A Esportiva itapirense apresentou através do advogado Luis Carlos Lisboa da Costa Júnior, na tarde de ontem, 28, um oficio à FPF (Federação Paulista de Futebol), solicitando o adiamento do julgamento marcado para a próxima segunda-feira, 31, quando serão julgados o técnico Paulinho Ceará e os jogadores Diego Moraes e Diego Barbosa (Bombinha), em razão de suposto cai-cai, ocorrido no jogo em que o time itapirense foi derrotado por 1 a 0 pelo Santo André. A partida foi encerrada aos 39 minutos do segundo tempo, em razão da Esportiva não ter número legal de jogadores, (foram três expulsões e duas contusões, todas no segundo tempo).
A arbitragem explicou detalhadamente e acusou o treinador do time itapirense, Paulinho Ceará, de forçar a situação. Segundo relato do quarto árbitro Daniel Carlos Luciano Fernandes, o treinador solicitou ao atacante Diego Morais que simulasse uma lesão aos 32 minutos da etapa final. A Esportiva estava com três jogadores a menos: Ibson (ofensas ao juiz), Maurício (ofensas ao auxiliar) e Roberto Jacaré (falta violenta no meio-campo) haviam sido expulsos. A equipe da Esportiva já perdia por 1 a 0.
A Esportiva foi denunciada no artigo 205 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) que diz “impedir o prosseguimento de partida, prova ou equivalente que estiver disputando, por insuficiência numérica intencional de seus atletas ou por qualquer outra forma”. A pena é de caráter financeiro e pode chegar até a R$ 100 mil.
Paulinho Ceará também foi denunciado pelo TJD-SP por conta do relato na súmula, e será julgado no artigo 258, que significa “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras”. O comandante, se considerado culpado, receberá suspensão de até seis partidas. Os jogadores Diego Morais e Diego Barbosa também serão julgados e podem receber penas parecidas a do técnico da equipe.
O técnico Paulinho Ceará se manifestou a respeito e reclamou da arbitragem. “O árbitro foi infeliz por não conhecer a regra e premeditado a mudar a partida que estava 0 a 0. Estava um jogo normal, na casa do adversário, e ele expulsou três jogadores meus em menos de dez minutos. Jamais ia pedir para o jogador sair. A gente precisava vencer pela nossa situação. Só pedi para a equipe ficar atrás para não levar uma goleada. Se ele está falando que eu pedi, está errado. Só pegar a fita do jogo para ver que não fiz nada” disse o técnico.
Relatório do arbitro
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