirando-lhe tempo para controlar as questões pessoais e que ocorreram de fato alguns cheques devolvidos, mas que foram imediatamente pagos. Mas para prejudicá-lo inventaram informações indevidas. Garantiu que está ao encalço dos responsáveis e tomará as providências devidas.

2012 é 12%.

O Dropes entrou em contato com o informante que passou a informação de que Alberto Mendes não passaria dos 12% dizendo-lhe que o erro a menor foi de 50%. Mas o danado, espertamente saiu com essa: “não senhor, eu me referia ao total do eleitorado, não aos votos válidos.”

Conhecendo a nova câmara.

Nesta terça-feira, Dr. Rafael e Carlinhos Sartori participaram do programa Conversa de Gente Grande mostrando suas pretensões para a próxima legislatura. Todos os vereadores eleitos serão convidados. Vale a pena acompanhar.

Ferrarini agradece os 653.

Na sessão de câmara desta terça-feira, Ferrarini, como costumeiro, foi o primeiro a usar o pequeno expediente para agradecer os 653 votos recebidos e todos os anos que passou na casa. Garantiu que continuará fazendo política, tem projetos para o ano que vem, dando mostras que estará preparado para 2016.

Sexto colocado.

Cleber Borges obteve 884 votos ficando com a sexta posição, mas não conseguiu a vaga. A coligação PPL/PSL/PTN atingiu 2.644 votos, faltando mais de 1.200 votos para atingir o quociente eleitoral.

Muito barulho?

A grande esperança do grupo de Manoel Marques em fazer pelo menos um candidato residia na validação dos votos de André Siqueira caso tivesse êxito no recurso ao TSE. Mas informações não oficiais dão conta que André não chegou aos quinhentos votos. Logo, confirmadas a quantidade e validade dos votos, ainda sim a coligação PPL/PSL/PTN continuará sem representante. O resultado atual parece definitivo.

Faltou ouvir os companheiros.

Os matemáticos de plantão confirmaram as suspeitas de que a formação de duas coligações prejudicou a eleição de pelo menos um representante do grupo de Manoel Marques. Caso tivesse lançado apenas os 20 candidatos, 14 homens e 6 mulheres, mais conhecidos, a coligação passaria dos 4000 votos, suficiente para eleger Cleber Borges.

Ninguém atinou...

O segundo vereador a usar a tribuna da câmara foi Mino Nicolai que de forma branda agradeceu os votos recebidos, parabenizou os três candidatos, elogiou e isentou o irmão Toninho Bellini de qualquer responsabilidade no resultado e alertou o povo sobre o equivoco da eleição de nove vereadores da base de Paganini, que poderá dar carta branca para que o prefeito faça o que bem entender.

Faltou mais, vereador...

Mino lançou a informação de que teria faltado apenas 43 votos para que a coligação PT/PDT/PSDC o  elegesse também. Salvo erro de cálculo, para esta coligação garantir dois vereadores precisaria de mais 986, não 43.

Valeu a luta...

Sonia Santos, depois de Carlinhos e Zé Branco, a grande vencedora da casa. Afinal, a luta dela em apartar-se de Manoel garantiu a cadeira do PT. Dependendo da posição, além da redução de votos, poderia perder para Cleber e Lima. Sem falar que no caso de perda de votos, Paganini poderia completar as dez vagas.

Bellini, o grande perdedor.

Para Sonia Santos o grande perdedor dessa eleição foi Toninho Bellini. Disse, também, que Totonho Munhoz não foi o vencedor, que todos os méritos foram do candidato Paganini e que por isso espera que o prefeito eleito saiba caminhar com as próprias pernas.

E os 75% do deputado?

O discurso de Sonia não só reforça a vitória de Paganini como lhe garante a responsabilidade pelos votos recebidos ao interpretar que Barros Munhoz não teve nada ver com o resultado, pela estratégia em manter o deputado fora da campanha. Só para lembrar a vereadora, em entrevista Munhoz reconheceu o trabalho de Paganini nessa campanha e declarou: “se eu morrer agora, coisa que eu não quero, morro feliz. Essa era uma questão mal resolvida, que acabou de ser esclarecida.”

Câmara do sim senhor.

Finalmente, a vereadora Sonia anunciou que o PT, através de Cesar, fará oposição inteligente e pontual, dando lhe apoio total. Disse, também, que a próxima legislatura será a câmara do sim senhor. “Tudo isso foi uma resposta do povo à inoperância do governo Toninho Bellini.”

Futebol, engenharia, pescaria...

Uns dias antes das eleições, Neto Coloço ao encontrar com Toninho Bellini numa padaria da cidade disse-lhe: “ainda bem que está acabando né Toninho”. O prefeito começou a responder dizendo o que ele tinha feito... Neto interrompeu dizendo: “pode parar Toninho, isso não é para você. Não sei por que você entrou nessa?” Bellini entregou: “é verdade, eu gosto de futebol, de engenharia, de pescaria...”

Caímos em pé!

O ultimo a discursar na câmara foi Manoel Marques que foi logo tirando de todo mundo qualquer culpa pela derrota. Destacou: “Caímos em pé! Fizemos uma campanha limpa, apesar dos ataques que sofri. Pelo que diziam, acho que os 5.184 foram muitos votos.”

Governo paralelo.

Manoel agradeceu a Toninho Bellini, os candidatos, a equipe e os votos recebidos, parabenizou Carlinhos, Zé Branco, Alberto e Paganini. Alertou: “se o povo acertou ou errou vamos ver o que vai acontecer a partir do dia 1º de janeiro. Vamos criar um governo paralelo de cobrança. Anotei tudo o que eles prometeram.”

Vai ser gostoso acompanhar.

Marques acredita, ainda, que dentro de pouco tempo haverá dissidências no grupo governista: “é muita gente, quero ver acomodarem todos os compromissos.” E completou: “quero ver os requerimentos e a postura da imprensa a partir do dia 1º de janeiro. É quando nós vamos saber quem é quem.”

Mino 2016.

Mino Nicolai tem comentado com amigos que vai preparar a sua candidatura a prefeito para disputar as eleições de 2012. Pelo discurso desta terça-feira Mino insinuou que estará vigilante e comandará um grupo de oposição. Da mesma maneira, Sonia Santos não fez diferente, mas deu indicações de que ela e Mino não estarão na mesma canoa.

Na cola.

Manoel Marques foi mais longe e mostrou ter um projeto de oposição: a criação de um governo paralelo que acompanhará par e passo o desempenho de Paganini e vereadores. Da mesma forma não deu mostra de que Sonia e Mino formarão a mesma fileira. Alberto Mendes deixou claro na entrevista ao PCI que esta eleição foi um ponto final.

Sai Scapex, entra Lusitano.

O prefeito Toninho Bellini pediu afastamento para tratamento de saúde. De 8 a 17 de outubro o comando estará nas mãos de Antonio Carlos Martins. Mas antes encaminhou para a câmara a retirada do projeto que pedia autorização para a venda do prédio da Scapex. Bellini encaminhou pedido de autorização para ceder o mesmo imóvel para a empresa Lusitano Indústria e Comércio de Embalagens Plásticas.

A mesma ladainha.

Para terminar vale o registro da decepção de vários candidatos a vereador que esperavam uma montanha de votos, mas no mapa a expectativa virou pó. Todos as eleições é a mesma coisa: a ilusão do apoio.

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Nino Marcati, da Redação do PCI.