O que era para ser na segunda-feira, 04, o recomeço das atividades escolares para um grupo de aproximadamente 90 crianças matriculadas na Escola Aprendiz, se tornou uma tremenda dor de cabeça para pais e mães de alunos. Segundo algumas das mães que tinham crianças matriculadas na referida escola, houve uma convocação para uma reunião no dia 31 de julho, que normalmente é marcada para se discutir atividades relativas ao semestre que se inicia.
No entanto, conforme descreveu a dona de casa Taisa da Silva Barbosa, mãe de Júlia, de 11 anos, do 6º ano, as cerca de 20 pessoas que compareceram foram surpreendidas pelos proprietários da escola que simplesmente disseram que não haveria reinício das atividades. “Ficamos assustados com aquilo. Ninguém queria acreditar no que estava ocorrendo”, relembrou. Segundo mencionou, os proprietários alegaram que por insolvência financeira a escola seria fechada. “Ficamos perplexos porque boletos com as mensalidades até o final do ano nos foram enviados”. Ela afirmou ainda que foi difícil para muitas mães até mesmo retirar o material escolar dos filhos dada a forma rápida com que o prédio foi desocupado.
Foi dito, ainda conforme Taisa, que uma outra escola iria recepcionar os alunos da Aprendiz em condições parecidas. “Era tudo mentira. Fomos até esta escola e nos foi informado que não havia disponibilidade de atendimento de algumas crianças que eram portadoras de necessidades especiais, nem para bebês que ficavam em período integral. A solução foi cada um correr atrás de matrícula, algo dificultoso,feito em cima da hora”, contestou. No seu caso particular, a filha tem necessidades especiais e conseguiu uma vaga em outra escola onde vai pagar uma mensalidade bem mais elevada.
Tatiana Cristina de Oliveira afirmou que não recebeu comunicado para ir à reunião que serviu para informar o final das atividades. Indignada, disse que avalia a possibilidade de ingressar com ação judicial para ser ressarcida por danos morais. A filha Taís, de 11 anos, também conseguiu matrícula em outra escola e a família vai arcar com custos mais elevados do que pagava na Aprendiz. ”Além de toda dificuldade causada por uma decisão anunciada assim de maneira tão pouco transparente, tem a questão psicológica de explicar para uma criança que de repente ela terá que mudar de escola. Isso não se faz”, protestou. O caso ganhou páginas das redes sociais, com muitas mães expressando sua indignação com relação ao caso. Foi tentando um contato com Márcia Aparecida Cripa de Godoy, proprietária da escola, mas a mesma não deu retorno até o fechamento desta edição.
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