Um quarto. A oposição itapirense, que hoje, segundo os contabilistas políticos, representa no máximo 25% dos eleitores, tem buscado, freneticamente, todas as situações possíveis para desqualificar a atual administração para, quem sabe, ganhar corpo na construção de uma alternativa de poder para a próxima eleição. Pretensão, aliás, absolutamente legítima e refrigeradora do sistema democrático.
Quem conta um conto... André Siqueira, ex-servidor público novotempista e ex-candidato a vereador na chapa de Manoel Marques, pediu ao MP que instaure inquérito civil público e apure a locação por cinco anos, por R$ 55 mil, de um imóvel no Distrito Industrial, que segundo o denunciante é irregular por tratar-se de um imóvel que pertence ao município. Esse imóvel está ocupado pelas empresas MFW e Suportes Brasil.
Aumenta um ponto. Siqueira, diz ainda, que a empresa TLBT, que figura oficialmente como proprietária do imóvel, perdeu a posse por conta de uma ação movida pela administração anterior, graças a uma liminar de abril de 2008 concedida pela juíza Hélia Regina Pichotano.
Não conta dois. Como qualquer advogado sabe, quando o juiz concede medida liminar o faz para resguardar direitos o que não pode ser confundida com decisão definitiva, ou seja, só o julgamento do mérito poderá confirmar ou não a decisão que foi prolatada em caráter liminar. Quer dizer, tudo pode acontecer até o desfecho final depois de passar por todos os órgãos recursais. Em geral, no pedido liminar, apesar dos argumentos, o outro lado não é ouvido integralmente. É por isso que é comum a cassação de liminar ou decisão final discordante.
Não conta três. Além da ação movida pela administração novotempista, a empresa TLTB também vem buscando seus direitos junto à justiça pedindo não só a retomada da posse do imóvel como o pagamento de todos os aluguéis atrasados. Caso a justiça acolha as justificativas da empresa, a conta será estratosférica, pois além dos valores propriamente ditos e corrigidos, outras perdas serão pleiteadas.
Não conta quatro. Para quem não conhece a história, o responsável pela TLBT é o senhor José Raimundo Tavares que foi sócio do ex-prefeito. Isso mesmo, sócio de Toninho Bellini. Na ação movida pelo ministério público contra Barros Munhoz, Tavares é apontado como mediador entre a Estrela e Munhoz, que em troca dessa intermediação, a TLBT seria contratada pela Starcom para construir o galpão industrial de 40 mil m2.
Não conta cinco. Segundo relatos oriundos da própria prefeitura, na época, Toninho Bellini e Manoel Marques teriam exigido que José Raimundo Tavares abrisse o jogo para o Ministério Público no intuito de incriminar Barros Munhoz. Por conta dessa ação, a expectativa dos governistas era ver Munhoz sendo preso e algemado. Uma pessoa que chegou a participar dessas conversas relatou que Tavares se recusou, terminantemente, a participar do esquema, de qualquer processo que fugisse da realidade dos fatos, reafirmando que não o faria, por não ter visto nada irregular, como eles enxergavam. A partir daquele momento, Tavares passou a ser tratado como inimigo número dois de Itapira, sofrendo inúmeros constrangimentos, que quase o levaram à morte.
Não conta seis. Paganini, tão logo tomou conhecimento do assunto, buscou todas as indicações jurídicas que poderiam embasar, com segurança, o melhor caminho a ser trilhado. Os pareceres recomendaram a costura de um acordo com a parte contrária para evitar risco futuro de grande monta que poderia onerar significativamente o erário público, além de intranquilizar as empresas que lá estão instaladas diante da possibilidade de uma decisão inesperada que poderia atingi-las, por tabela, como por exemplo, a desocupação sumária.
Confiança no jurídico. Paganini optou pelo acordo: “como prefeito não posso vacilar nas decisões que podem trazer prejuízos ao município, mesmo que eles venham a ocorrer quando eu não mais estiver aqui. Eu confio no meu secretário Guto Urbini, que é a pessoa responsável pelo jurídico da prefeitura. O tempo cuidará de dar as respostas devidas.”
Menos Médicos. Outra dor de cabeça que o prefeito Paganini vem enfrentando é o corporativismo médico que vem dificultando as ações municipais na área da saúde. Além da dificuldade que ele vem encontrando para ter médicos interessados nas vagas abertas e no cumprimento da carga horária contratual estabelecida, chegou a ser receber propostas, mais do que indecentes de alguns do tipo: pagamento por fora, livre do desconto do imposto de renda.
