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Itapira, 27 de Novembro de 2024
Notícia
02/03/2013 | Entrevista: a nova Secretaria de Desenvolvimento Econômico

 

 

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, a menina dos olhos do prefeito Paganini terá como titular o servidor, ex-coordenador do setor de fiscalização, Sergio Augusto Lopes Pinheiro que mesmo não tendo sido empossado no cargo está trabalhando a todo vapor para colocar a casa em ordem. Guto Pinheiro, como é carinhosamente conhecido, trocou uns dedos de prosa com o “Portal Cidade de Itapira”.

A CIDADE: Guto quais são os primeiros passos da sua secretaria?

GUTO: Estabeleci algumas prioridades. Primeiro vamos destravar as amarras que paralisaram as atividades da pasta. Estamos tomamos pé da situação e dos atendimentos anteriores, para que possamos melhorar cada vez mais o nosso trabalho.

 

A CIDADE: Como está esse levantamento, tudo dentro do esperado?

GUTO: Infelizmente não. Vou lhe dizer uma coisa, na altura dos meus vinte e oito anos de vida pública eu não esperava encontrar tantas incorreções e decisões equivocadas. Sinto que faltou interesse público.

A CIDADE: Você pretende fazer um balanço do que está encontrando?

GUTO: Olha! Nós queremos trabalhar, não queremos o queixume. Não queremos revirar o passado e muito menos propor um “caça as bruxas”, mas tem coisas, que como servidor, por dever de ofício, não posso me calar. Pretendo apresentar um relatório ao prefeito e depois decidiremos o que fazer.

A CIDADE: Tem muito trabalho pela frente nesse levantamento que você está fazendo?

GUTO: Lamentavelmente, as horas que estamos dedicando para colocar a pasta em ordem e verificar essas incorreções poderiam estar usando para a confecção de projetos. Já estou trabalhando em alguns, mas gostaria que o processo fosse mais acelerado.

A CIDADE: Guto, passamos dois mandatos e não tivemos empresas interessadas em nossa cidade. Você diria que essas irregularidades poderiam ter influído nas empresas.

GUTO: É bem possível. A impressão que eu estou tendo é que a pasta foi esquecida, faltou transparência e o GEIF se transformou numa figura decorativa. Isso pode ter assustado muitas empresas.

A CIDADE: Você falou em projetos. Quais são eles?

GUTO: Estive em São Paulo com o prefeito Paganini no Invest SP, voltamos recheados de ideias, vimos muitas portas para o município. Vamos dar prosseguimento. Temos a prioridade de colocar o Distrito Industrial do Barão em atividade o mais rapidamente possível, precisamos dar apoio logístico ao PAT e divulgar o Banco do Povo que foram abandonados e são essênciais nesse processo.

A CIDADE: Tivemos algumas empresas que fecharam as portas no município como a Teka e o Abatedouro mais recentemente, além das outras nos últimos anos, onde postos de trabalho fechados. Você tem informação se o mercado absorveu essas pessoas?

GUTO: Essa é a minha grande preocupação. Cerca de 1.600 postos foram fechados no decorrer dos últimos oito anos, muito acima do que ocorreu na região. A maioria era ocupada por mulheres, donas de casa, que ficaram de uma hora para outra sem trabalho, sem remuneração. Muitas não tinham aptidão para outras tarefas, fato que deve estar dificultando a recolocação.

A CIDADE: O que a sua secretaria poderá fazer?

GUTO: Primeiramente vamos fazer uma pesquisa com essas pessoas. Vamos levantar suas qualificações e depois, juntamente com o CVT, já conversei com a Fernanda Venturini, vamos propor cursos para qualificar profissionalmente esses trabalhadores. Além disso, vamos lançar um plano de desoneração para viabilizar a instalação de pequenos negócios, com a ajuda do Banco do Povo.

A CIDADE: A prefeitura tem recursos?

GUTO: É por isso que temos que atacar todos os setores. Quando ajudamos as grandes empresas, nós influenciamos o faturamento e a arrecadação que acaba se transformando em recursos para os pequenos e, principalmente, para as atividades subterrâneas, aquelas que ficam totalmente desprotegidas, sem chances de crescimento. Eu sempre digo: Não podemos fortalecer o fraco, debilitando o forte.

A CIDADE: Você já tem o esboço completo dos planos da sua secretaria?

GUTO: Estamos concluindo e espero detalhar todos os pontos na primeira quinzena de março.

A CIDADE: Como você vê o futuro de Itapira na sua área?

GUTO: Vejo com grande expectativa. O empresariado local estava desanimado. Nas visitas que recebo todos dizem a mesma coisa. Eles não conseguiam conversar com a administração e desanimavam. Com Paganini o status quo mudou. Existem abertura e interesse do município. Fui procurado por doze empresários interessados em ampliar seus negócios, gerar mais empregos e, claro, faturar mais. Quem ganha com isso? O município! Eles sentiram que nós temos uma agenda positiva, que sabemos onde queremos chegar. Por isso, não tenho dúvidas, vamos recuperar o tempo perdido.

A CIDADE: Suas considerações finais.

GUTO: Quero enfatizar uma questão que considero muito importante. Quando a gente enxerga o último mandato de Totonho Munhoz, como prefeito, e o que ele fez na área de desenvolvimento econômico, não podemos analisar com os olhos da paixão. Precisamos usar a racionalidade dos números para vislumbrar o que seria de Itapira hoje sem as cinquenta empresas que ele trouxe e ajudou. Muito obrigado! 

Fonte: Da Redação do PCI

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