As autoridades federais dos Estados Unidos identificaram hoje (14) um cristão copta no Sul da Califórnia que pode ser o principal responsável pelo filme Inocência dos Muçulmanos que tem causado os ataques no Oriente Médio contra representações diplomáticas na região. O egípcio é suspeito de ter ligações com o norte-americano que inicialmente assumiu a autoria da produção do material. No filme, o profeta Maomé e o islamismo são satirizados.
O suspeito é Nakula Basseley Nakula, de 55 anos, que está em liberdade condicional depois de uma condenação por crimes financeiros. Agora, Nakula pode ser incluído em um processo maior envolvendo as mortes do embaixador Chris Stevens e de mais três norte-americanos no ataque ao Consulado dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia, no começo desta semana.
Pelas investigações preliminares, Nakula é ligado a Sam Bacile, californiano que até então havia assumido a elaboração do filme. Bacile se apresentou como judeu israelense. Porém, há suspeitas de que a identificação de Bacile seja falsa, pois ele já se fez passar por outras pessoas usando os nomes de Nicola Bacily, Robert Bacily e Erwin Salameh.
O Vaticano condenou hoje "a atividade das organizações terroristas" que causou as mortes do embaixador Stevens e três norte-americanos, em Bengahazi. Em menos de 24 horas, o Vaticano divulgou dois comunicados repudiando a série de ataques.
“[É necessária] a mais firme condenação por esse grave atentado, pois nada justifica a atividade das organizações terroristas e a violência homicida", disse o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi. “[É fundamental o] profundo respeito a crenças, aos textos, às grandes personagens e aos símbolos das diferentes religiões. [Isso] é um dado de base essencial da coabitação pacífica dos povos.".
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