A Sociedade Esportiva  Itapirense viveu um momento de heroísmo  na noite deste último sábado, 11 de maio, quando assegurou pela primeira vez em sua história participação na segunda divisão do futebol paulista. A vitória de 2x1 sobre a Internacional de Limeira pavimentou o acesso da vermelhinha para disputar em 2014 a série A-2 do campeonato paulista.

 

 

O acesso veio de forma bastante sofrida. A Internacional, que tinha chances matemáticas de ser uma das duas equipes que garantiriam o acesso no equilibrado Grupo 2 da fase final do torneio  ,  valorizou sobremaneira a vitória da equipe da casa. Na outra partida, em Sorocaba, o São Bento empatou com o Sertãozinho em 3X3 e também garantiu seu retorno à série A-2, com os mesmos nove pontos da Esportiva, mas com melhor saldo de gols e , por isso mesmo, vai decidir o título do torneio com o vencedor do Grupo 1 que tem definição neste domingo. Vale lembrar que no Grupo 2, exceção feita à própria Esportiva, todos as outras equipes já estiveram na elite do futebol de São Paulo, tendo o adversário deste sábado se tornado  campeão paulista em 1986.

 

 

 

O Jogo começou com uma postura mais agressiva da Esportiva. Paulinho Ceará ( técnico dos dois acessos, o deste sábado e em 2008 quando a equipe subiu da Série  B para a série A-3) escalou o lépido Bruninho jogando no ataque ao lado de Ray. Era sua pretensão explorar a velocidade de Bruninho contra a lentidão da zaga adversária. Saíram dos pés do pequeno Bruninho as primeiras ações ofensivas da vermelhinha. Aos  7 minutos, quando a equipe da casa pressionava, Ray fez jogada individual pela direita, invadiu a área  e mesmo sem ângulo desferiu um tiro certeiro abrindo o marcador.

 

 

Em desvantagem a Inter partiu para cima e aos dez minutos, num apagão do lado direito da zaga da Esportiva, a bola foi cruzada com perigo para a área de Mateus. A zaga afastou mal e num chute de Juninho a bola explodiu no peito de  André Conceição. O juiz  Márcio Góis enxergou toque de mão e deu  pênalti. Na cobrança de Cessel,  Mateus-  grande herói da conquista itapirense -  adivinhou o canto e fez a defesa. Os  cerca de 2.000 torcedores que foram ao Chico Vieira vibraram como se tivesse sido gol.

 

 

Apesar do revés, a equipe de Limeira manteve uma postura equilibrada no jogo, com maior tempo de posse de bola.  Aos 18 minutos , num escanteio pelo lado direito de seu ataque, o mesmo Cessel cobrou e encontrou livre na pequena área o zagueiro Giba, que cabeceou forte para empatar o jogo . O gol acordou a pequena, mas barulhenta torcida de Limeira que se fez presente no Chico Vieira.

 

 

A partir daí a Esportiva  saiu mais para o jogo e foi premiada aos 31 minutos, depois que uma cobrança de escanteio pelo lado esquerdo do ataque da vermelhinha resultou numa enorme confusão dentro da área da Inter. O zagueiro  Saulo viu a bola se oferecer com o gol aberto e colocou e a Esportiva em vantagem.  Em desvantagem novamente, a equipe visitante voltou a rondar o gol de Mateus com maior intensidade  .  Aos 38 minutos Bruninho saiu machucado e deu lugar ao inoperante Diego Carioca. Aos 41 Mineiro cabeceou com perigo. Dois minutos depois Juninho finalizou da entrada da área para boa defesa de Mateus e aos 45,  Giba bateu falta com muito perigo.

 

 

 

A Internacional voltou para o segundo tempo pressionando, permitindo que  a Esportiva tivesse espaços para o contra-ataque. Esta foi a tônica de toda o segunda  etapa. Aos sete minutos numa boa trama Alex Cambalhota, que havia entrado no segundo tempo, apareceu cara a cara com Mateus que fez ótima defesa. Somente aos 20 minutos a Esportiva respondeu num contra-ataque pela direita, quando Diego Carioca tentou encobrir o goleiro  Alex. Aos 30 minutos,percebendo que sua equipe perdia a disputa no meio campo, Paulinho Ceará trocou Diego Costa, que fazia boa partida, por Juari, na tentativa de explorar os contragolpes . A Internacional partiu para o tudo ou nada e insistiu nas bolas alçadas para a área da Esportiva. A partida  ganhava em dramaticidade  na medida em que seu final se aproximava. O árbitro Márcio Gois acresceu cinco minutos ao jogo, tornando-o ainda mais dramático. As investidas da  Inter invariavelmente paravam nas mãos de Mateus. Juari, aos 43, teve a última grande oportunidade, num arremate pelo lado direito do campo de ataque com a bola triscando a trave de Alex.

 

 

Até o apito final, a torcida jogou junto com o time e o resultado final acabou coroando uma campanha invejável da Esportiva jogando em seus domínios, 12 jogos, 10 vitórias e dois empates,  retrospecto fundamental para a vitoriosa campanha.

 

 

 

 

 

Estádio Chico Vieira, em Itapira (SP) 

 

Árbitro

Marcio Henrique de Gois

 

Assistentes

Vicente Romano Neto e Renata Ruel Xavier de Brito 

Público Pagante: 1954  Renda : R$ 16.350,00

 

 

Cartões Amarelos

Esportiva :Mateus, André Conceição

Internacional:Jô  e Rodney

 

Gols

Esportiva :  Ray 7' 1T e Saulo 31 1T

Internacional: Giba 18' 1T 

 

 

 

Matheus;

Grafite, Saulo, Gustavo e Paulo Henrique;

André Conceição, Leandro (Emerson), Fábio e Diego Costa (Juari);

Bruninho (Diego Carioca) e Ray.

Técnico: Paulinho Ceará

 

 

 

Alex;

Goiano, Mineiro, Giba, Tatá;

Rodnei (Alex Cambalhota), Rafael, Juninho(Mateus)  e Cessel;

Rodrigo Rott  e Jô.

Técnico: Paulo Cezar Catanoce