O médico e professor Marcos Boulos, coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Estado de Saúde, esteve em Itapira na manhã de sexta-feira para palestrar sobre Dengue. A aula ocorreu na sala de reuniões da ACEI (Associação Comercial e Empresarial de Itapira).
Professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) atua principalmente com os temas malária, HIV, leishmaniose, doença dos viajantes e dengue.
Além da presença de autoridades políticas, como o prefeito José Natalino Paganini (PSDB) e o deputado estadual José Antonio Barros Munhoz (PSDB), o evento também reuniu secretários municipais, vereadores da base, funcionários da Secretaria Municipal de Saúde, dentre eles a secretária Rosa Iamarino e a responsável pela Vigilância Epidemiológica, Josemary Apolinário, representantes da DRS (Direção Regional de Saúde) de São João da Boa Vista, secretários de saúde de cidades vizinhas, dirigentes de entidades locais e membros do Conselho Municipal de Saúde.
Na abertura, o prefeito José Natalino Paganini disse que o município ainda vive um momento delicado da epidemia e, portanto, a necessidade de se aprofundar mais no assunto. “Estamos conseguindo reduzir, mas os números da dengue ainda são altos. Por isso, é importante que continuemos com a prevenção e nada melhor do que ouvir a mensagem do professor Marcos Boulos tem para nos passar”, disse.
Em seguida, o deputado Barroz Munhos enfatizou o conhecimento do palestrante e o apontou como a maior autoridade de doenças infecciosas do estado. Ele prosseguiu dizendo que Itapira está em uma fase melhor se comparada a um ou dois meses atrás, mas nunca é tarde para continuar os esforços e continuar lutando e é importante nos informarmos e dedicarmos ainda mais no combate a essa terrível doença.
Durante a palestra, Boulos trouxe informações e dados importantes sobre a dengue no Brasil, os problemas causados por ela, os tipos de infecções e métodos de tratamento. Ele também enfatizou a importância do trabalho intersetorial no combate ao mosquito transmissor. “Infelizmente essa não é uma doença que vai desaparecer, até porque temos muita infestação no país. Quando começa diminuir a temperatura e os índices de chuvas, cai o número de criadouro do Aedes. Porém, basta esquentar e voltar a chover que ele retoma seu ciclo e volta a aumentar. A gente tenta sempre interromper esses surtos tentando combater o Aedes aegypt, mas isso não é muito fácil porque se é feito o controle em um lugar, mas não no vizinho, ele não vai respeitar nem os limites municipais”, argumentou o professor.
A palestra se estendeu por aproximadamente uma hora e complementou a gama de ações que o município vem realizando no combate a doença.
Casos positivos chegam a 3.697
Uma estatística divulgada na sexta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde através da Vigilância Epidemiológica aponta 3.697 casos positivos de dengue em Itapira. Deste total, 1.715 foram em janeiro, 1.494 em fevereiro e 488 até o dia 14 de março. Os bairros com maior incidência na última semana epidemiológica (de 8 a 14 de março) são Cubatão, com 34 casos; Pé no Chão, com 23; região do Penha do Rio do Peixe, com 21, e Istor Luppi, com 20.