R$ 50 milhões. No programa deste sábado, pela Rádio Clube, o deputado Barros Munhoz comentou algumas ações de servidores e empresas - contra a prefeitura - que foram alvos de perseguições pelo governo novotempista, cujos ressarcimentos poderão ultrapassar a casa dos 50 milhões de reais.
Cadê a diferença? Munhoz comentou também sobre a diferença verificada no pagamento feito à mesma empresa e mesma merenda no período de fevereiro a maio, em 2012 e 2013. Mesmo atendendo quatrocentas crianças a mais, o município economizou quase R$ 250 mil.
Quem vai pagar a conta? Segundo Munhoz, o ex-prefeito Toninho Bellini e seus asseclas serão responsabilizados por todos os desmandos que apareceram e que poderão aparecer. “Não é justo que a população pague sozinha essa conta.”
Fogo em Itapira. Logo após a informação dos R$ 50 milhões, os piadistas de plantão saíram dizendo que Toninho Bellini quer imitar Nero que colocou fogo em Roma. Mas ao contrário do imperador que tocava lira enquanto a cidade queimava, Toninho ficaria dando embaixadinhas.
Não virou cinzas. Munhoz disse ainda que os novotempistas passaram oito anos falando da dívida de R$ 14 milhões com a SABESP. Além de dizer que essa dívida será muito bem equacionada, o deputado lembrou que o investimento realizado supera, com folga, R$ 60 milhões.
PEC do MP. Sobre a proposta do Deputado Campos Machado que propõe que somente o procurador-geral de Justiça possa investigar deputados estaduais, prefeitos e secretários de Estado, Munhoz confirmou que o projeto será votado em 14 de agosto. Ao que tudo indica a data foi escolhida para que a votação seja depois da apreciação da PEC 37 pela Câmara dos Deputados.
Querem aparecer. O deputado Barros Munhoz não só manifestou concordância com a proposta de Machado, como confessou que gostaria de ter sido ele o autor da PEC. Esclareceu que ninguém é contra ou quer amordaçar o MP, apenas corrigir os excessos. Segundo Munhoz, alguns promotores são como as mariposas cantadas por Adoniram Barbosa que não podem ver uma luz (lâmpida) que já chegam perto.
Exageros. “Tem promotor que acha que é mais do que prefeito. Ameaçam prefeitos fazendo exigências descabidas.” E concluiu: “e dentro do Ministério Público tem muita gente que reconhece esses exageros.”
Moreira. Sobre a possibilidade da ALESP cassar o mandato do vice-governador, Munhoz reafirmou a amizade e admiração que tem por Guilherme Afif, mas seguirá as orientações do seu partido e do governador Geraldo Alckimin. Depois de dizer que Afif se colocou numa posição complicada como vice de um e ministro de outro, fez piada de que o principal interessado nesse assunto, na verdade, é o atual presidente da ALESP, Samuel Moreira, que passaria a ser o substituto natural nas ausências do governador.
Aprendeu bicudo? Não é de hoje que o deputado Barros Munhoz tinha o aumento da água entalado na garganta. Neste sábado resolveu desopilar e responsabilizou diretamente Dado Boretti pela bobagem de querer enfiar goela abaixo os 128% de aumento nas tarifas de águas das atividades comerciais e industriais da cidade. Depois de subir o tom, disse que o importante é que o erro foi reconhecido e corrigido.
Olhos de sangue. O prefeito Paganini ao comentar os R$ 50 milhões que poderão recair para o erário público por conta dos supostos desmandos da administração passada destacou: “é isso que acontece quando se administra a cidade com olhos de sangue. Temos que procurar dar o nosso melhor, sempre, sem revanchismos.”
Esqueceram de R$ 1,6 mi. Para Paganini a semana foi de boas notícias. A primeira veio da descoberta de R$ 1,6 milhões depositados no Banco do Brasil, oriundos da pendenga com a Unimed. “Com esse dinheiro vamos executar pelo menos umas quinze obras de pequeno porte, mas extremamente necessárias para Itapira”, destacou.
Aumento da arrecadação. A outra veio da Secretaria de Fazenda Estadual que conseguiu negociar o pagamento de R$ 17 bilhões por meio do Programa Especial de Parcelamento (PEP), que estimula a regularização de débitos de ICMS de contribuintes com o Estado, desse total, R$ 5 bilhões deverão ser pagos à vista pelos contribuintes que aceitaram participar do programa. Segundo Paganini, o tesouro municipal já sentiu o impacto e na próxima semana espera estimar o aumento na receita para programar as ações futuras.
