Depois do empate por 1 a 1 na Argentina, nesta noite no Pacaembu, às 21h50, Corinthians e Boca Juniors se enfrentam pela grande decisão da Copa Libertadores da América. O time brasileiro pode fazer história e conquistar o título tão sonhado que ainda lhe falta na galeria de troféus do Parque São Jorge. Caso venha o triunfo será de forma invicta. Isso não acontece há 35 anos, quando o oponente desta noite conquistou a América da mesma forma. Para isso, incentivo não vai faltar já que todos os ingressos foram vendidos, ou seja, lotação máxima para ajudar o time a levantar o caneco. Porém, do outro lado está um time que costuma deixar traumas nos adversários em decisões: o Boca Juniors que possui seis títulos continentais.

Independente de como termine a partida no Pacaembu, a data será histórica justamente pelos fatores que envolvem os finalistas. Com o tão sonhado título, o Corinthians findaria as gozações sofridas por sua torcida por ser o único dentre os rivais a não conquistar a América. O Boca, por sua vez, se iguala ao rival Independiente como maior vencedor da Libertadores em todos os tempos.

No jogo da Argentina, o atacante Jorge Henrique saiu com dores musculares na coxa direita, porém, foi confirmado para a decisão. Mas, caso tenha algum problema com o atleta o técnico, Tite também já sentenciou que Romarinho, autor do gol de empate será o seu substituto. Dessa forma a equipe entra com a mesma formação que vem atuando: Jorge Henrique e Emerson pelas pontas e os meias Alex e Danilo, sendo homens surpresas na grade área.

O comandante mostra que números e histórias não entram em campo. “A mística, por si só, fica do lado de fora. Aqui no Corinthians sempre dizem: ‘Na Libertadores não vai. Faz uma campanha boa mas quando chega o mata-mata não sabe jogar’. Se fosse pela mística, o Corinthians já estaria fora. É outra história, outro momento”, comentou o comandante corintiano.

Para a partida do Pacaembu, o técnico do Boca Juniors,  Julio César Falcioni não poderá contar com o autor do gol, o lateral-direito Facundo Roncaglia, vendido a Fiorentina (ITA). O seu contrato expirou em 30 de junho e entre os dois clubes não houve acerto para que o jogador pudesse entrar em campo. O presidente do clube, Daniel Angelici, mostrou despontamento sobre o caso. “Na verdade, estou nervoso, muito desapontado porque nós estávamos trabalhando até o último minuto para dar tudo o que ele queria, mas se vê que não era suficiente. Uma pena para as pessoas do clube que tanto se dedicaram em cada exigência feita”, disse o mandatário.

Quem deve entrar na vaga é outro lateral-direito Sosa. Nem mesmo o empate em casa e a saída de Roncaglia tiram a confiança dos jogadores. Se depender do goleiro Orion o time argentino sai mais uma vez com o título. “O brasileiro se sente incomodado contra o argentino. As estatísticas do Boca pesam. Espero que possamos continuar alimentando isso. Temos uma grande equipe e jogamos com a vantagem de ter quatro ou cinco jogadores que já ganharam a Libertadores. Vamos ganhar e trazer a Copa”, garantiu o arqueiro.

Ficha técnica

Corinthians: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex e Danilo; Emerson e Jorge Henrique.
Técnico: Tite.

Boca Juniors (ARG): Orion; Sosa, Caruzzo, Schiavi e Clemente Rodríguez; Ledesma, Somoza, Erviti e Riquelme; Pablo Mouche e Santiago Silva.
Técnico: Julio César Falcioni.

Árbitro: Wilmar Roldan (COL);
Assistentes: Abraham Gonzalez (COL) e Humberto Clavijo (COL);
Quarto árbitro: José H. Buitrago (COL);
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: dia 4 de julho, às 21h50.

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