Novos salários.
Sem reajuste desde 2010, a Assembleia Legislativa aprovou na segunda-feira, sob a presidência de Barros Munhoz, o reajuste de 10,3% no salário do governador Geraldo Alckmin, do vice Guilherme Afif e secretários que passarão a receber, respectivamente, R$ 20.662,00, R$ 19.629,00 e R$ 16.529,00.
Pela inflação.
Segundo estimativa do deputado Barros Munhoz, por conta do efeito cascata, o aumento representará um impacto na ordem de R$ 250 milhões nas contas do governo: "há salários de servidores calculados com base no do governador, teto do funcionalismo paulista" e completou: "o reajuste será absolutamente suportável nas contas e equivale à inflação acumulada desde o último reajuste, há dois anos."
Não dormia.
Durante o programa “Itapira Debate” transmitido pela TV PCI e Rádio Clube com o Presidente da Alesp, o deputado chegou a confidenciar que estava cinco noites sem dormir, tamanha pressão que estava sofrendo nesse final de ano legislativo.
Insônia maior.
Um dos assuntos que mais tirava o sono de Barros Munhoz era a aprovação do orçamento de 2013. Caso não fosse aprovado até sexta, só no ano que vem, e diante dessa possibilidade, Geraldo Alckmin poderia ter que retardar alguns investimentos, desacelerar obras e até interromper, momentaneamente, alguns projetos sociais. Como se sabe, o papel do presidente da casa, nessas horas, é fundamental.
Senão, veja:
A presidente Dilma não conseguiu ver aprovado, esse ano, o orçamento 2013. Antes mesmo do término da semana, o Congresso Nacional já tinha adiado para o ano que vem. Com isso, o governo só poderá gastar 1/12 do montante previsto por mês, até que o orçamento seja aprovado.
Limitantes.
E esse um doze avos somente pode ser usado para despesas de custeio, como pagamento dos salários de funcionários públicos, realização de eleições pela Justiça Eleitoral, ações de prevenção de desastre, financiamento estudantil e bolsas de estudo, ações decorrentes de acordo internacional com transferência de tecnologia, e “outras despesas de caráter inadiável”. Esse atraso poderá prejudicar o crescimento da economia brasileira.
Perto do apito final.
Nos últimos minutos, quando a sessão estava para encerrar, Barros Munhoz fez um apelo à casa, os deputados responderam positivamente e o orçamento paulista para 2013 foi aprovado com um aumento de 10,5%, totalizando R$ 173,1 bilhões. Como os trabalhos foram até quase quatro da matina, o presidente, se dormiu, foi pouco. Não é a toa que o deputado de Itapira está sendo cortejado para permanecer no cargo, mais um mandato.
Em tempo: Munhoz tem declarado que não tem nenhum interesse na terceira reeleição consecutiva para a presidência da Alesp.
Em casa
Na última quinta-feira, o prefeito eleito Paganini anunciou o primeiro escalão de seu governo. O evento foi realizado na sede da ACEI. Com o plenário lotado Paganini anunciou os nomes de onze secretários e uma diretora. O futuro presidente do SAAE, Dado Boretti, em viagem, não esteve presente, assim como o secretário de obras, serviços urbanos e planejamento José Armando Mantuan por estar se recuperando de uma cirurgia.
Bom começo!
Os itapirenses, ao que parece, receberam bem os nomes indicados por Paganini. Houve equilíbrio entre nomes novos e os mais experientes. Alguns opositores tentaram desqualificar o grupo sem êxito, mas assim como ocorreu na campanha eleitoral, quando atacavam Paganini e Barros Munhoz. Entrava por um lado, saia pelo outro.
Muito prazer!
O comentário preferido dos opositores dizia que Paganini, finalmente tinha sido apresentado aos futuros secretários, já que os nomes saiam, um por um, da boca de Barros Munhoz. Paganini, ao contrario do seu antecessor, não destilou fogo contrário, preferiu das explicações do processo.
E explicou:
“Para definir a equipe eu conversei com muita gente, entre os quais, com o deputado Barros Munhoz. Eu estive com ele essa manhã, enquanto conversávamos ligou o governador e o presidente do TJ buscando a opinião dele. Porque esse futuro prefeito não pode fazer o mesmo? Eu tenho a responsabilidade de me cercar de todas as informações possíveis. Ouvi todos que poderiam me oferecer subsídios. Eu quero acertar... Não aventurar!”
