O governo federal contava com a retomada da atividade econômica no terceiro trimestre deste ano, apesar dos indicadores econômicos que sinalizavam para outra direção. Depois de que a Receita Federal constatou queda real, nesta semana, de 2,87% na arrecadação no primeiro semestre e a consequente redução no nível de atividade no país, admitiu retração de 1,5% e já não descarta a possiblidade da taxa negativa chegar em 2%.
A desaceleração da economia tende a se agravar nos próximos meses. A equipe econômica teme que a CPI da lava jato paralise as votações mais importantes no congresso, prejudicando o ajuste fiscal, retardando a recuperação econômica do país.
Para garantir o pagamento da dívida pública, o relator do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, apresentou um parecer que manteve a meta de superávit primário para o ano que vem em 2%. União, Estados, Distrito Federal e municípios terão de economizar R$ 126,7 bilhões. O governo federal terá de cumprir R$ 104,55 bilhões da meta fiscal em 2016 (1,65% do PIB) e estados, DF e municípios R$ 22,18 bilhões (0,35%). Mais uma indicação que a crise econômica brasileira continuará nos preocupando, por mais tempo.