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Itapira, 17 de Janeiro de 2025
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17/05/2015 | Editoriais A Cidade: A oposição atrapalha mais do que deve?
Os bons ventos da democracia nos ensinam que a oposição governamental deve ser livre e desimpedida mesmo quando navega pelos canais da irresponsabilidade. Cabe à liberdade e ao tempo a tarefa de lhe impor os devidos limites.
 
O filósofo inglês, Bertrand Russell, diz: “no seu sentido mais elementar, liberdade significa a ausência de controles externos sobre os atos de indivíduos ou grupos. Trata-se, portanto, de um conceito negativo, e a liberdade, por si só, não confere a uma comunidade qualquer alta valia.” O termo, propositalmente, negritado dá a senha: a liberdade, por si só, não confere...
 
A liberdade nos leva aos exageros, pois não há pessoas ou ideologias ou ordens superiores impondo os limites. Um sonho adolescente. Na vida real, contudo, esses exageros podem prejudicar ou atrapalhar a sociedade. A liberdade, quando estendida a todos, deve se associar à responsabilidade.
 
Não devemos lamentar pelo uso indevido da liberdade de agir, pensar ou de se expressar. A humanidade experimenta essa faculdade há bem pouco tempo. Nós brasileiros, então, começamos ontem. Mas será que no campo da política, o uso indiscriminado da liberdade de criticar ou denunciar pode ser considerado tão inocente, como fruto da inexperiência?
 
O Brasil já viveu momentos delicados e foi sumariamente atrapalhado por ações oposicionistas sistemáticas que levaram o país à ingovernabilidade, culminado em crises severas ou ditaduras. Passamos anos, depois, tentando compensar a marcha ré. Parece que não aprendemos tanta coisa com as experiências.
 
É salutar que os opositores construam as possibilidades de alternância de poder, mas devem desenvolver de forma concomitante um projeto político consistente. Não pode ficar no “oba oba”, nos discursos inflamados, vendendo sempre facilidades como se as dificuldades fossem meros detalhes, tentando conquistar votos às custas do oportunismo. Saber levantar críticas constantes, hoje, não significa qualidade de execução, amanhã.
 
A oposição evoluída é aquela que fiscaliza a maneira como a “coisa pública” é administrada, atuando nos descasos e nas ações administrativas desconectadas do interesse econômico, social e cultural do país, do estado ou do município. A oposição carcomida trabalha primeiramente os interesses pessoais ou os do grupo que representa sem importar com as consequências futuras. Busca, de forma sistemática, a desqualificação dos governantes eleitos e se apresenta, no frigir dos ovos, como o melhor do pior, quando deveria se colocar como a melhor alternativa.
 
Assistimos, nas últimas semanas, exemplos de quanto os oposicionistas podem atrapalhar o país. Necessitando de ajustes na área econômica, muitos se ausentaram das sugestões criativas, optaram por atrapalhar. Necessitando preencher uma cadeira no STF, muitos desses políticos não estavam preocupados em avaliar a competência do jurista indicado, optaram em tentar impor uma derrota ao governo federal.
 
No município, basta observarmos as ações oposicionistas para concluirmos que por aqui a prática ainda é ferrenha.
 
Fonte: Editoriais A Cidade

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