E concluiu:
“Estou com esse pessoal a sessenta dias trabalhando, alguns tinham problemas particulares ou profissionais a resolver, nesse tempo, as coisas foram assentando e acomodando. Não poderia anunciar nada antes do tempo certo. O importante é esse pessoal estar pronto para trabalhar a partir de janeiro.”
Vai manter o grupo unido.
Além dos opositores, alguns pretendentes aos cargos, diante da preterição também andaram fazendo comentários negativos, principalmente, contra o provável indicado. Mas, com muita conversa e atenção, Paganini foi aparando as rebarbas. “Essa reação é normal. Todos querem colaborar, mas o time é limitado, temos onze posições e elas têm que ser ocupadas pelos melhores.”
E por falar em oposição.
Alguns nomes que integraram a base aliada do atual governo estão começando a articular a futura oposição, mas ao que parece não deverão estar todos no mesmo grupo. Poderão ser formados dois ou três blocos.
Independente.
Quatro integrantes do Novo Tempo aguardam, ansiosamente, o dia 31 data limite para se sentirem totalmente livres dos compromissos políticos assumidos. Depois, pretendem compor um grupo independente, fortalecer seus partidos e observarão o governo Paganini. Dependendo dos resultados poderão tentar uma composição governista. Caso contrário, embarcarão na oposição ou trilharão caminhos próprios.
Sem pagamento, sem serviço, eis a lógica.
Ninguém se manifesta, mas o contrato da prefeitura com a Sanepav, segundo informações que chegaram à redação do Dropes, não estão sendo seguidos. De um lado fala-se que a prefeitura não tem honrado os pagamentos, fato até hoje não confirmado, nem desmentido.
Só onde o padre passa!
A varrição deveria ser realizada por quatorze equipes para dar conta das duzentas. O serviço, com regularidade, não passa de quinze. Para quem a situação não fique transparente, apenas os principais corredores estão recebendo a atenção da empresa.
Seria discriminação?
A situação não é diferente quando observamos o estado de abando das praças, canteiros e gramados da cidade. Para os prestadores dos serviços apenas a Praça Bernardino, o Parque Juca Mulato e a rodoviária merecem atenção.
Reação.
Diante da grita dos moradores e a avalanche de reclamações, essa semana algumas equipes teriam sido deslocadas para tentar remediar a situação. Mas consta que para vestir um santo tiveram que desvestir outro.
E os paralisados?
Mas se a varrição foi reduzida, outros serviços estariam simplesmente paralisados: roçada manual, capina, raspagem manual, pintura de meio fio e coleta de resíduos especiais. Algumas empresas do município tem realizado, por suas expensas, a pintura de meio fio por considerar o serviço com um quesito de segurança.
Anunciou! Será que levaremos?
Essa semana o prefeito Toninho Bellini divulgou a conquista de R$ 500 mil para câmeras de monitoramento associadas à Infovia e conquista de 320 apartamentos na José Tonoli. A dúvida é se na hora de assinar os convênios, se ainda não foram assinados, a Prefeitura poderá apresentar o Certificado de Regularização Previdenciária. Como se sabe, sem o CRP, nada de verba.
Sem CRP, sem convênios!
Dentre as heranças recebidas por Paganini a mais grave deverá ser a dívida para com a Previdência, não necessariamente pelo tamanho, mas pelas consequências que esse atraso de pagamento poderá trazer para Itapira. Sem o Certificado de Regularização Previdenciária, a prefeitura de Itapira não poderá assinar nenhum convênio com o governo federal, tampouco com o estadual.
Coisa encomendada?
A intensão pode não ter sido esta, mas tem muita gente desconfiada de que o atraso do pagamento, caso não seja regularizado até o final do mês, seria para dificultar a recuperação no menor espaço de tempo possível naquilo que dependesse do deputado Barros Munhoz. Até a regularização, Paganini não poderia contar com os recursos estaduais. Espera-se que tudo não passe de boato ou que seja possível a regularização sem comprometer o município, senão seria o “Fim do Mundo” que não aconteceu.
Feliz Natal e até o Ano Novo, repleto de paz, prosperidade e saúde, para todos.
Nino Marcati, da redação do PCI.
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