Figuração disputada
O Painel desta terça-feira, 5, no Contraponto, publicou a nota contando que no segundo turno, a assessoria de imprensa de Geraldo Alckmin improvisou um pequeno palco para o governador conceder entrevista no colégio Santo Américo, no Morumbi, onde vota. O espaço ficou lotado de políticos que disputavam espaço ao lado do tucano. O presidente da Assembleia, Barros Munhoz (PSDB), vibrou: “O Orlando Morando não está aqui! Vou aparecer!” Morando, também deputado estadual, se notabilizou por sempre estar ao lado de José Serra nas fotos. A alegria durou pouco: com a superlotação, o palco começou a ranger, e Barros Munhoz preferiu descer.
Ninguém merece.
O deputado fez o certo. Caso aquele palco cedesse, a culpa poderia ser socializada, mas todos olhariam para os mais gordinhos. Como macaco velho não mete a mão em cumbuca, Munhoz optou em ficar de fora dos olhares preconceituosos. Mas por via das dúvidas começou um regiminho básico naquele mesmo dia. Nada mais torturante: sem beber, sem comer o que quer e sem campanha eleitoral.
Mesmo assim apareceu.
Dentre os acompanhantes do governador Geraldo Alckmin ao Colégio Santo Américo, o presidente da Assembleia Legislativa foi o mais requisitado. Todos os grandes órgãos da imprensa paulista entrevistaram Munhoz.
Destaque.
O assédio sofrido pelo deputado deverá ser intensificado na imprensa paulista e nacional. Na configuração que está se desenhando no PSDB pós-eleição, Munhoz deverá encarnar a bandeira que partido precisa para se fortalecer como oposição ao governo Dilma e pavimentar a caminhada do futuro candidato peessedebista ao Palácio do Planalto.
Sem expediente e sem trabalho.
A sessão da Câmara desta terça-feira homenageou o ex-vereador Fernando Venturini, falecido na semana passada reservando o espaço do pequeno expediente para o silêncio dos vereadores. Mas os vereadores, pelo visto, não tinham o que falar. Aliás, nem muito que discutir ou decidir. A onda é fazer oposição a Paganini, enquanto podem.
Pode não ser, mas que parece, parece...
O corte no transporte no deslocamento dos doentes em tratamento nas cidades vizinhas está dando muito que falar. Não há quem concorde com a medida. A impressão que muita gente tem é que este foi o ato mais cruel que um governante poderia aplicar ao povo por negar-lhe o voto.
Nenhuma voz a favor do povo.
Esse era um dos cartazes empunhados pelos manifestantes da ONG Itapira Transparente que compareceram na câmara para protestar contra o corte no transporte dos doentes. Vandré informou que outra manifestação dessa natureza está marcada para a próxima quinta-feira no paço municipal.
Não vai confundir, não?
O craque Betuska perguntou a Vandré, ex-candidato, integrante da equipe de transição e provável secretário de negócios jurídicos e cidadania se a ONG que ele participa não vai se confrontar as ações do futuro prefeito. Vandré, serenamente respondeu: “nossas ações são de caráter coletivo, queremos o melhor para Itapira. Nós temos um acerto interno, quando o assunto envolve algum participante, este não participa das discussões.”
Menos isso!
Vandré disse também que o que mais está incomodando os cidadãos itapirenses é o silencio do poder legislativo e do poder executivo contra essa barbaridade que está sendo cometida contra as pessoas doentes de Itapira que não dispõe de recursos para locomoção. “Eles poderiam corta tudo. Menos isso!”, concluiu.
O Carlinhos está atento.
Justiça seja feita, o silencio do poder legislativo não pode ser atribuído a todos os vereadores. Carlinhos Sartori formalizou pedido de esclarecimento na sessão do dia 23 de outubro, há 15 dias e só não caminhou ao gabinete por conta da ação do vereador Mino Nicolai que pediu vistas, talvez interpretando que o requerimento de Sartori precisava ser analisado com mais profundidade.
Não deve sobrar pedra sobre pedra.
Uma fonte bem informada sobre os corredores da prefeitura disse a este redator que o corte no transporte foi uma armação engendrada para não deixar o vice-prefeito sair deste governo incólume. Um secretário teria dito a infeliz frase: “Todo mundo está saindo maculado deste governo. O único virgem é o vice.”
