Durante o Criança no Parque, evento realizado no sábado, 12, no Parque Juca Mulato, chamou a atenção um espaço desti­nado para a apresentação de animais de pequeno porte. O espaço da Fa­zendinha é uma tacada empresarial patrocinada por dois amigos de longa data, o jacutinguense Júlio Staut e o itapirense Fer­nando Storari, adestrador de cavalos.

Ambos mantêm o proje­to oficialmente denomina­do de Fazendinha Recanto Feliz em uma propriedade rural em Sapucaí, na divisa entre Jacutinga e Itapira. Lá eles criam e avançam em direção a um processo de reprodução assistida destes animais em miniatura, que causam encantamento não somente às crianças, mas também aos adultos.

Os proprietários relata­ram que a ideia de criar um empreendimento voltado para a exibição desse tipo de animal surgiu há pouco mais de um ano e teve como inspiração uma atividade na qual Julio Staut já se tornou referência na região e em várias festas do Peão de Boiadeiro pelo Brasil afora,conduzindo carros de boi com a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Atrás dos parrudos bois segue uma carrocinha tracionada por carneiros tendo em cima da carroça a pequena Júlia, sua filha, atualmente com 10 anos. “Coincidiu de um amigo meu de Franca me falar do interesse que este tipo de atividade vem despertando e tratei de pesquisar o assunto. O Fernando se interessou e mergulhamos de cabeça no negócio”, contou Júlio.

O projeto tem um espectro mais amplo do que criar animais miniaturizados. Bois e cavalos de grande porte continuam no radar dos empreendedores. “Os rodeios fizeram com que a tradição do carro de boi tivesse uma so­brevida. Rodeios pedem também cavalos adestra­dos e como uma coisa puxa a outra, a chegada dos animais pequenos acabou fechando esse círculo”, avaliou Storari.

Com o final da tem­porada dos rodeios, os dois sócios literalmente colocam o pé na estrada para vender seu peixe, melhor dizendo, seus bichos de quatro e duas patas. A Fazendinha tem também como atrativos aves miniaturizadas. Aliás, a variedade é enorme: bois, vacas, pôneis, car­neiros, porcos, galos e galinhas. Atualmente o plantel conta com cerca de 20 animais de pequena dimensão, fora as aves e os animais de grande porte.

A necessidade de ven­der o espetáculo tem a ver não somente com a manutenção do negócio, mas também como uma forma de dinamizá-lo. Staut conta que já recebe assistência técnica para reprodução assistida dos pequenos animais e até para aprimoramento ge­nético. Ele e o sócio cal­culam que já investiram pelo menos R$ 100 mil nesse processo.

Didático

Staut e Storar calculam que o mercado é promis­sor. “Tem criança que nun­ca viu um boi na frente” explicou Storari. Ele con­tou que na apresentação no Parque Juca Mulato isso ficou evidente. “Se isso ocorre aqui em Ita­pira que é uma cidade cercada por uma zona rural bastante próxima, imagine só crianças que moram em cidades gran­des”, colocou. Ele e Staut imaginam poder levar a atração para exposições, escolas, eventos diversos e, é claro, intensificar contatos com o universo dos rodeios onde ambos são figuras carimbadas.

Júlio Staut, a filha Júlia e o sócio Fernando Storari: negócio promissor

Zé Alair, secretário de agricultura e meio ambiente, atento à organização do evento