Mesa cheia. Mal se sentou à mesa como líder do governador Geraldo Alckmin, Munhoz foi surpreendido com uma avalanche de pedido de socorro dos municípios paulistas, prefeitos, velhos conhecidos do deputado, não esperaram que a cadeira se esquentasse.

Saliva. Um assunto que caiu nas mãos do deputado Barros Munhoz e vai requerer muita saliva é o Projeto de Lei que prevê a valorização da carreira policial no Estado com a incorporação total do Adicional de Local de Exercício (ALE) aos salários dos policiais militares, civis, técnicos científicos e agentes de escolta e segurança da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).

Líder é para essas coisas! Desde que o PL ALE foi apresentado no final do ano passado, pouca discussão foi feita até agora. Haja saliva para conciliar os interesses das categorias devidamente representadas na casa com as projeções financeiras do governo estadual. Essa é daquelas situações que uma palavra errada pode dar numa confusão danada.

Cautela. A secretária de saúde, Eliane Castro, foi bastante cautelosa na divulgação dos números sobre a economia obtida nos exames de alta e média complexidade na semana passada. Alguns dados são estarrecedores ao apontar que determinados procedimentos eram cobrados até oito vezes o valor da tabela SUS.

Também pudera. Os mais de três mil exames realizados nos três primeiros meses do ano proporcionaram uma economia de R$ 212 mil em relação ao que era gasto com a sistemática anterior. É bom lembrar que o ex-prefeito, por falta de verba, foi obrigado a suspender os exames logo no segundo semestre.

Não é canja não. Segundo os interlocutores da secretária a preocupação é para não misturar estação e não fazer politicagem. O intuito foi mostrar que com gestão séria dos recursos públicos é possível economizar de verdade. Por ser bastante técnica Eliane Castro preferiu não revelar os nomes daqueles que cobravam tabela SUS mais as taxas de anestésicos e a supervalorizada suplementação na tabela.

Mas é gente da cidade. O triste nessa história é que os valores exagerados pelos serviços eram praticados por instituições itapirenses. Tecnicamente, além do espírito cooperativo para o bem da saúde pública municipal, o custo desses exames deveria ser pelo menos igual. Ou não?

Pagava-se o dobro do particular. O mais estarrecedor nesse levantamento é que alguns procedimentos foram remunerados suas vezes o valor cobrado dos clientes particulares sem oferecer aos examinados o mesmo tratamento, nem preferência no atendimento.

CPI da mortadela. Apesar da postura adotada pela Secretária de Saúde, tem vereador se informando de toda situação que não quer nem saber de preservar os envolvidos. Ao desabafar sobre o assunto ouviu de forma direta uma sugestão que promete agitar o meio: "peça a instauração de uma CPI"! 

R$ 630 mil. No ano passado a prefeitura repassou para a Santa Casa para pagamento dos exames a bagatela de R$ 630 mil, mas os recibos não eram dados pela Santa Casa. Com as novas parcerias, parte desse montante será economizada.

Aos poucos vão matando a galinha. Alguns exames ainda continuarão sendo realizados na Santa Casa, mas isso só até que o hospital seja reformado e construído o centro de imagem junto ao pronto-socorro.

A FBI (Fábrica de Boatos de Itapira) tenta como pode atingir o prefeito Paganini, ora arrumando desentendimentos no grupo, ora com o deputado Barros Munhoz. A última da FBI foi que sobre um churrasco onde Paganini teria se mantido afastado do deputado.

Bom humor. Paganini, como todo mundo sabe, procura manter o bom humor diante de colocações jogadas ao vento, ironizou: "faz três meses que não vou a churrascos ou churrascaria. Nem tempo para comer carne eu tenho!".

Ticket sim. Outro boato plantado pela FBI foi por terra na segunda-feira. Espalhavam que Paganini acabaria com o ticket alimentação do servidor. Já foi definida no Pregão uma nova empresa que será responsável pelo cartão de compras do funcionalismo. Os fabricantes de boato poderiam ao menos ler o jornal oficial antes de falar ao léu.

Parcelamento. O assunto já foi publicado no Dropes faz tempo, mas foi só nessa semana que o prefeito Paganini pode respirar aliviado. Foi a aprovação do parcelamento dos débitos oriundos das contribuições de responsabilidade patronal devidas e não repassadas pelo Município de Itapira e pelas entidades da administração indireta ao Regime Próprio de Previdência Social  do Município.

Caso pensado? O novotempo passou a administração inteira dizendo que pagava seus compromissos com o Fundo e com a Previdência em dia. Deixou um rombo na parte patronal de R$ 2,3 milhões que caso não fosse saldado ou parcelado comprometeria a maioria das iniciativas da atual administração junto ao governo estadual e  federal.

