Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Após tomar conhecimento da decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de manter a a taxa básica de juros (Selic) em 7,25% ao ano, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) defendeu a diminuição da Selic. “Não podemos esquecer que desde agosto de 2011 a Selic já caiu de 12,5% para 7,25%, porém a posição da Fiesp e do Ciesp [Centro de Indústrias do Estado de São Paulo] é a de defesa de uma taxa de juros ainda menor, que permite ao país competir no mercado externo e interno”, disse em nota o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
Ele pediu ainda a adoção de mais medidas para promover a competitividade da indústria brasileira.“Os bancos também precisam reduzir ainda mais seus spreads [diferença entre o que os bancos pagam aos aplicadores e os que cobra dos tomadores], que ainda são elevadíssimos. O governo precisa destravar o investimento público, bem como adequar regulamentação para investimento privado em concessões e PPPs [parcerias público-privadas]”.
A Força Sindical também defendeu a continuidade dos cortes na taxa de juros. Ela defende a manutenção da política de “corte da taxa Selic junto com outras medidas capazes de estimular os investimentos públicos e privados em vários setores, especialmente na infraestrutura”, declarou por meio de nota o presidente da central sindical, Paulo Pereira da Silva.
Para Pereira, as reduções na Selic feitas ao longo do ano foram benéficas para o consumidor. “Este caminho é o mais correto para o Brasil receber recursos para a produção”, acrescentou.
Para a Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP), a manutenção do atual patamar dos juros básico da economia é saudável. De acordo com a entidade “as turbulências no cenário internacional somadas ao dólar pressionado com patamares próximos a R$ 2,10 corroboram para a coerência da manutenção da taxa básica de juros em 7,25% no atual cenário econômico”, destacou.
No comunicado, a entidade manifesta ainda a necessidade de manter a inflação controlada. “Não há mais espaços para redução de juros enquanto a inflação permanecer acima da meta de 4,5%”.
Edição: Aécio Amado
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