Um avança, outro recua.
Carlinhos Sartori continua atuando com a mesma velocidade de antes da eleição. Mino, continua tentando desacelerar o cabeludo. Sartori apresentou cinco pedidos para atendimento ao povo de vários pontos da cidade. Mino Nicolai, de um jeito ou de outro, brecou todos. Queria jogar retardar a apreciação por trinta dias. Conseguiu uma semana. Carlinhos não se conteve: “eles estão querendo deixar o povo no buraco.” Será que foi por isso que um se elegeu e o outro não?
Surto e internação.
Sartori comentou com Betuska da Radio Clube de Itapira que um paciente que sofreu lesões gravíssimas, inclusive de mobilidade, e estava sendo atendido pela Rede Lucy Montoro, diante da impossibilidade de continuar o tratamento, teve um surto psicótico e precisou ser internado no instituto Bairral.
Boca no trombone
Toninho Orcini se manteve quieto durante a sessão, mas aos microfones da Rádio Clube soltou o verbo: “acho um absurdo isso que está acontecendo, o corte do transporte de doentes. A doença não pode esperar. Isso é uma judiação.”
Solução por telefone.
Ao ser questionado sobre as empurradas de barriga desse governo, vendo Mino atrapalhar o andamento dos requerimentos, respondeu: “eu não faço esses requerimentos. Eu ligo para os secretários, reclamo e peço os serviços que precisa.” Orcini tem com certeza o caminho mais curto, mas será que Carlinhos Sartori seria atendido pelos secretários. Se o irmão do prefeito, que é vereador, só atrapalha?
De volta em 2016.
Orcini garantiu que não abandonará a política. Continuará trabalhando em benefício do povo, fazendo o que sempre fez e em 2016 será candidato a vereador novamente.
Presidência.
Carlinhos Sartori continua candidato à presidência da câmara. Confirmou que está conversando com os demais vereadores e sente que o seu nome é quase consenso tanto na futura câmara como entre os seus pares. Zé Branco foi procurado para falar sobre a sua candidatura, mas o celular dele, hoje, estava desligado.
Mudanças...
Está caminhando forte a tendência de indicação de nomes com maior articulação política para as secretarias estratégicas do novo governo. “Tem coisa que é preciso ter uma visão diferenciada sobre determinados problemas. É preciso saber definir as prioridades, coisas que os técnicos nem sempre sabem fazer direito”, disse um assessor de Paganini.
Cobranças.
Por falar nisso, quando é que o mestre vai começar a destrinchar as secretarias. A cada hora surgem novos nomes e aumenta a pressão sobre as indicações. O Mestre está atuando na escolha das diretoras das escolas municipais. Eis aí um trabalho que tem que ser realizado com muito cuidado e competência. Más escolhas podem virar tiro no pé.
O futuro prefeito pode e deve.
Paganini já externou sua preocupação e condenação com o corte do transporte dos doentes. Será que ele não deveria se manifestar publicamente sobre o assunto? Será que nem o pedido dele, amparado em 68% dos votos, comoveria este governo?
Quando falta piloto...
Um internauta encaminhou e-mail contando que na noite de ontem, por volta das 21h, na Praça Bernardino, dois flanelinhas estavam brigando, gritando palavrões que ninguém queria ouvir, nas barbas de dois guardas municipais que não esboçaram nenhuma reação com o que acontecia. Para o internauta, uma grande demonstração do descontrole que está a nossa cidade.
... o avião perde o controle.
O mesmo internauta, ainda incomodado com a cena que assistira, depois de terminada a tarefa, subiu a Rua Comendador João Cintra, parou no semáforo e notou um grande agito na esquina, na nova pastelaria. Algumas pessoas estavam brigando e envolvendo clientes e moradores. Para a surpresa, os encrenqueiros eram os dois flanelinhas da praça. Quer dizer, se a guarda municipal tivesse agido no momento certo, além de resolver o problema na praça, teria, certamente, evitado os dissabores cidadãos na sorveteria.
Prezados Internautas
Os informantes desta coluna integram todos os matizes políticos da cidade.
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Nino Marcati, da Redação do PCI.
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