Muito esquisito. Sobre os R$ 1,6 milhões que estariam disponíveis no Banco do Brasil há três anos precisa ter uma explicação razoável. Toninho Bellini deixou de prestar serviços essenciais, deixou dívidas, poderá responder judicialmente por elas. Deixou de fazer obras que poderiam influenciar na eleição e até levar Manoel Marques à vitória. Será que era isso que ele não queria?
Guto nota dez, quatro vezes. Dentro do assunto aumento da arrecadação, Paganini está satisfeito com o trabalho da Secretaria de Desenvolvimento Econômico que não está medindo esforços para capacitar, contatar e receber empresas, externas e itapirenses, interessadas em ampliar seus negócios e gerar empregos. “É complicado imaginar que passamos oito anos sem ter empresas interessadas em se instalar em nosso município”, desabafou.
Rádio Bosta. Foi postado na fanpage da “Rádio Bosta” um trecho do discurso do Dr. Rafael na tribuna da câmara onde pinçaram: “às vezes a gente houve, você foi um idiota de entrar na política, mas eu vou mais longe, mais idiota é o cidadão que não se interessa pela política”. Com o seguinte comentário do autor da postagem: “sorte deles é que a maioria do povo é idiota senão politico nenhum seria eleito. E cada um gosta do que quiser temos livre arbítrio pra escolher do que gostar! resumindo todo o mundo é idiota por não gostar das mesmas coisas. Que comentário idiota hein, vereador?????”
Idiota. É certo que o Dr. Rafael usou a palavra “idiota” erradamente. Ninguém é idiota por não gostar de política é no máximo um cidadão que optou ser governado por quem gosta muito de política ou que confunde política com politicagem. Política não é como um doce em que a gente gosta ou não gosta, o homem é um animal político, já dizia Aristóteles. O autor do Rádio Bosta, por exemplo, gosta de política. Faz dela o tema principal das suas postagens.
Eis a questão. Erra o autor da “Radio Bosta” ao dizer que a maioria do povo é idiota e por isso elege os políticos. O povo nunca é idiota, é povo, cada um com suas culturas e escolhas, e elege, quando chamado, seus representantes, conforme suas identificações. Quem se acha competente, honesto e dotado de boas ideias e não consegue representar ninguém, de duas uma, ou não sabe se comunicar com os eleitores ou não é o que pensa ser.
Baixa audiência. Aliás, deve ter explicações para a baixa audiência dos sites, blogs e perfis das redes sociais que se colocam frontal e sistematicamente contra a atual administração. Será que a maioria é discordante?
Do contra. O Movimento Popular contra o Aumento Salarial marcou para terça-feira, às 19h30min manifestação na primeira votação do projeto que regulariza secretarias. A intenção é mostrar que são contrários ao aumento no número e no salário dos secretários.
De fato. Tem gente que acredita piamente que uma mentira repetida mil vezes vira verdade. Pelo menos é o que se depreende da tentativa de tentar convencer que o prefeito de fato de Itapira é o deputado Barros Munhoz. Até na enciclopédia livre Wikipédia, no verbete Itapira, Administração, alguém foi lá e alterou o sobrenome do prefeito, de Paganini para Munhoz.
É coisa antiga. Essa história vem dos oposicionistas de Munhoz desde as administrações Davi Moro, Bebeto e Casimiro. Aí o feitiço virou contra o feiticeiro, elegeu-se Toninho Bellini, mas a prefeitura de fato acabou sendo exercida, conforme testemunhado por 8 em cada 10 novotempistas, por Manoel Marques.
Fazendo as contas. A tentativa de confundir a população sobre quem é quem na prefeitura, não tem, na prática, nenhum efeito. Se o resultado final é bom, ganham os três, o povo, o de direito e o acusado se der o de fato. Se o resultado final é ruim, perde todo mundo. Nesse quesito, quem são os ganhadores e perdedores nesses trinta e seis anos?
Ninguém está preocupado com isso. O mais interessante é que durante a campanha eleitoral Munhoz dizia que ajudaria Paganini, e Paganini dizia que aceitaria de bom grado a ajuda do deputado. E por várias vezes externou: “só se eu for burro para não aceitar a ajuda dele. Quantas pessoas têm a experiência e o conhecimento que ele tem?”
Na moita. Rodou com intensidade durante a semana que um empresário itapirense bem sucedido estaria sendo usado por um político, hoje distante do centro de poder, para comprar imóveis, camuflando as arrecadações irregulares. Mas parece que o tal empresário já meio assustado com a volúpia investidora do ex-político.
Nino Marcati, da redação do PCI.
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