Amém. Os vereadores também têm caído nas graças da FBI. Chamam de “bancada do amém” por aprovarem tudo sem questionar. São, também, criticados pelos elogios que uns fazem aos outros. É bom lembrar que esse apelido é comum quando os legisladores não votam de acordo com determinados interesses.

Produtividade. Ao que parece o uso do cachimbo deixou muita gente com a boca torta. Itapira estava desacostumada com os trabalhos legislativos. Antes quem reclamava que a câmara produzia pouco, só apreciava as iniciativas do executivo, agora a produção e defesa viraram pontos de incômodo.

Tem cabimento? É mais do que natural aqui e qualquer lugar do mundo a bancada governista votar nos projetos de iniciativa do poder executivo. Só faltava essa, os adversários que não conseguiram eleger mais do que um representante quererem que os eleitos que se apoiaram no projeto vencedor virem casacas.

Recorde? O Dropes não levantou os dados, mas pelo andar da carruagem o número de projetos apresentados pelos vereadores nos primeiro três meses dessa legislatura não tem precedente na história de Itapira e, talvez, do Brasil.

A ver navios. Outro detalhe desses vereadores que parece incomodar muita gente é a união que eles exalam, seja nas visitas externas ou nas sessões. Como apoiam as iniciativas dos outros, a inveja e competição não aparecem. Para quem apostava que eles se digladiariam em pouco tempo, deve estar a ver navios.

Gostou? Quem assistiu à sessão desta terça-feira viu os vereadores cobrando o prefeito, relatando problemas e pedindo soluções urgentes. Um assistente assíduo das sessões legislativas comentou: “Nos seis anos que acompanho eu nunca vi a bancada do Bellini fazer isso!”. O companheiro que estava ao lado questionou: “será que o Mestre gostou de ouvir tanta inquisição?”.

Canal. Um vereador comentou que o líder do prefeito, cumprindo o papel, sempre diz para que os vereadores levem os problemas diretamente para os secretários que dá maior agilidade. Esse mesmo vereador explicou: “nós levamos para os secretários também, mas nós legislamos, a tribuna é o nosso melhor canal.”.

SAMU sumiu. Até o presidente da Casa não perdeu a oportunidade para fazer suas considerações e cobranças. Entre elas, lançou uma denúncia séria contra o SAMU. Segundo Carlinhos uma família tentou acionar o sistema em situação de urgência, mas não foi atendida. Teve que se socorrer de um transporte não apropriado para encaminhar o paciente ao hospital.

Resumo. Carlão Jamarino, como líder do prefeito, vem se mostrando bem na fita ao ocupar a tribuna para fazer pequenos resumos dos atos do executivo. Nesta terça-feira falou das economias com a merenda, usando controle e fiscalização, e com os exames médicos, na entrada de novos parceiros.

Passeio. Jamarino destacou o processo de fiscalização dos passeios públicos inadequados para mobilidade e acessibilidade dos pedestres e ressaltou as mudanças na coleta de resíduos sólidos. A tribuna foi usada ainda pelos vereadores Joilson, Marquinhos e Dr. Rafael que defenderam seus projetos e indicações.

Guerra Santa. A fiscalização sobre a adequação dos passeios é uma briga que Paganini sabe que vai ter que enfrentar e a parada não será fácil. Mas além da consciência firme que ele tem sobre a mobilidade e acessibilidade urbana, a responsabilidade não pode ser postergada.

Celular no Rio Manso. Num dos intervalos Zé Branco irradiava felicidade ao anunciar que as viagens a São Paulo, com Barros Munhoz, e à Brasília, com Guilherme Campos, já começaram a dar frutos: começou a montagem da antena de celular que vai levar sinal para o Bairro do Rio Manso.

Desconstrução. Para o ex-prefeito Toninho Bellini os vereadores tomaram uma decisão eminentemente política caracterizando a campanha odiosa para deletar a imagem dele do processo político da cidade. Para Toninho a finalidade é descontruir a imagem positiva que ele tem na comunidade.

Fez o certo. O ex-prefeito já entrou em contato com sua assessoria jurídica para tentar reverter a situação na justiça comum. Toninho Bellini acredita que não terá dificuldade para mostrar que fez tudo certo.

Ônus e bônus. Paganini foi claro ao reconhecer que quando se entra para a vida pública se sujeita a bônus e a ônus: “Tenho o apoio da minha família. Estou focado nos quatro anos que o povo me confiou. Tenho três grandes preocupações: gerar emprego, suprir habitação e cuidar da saúde. Se algo acontecer a minha consciência estará tranquila.”

