Parte integrante do rol de eventos da cidade, a Festa da Nonna, que todos os anos é promovida pelo Circolo Italo Braziliano di Itapira no mês de agosto, irá prestar homenagens a cinco nonnas este ano. A programação do evento terá também diversas atrações no âmbito cultural, com participação de grupos de dança, corais e a Banda Lira Itapirense, que ao lado dos corais Veredas, de Águas de Lindóia, e Cidade de Itapira, terá participação importante na abertura.

 

A Festa da Nonna acontece de 09 a 11 de agosto na praça Bernardino de Campos, na zona central da cidade, e terá as tradicionais barracas de comidas e bebidas típicas da Itália. São esperados mais de 20 mil pessoas durante os três dias do evento.

 

 

 

 

Nascida na Fazenda Santa Joana, Irma Gomes não difere muito das moças de sua época. Filha do casal Teresa Marchi Gomes e Elpídeo Gomes, nasceu em 09 de agosto de 1943, mas como era costume, principalmente para quem residia na zona rural, só foi resgistrado em 01 de setembro daquele ano.

 

Integrante de uma grande família, formada por seus pais e 13 filhos – seis mulheres e sete homens -, Irma estudou até a sétima série do Ensino Fundamental. Aos 11 anos sua família mudou-se para uma outra propriedade rural, pertencente à família Borsato, onde ficou por 10 anos até a família toda transferir-se para Barão Geraldo, onde permaneceu por oito meses.

 

E esse curto espaço de tempo longe da cidade não impediu que seu namoro e noivado com Nelson Nicoleti fosse em frente. Ambos se casaram em 04 de julho de 1964 na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha e construíram uma família formada por três filhos.

 

“Nosso primeiro filho, o Nelson Nicoleti Júnior, tinha quatro anos quando nasceram as gêmeas Solange e Sandra”, relembra nonna Irma. “São 49 anos de união, cumplicidade, amor e respeito mútuo com meu marido”.

 

Quando os filhos ainda eram pequenos – Nelson Júnior com cinco e as gêmeas Solange e Sandra com apenas um ano – surgiu uma oportunidade de emprego para Irma como merendeira na escola Joaquim Vieira, em Eleutério. “Comecei a trabalhar em 1970 e me aposentei em 1998 sem ter apresentado um atestado de saúde por falta que fosse”, orgulha-se. “E foi por intermédio desse trabalho que adquiri muitas coisas boas na minha vida, como experiência, muita paciência para enfrentar os problemas do dia-a-dia e como lidar com as pessoas que precisam ou precisavam de mim”.

 

Hoje, na paz de sua moradia em Eleutério, nonna Irma curte os netos Arthur Nicoleti Barassa, de seis anos, e Júlia Nicoleti da Silva, de dois. “Eles são a razão do meu viver”, frisa. “Gosto muito desse lugar, onde vivi todo esse tempo”.

Feliz com a homenagem que irá receber como uma das nonnas da Festa da Nonna desse ano, Irma, que é catequista, ministra da Igreja,  coralista e católica bastante praticante, estende a honra para todas nonnas, “pois faço parte também”, diz.