Só tem quem paga e olha lá. Outro problema que o prefeito enfrentaria é a exigência de pagamento diferenciado em relação aos demais profissionais, regularmente contratados. Como se sabe, a baixa disponibilidade de médicos vem provocando uma verdadeira guerra entre os municípios para fechar o quadro de servidores nessa área. E mesmo pagando alto, os municípios não tem a garantia da presença dos profissionais nos finais de semana.
Mas tem outro problema. Oferecer saúde com qualidade virou uma obsessão do prefeito Paganini. O Mestre não admite, por exemplo, menos de três médicos no pronto socorro nos finais de semana. Não tolera postergação de exames e de procedimentos médicos. “Saúde é coisa séria, há muito que fazer e nós vamos fazer. Tenha certeza, disso!” Costuma dizer Paganini sempre que o assunto vem à tona.
Contrato de seis meses. Diante das dificuldades em completar o quadro clínico e das exigências legais nos procedimentos administrativos, Paganini pediu um estudo em consonância como as orientações do Tribunal de Contas. “Consultamos sobre um sistema que vem sendo utilizado por várias prefeituras, recebemos todas as orientações cabíveis e optamos por contratar uma empresa prestadora de serviço na área, por seis meses, para que possamos organizar um novo concurso público: “não podíamos ficar empurrando o problema, deixar a população esperando e muito menos fazer o que determinados “médicos” queriam que a gente fizesse.”
Tem gente apostando no pior. Paganini não esconde sua tristeza com as pessoas que brincam com a saúde pública ou a utilizam para interesses pessoais ou políticos: “sei que tem meia dúzia de pessoas torcendo para que tudo dê errado no meu governo, mas eu pediria, ou melhor, suplicaria que essa torcida fosse direcionada para todos os demais pontos, menos para a saúde e educação. Primeiro porque acho um absurdo ter gente querendo ganhar dividendos com o sofrimento de outras pessoas, isso é desumanidade, outra, porque nós vamos fazer as coisas caminharem para o sucesso, da forma correta. Quem apostar o contrário perderá.” E concluiu: “Não festejarei sobre os perdedores, apenas ficarei feliz com os resultados e satisfação do povo.”
Enquanto isso.
Desde 2010, duas empresas itapirenses, Lowel e Rican, vinham pedindo ao poder público que realize as obras de infraestrutura nos terrenos adquiridos ao lado da TIB. Com o pé na situação, em poucos dias, Zé Armando e Fifo, estudaram as necessidades das empresas, planejaram e Paganini determinou a imediata execução dos serviços. As máquinas já estão a todo vapor.
Mais um Pacheco. A Lowel está se preparando para construir um galpão industrial de 20 mil m2 para acomodar as suas áreas de produção. Ao tomar conhecimento desse grande empreendimento, tem gente dizendo que Paulo Andrade está se tornando mais um Dr. Pacheco para Itapira, por conta das suas iniciativas e seus sucessos na área empresarial. Paulão, como é tratado pelos amigos, ao tomar conhecimento do comentário, humildemente declarou “agradeço a comparação, mas por enquanto posso ser no máximo um pachequinho, espero um dia dar o mesmo orgulho que ele nos dá.”
Um palmeirense já enche muita gente... Está programado para os dias 24 e 25 de setembro mais uma viagem de Paganini a Brasília para acompanhar os pleitos de Itapira nos ministérios. Desta vez, o Mestre levará a tiracolo o Supercarlão, mais um palmeirense. Desse jeito, logo, logo, vai ter ministério descobrindo que se não atender aos pedidos de Itapira, sossego eles não vão ter não.
Distintivo tatuado. Por falar em Supercarlão, dizem que o secretário de administração ostenta num dos braços uma bela tatuagem com o distintivo do Palmeiras, que pouca gente vê. Quando questionado pelos íntimos, diz que ainda não se sente à vontade para exibir a obra de arte. Justifica: “sabe como é, né! Tem vinte na nossa frente, ainda. Calma!” É, mas tem gente rezando para que o Carlão continue escondendo o símbolo verde, por muitos e muitos séculos.
Nino Marcati e colaboradores
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