Feitiço 1. Um ferrenho totonhista fez o seguinte comentário: “o Toninho Bellini se esforçou o quanto pode para rejeitar as contas do Totonho para torna-lo inelegível.  Agora, sem nenhum esforço viu o feitiço virar contra o feiticeiro.”

Feitiço 2. O mesmo totonhista continuou: “não desejo isso para ninguém, mas os novotempistas desejaram muito ver Barros Munhoz saindo preso algemado da Praça Bernardino, fizeram o diabo para isso acontecer e também não conseguiram. E de esse feitiço também virar... Se fosse outros tempos!”

E depois... Enquanto Toninho Bellini fala em desconstrução, adversários da atual administração começaram a construir, por antecipação, o que vai acontecer com a câmara quando caírem as contas de Paganini com pareceres ou ressalvas desfavoráveis.

Não estamos falando de pouca coisa. O vereador Maurício deu uma pista: “nós não agimos com o viés político, as ressalvas do Tribunal eram muito fortes. Não estamos falando de ninharia, mas de dúvidas sobre 3 a 4 milhões de reais gastos a mais com a merenda. Cumprimos a nossa obrigação para não sermos acusados amanhã de conivência”.

No seu tempo. Sobre os anos de 2011 e 2012 do ex-prefeito Toninho Bellini e as contas de Paganini, Mauricio foi categórico: “não podemos antecipar o futuro, quando as contas chegarem nós vamos analisar, sem qualquer conceito pré-concebido.”.

Saber comprar e de quem comprar. Aliás, Paganini ao ser questionado sobre a possibilidade de amanhã ter as contas analisadas a partir de pareceres ou ressalvas negativas do TCE não pestanejou: “essa é uma possibilidade que eu não excluo, o universo de ações da prefeitura é muito grande, os detalhes são numerosos, mas eu confio naquilo que mais sei fazer “comprar” por isso estou sempre atento ao trabalho da Secretaria de Recursos Materiais.”.

Confiança. Paganini também esclareceu que ele montou uma equipe de qualidade, na qual deposita total confiança. Disse que Bellini provavelmente pode ter sido traído pela competência da equipe que ele próprio montou.

Cair do cavalo. Sobre uma eventual apreciação das contas dele pela atual câmara, declarou: ”esses vereadores são muito sérios e eu não tenho dúvida de que eles vão analisar e votar as minhas contas com o mesmo critério. Quem tiver apostando no contrário vai cair do cavalo, de novo. Tenho a convicção de que estamos fazendo e vamos fazer, sempre, a coisa certa. Mas se cometermos erros, intencionais ou não, devemos pagar por eles. É assim que eu penso. Os vereadores estão lá para nos fiscalizar.”

Fez água. Os vereadores, a pedido do poder executivo, votaram e aprovaram a revogação das concessões de direito real de uso feitas por Toninho Bellini que até agora não justificaram o benefício: Marlene Aparecida Palomo Sartorelli ME., Alzalloy Indústria e Comércios de Metais Ltda - ME. e Atacado de Rações Pet Ltda.

Armação eleitoral? Com essa decisão foram sepultadas as últimas tentativas do governo novotempista em implantar ou ampliar empresas no município. O pedido de revogação em caráter de urgência se deve às tratativas que a atual administração vem desenvolvendo com empresas interessadas.

Invest SP. Nesta terça-feira, Paganini e Guto Pinheiro estiveram em São Paulo para se enfronharem no Invest SP e Desenvolve SP. Como se sabe o Invest busca atrair investimentos e aumentar a competitividade das empresas, gerando empregos, renda e inovação tecnológica. O Desenvolve fomenta projetos através de empréstimos com as melhores taxas do mercado.

Preparando terreno. Além de buscar conhecimento para preparar Itapira para o segundo processo de industrialização, Paganini e Guto levaram informações do município, as áreas disponíveis para que o Invest SP alinhave E o Desenvolve SP financie as instalações ou ampliações.

Nunca tocaram no assunto... Um ex-integrante do novotempo, hoje governista, ao tomar conhecimento da potencialidade desses dois projetos não se conteve: “vocês sabem de uma coisa, eu acho que o Toninho Bellini, Manoel Marques, Helio Citrângulo e companhia não fazem a menor ideia do que isso significa. Acho que eles nem sabem da existência disso.”

Não atendeu pela Unimed. Uma cooperada da Unimed compareceu no Hospital Municipal totalmente revoltada. Segundo essa mãe, ela levou o filho no pronto-socorro da Santa Casa, com o cartão da Unimed em punho, mas o médico de plantão dizendo não ser pediatra a encaminhou para o HM onde lá um pediatra a atenderia melhor...

Nino Marcati, da redação do PCI.

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