Alvo de uma apuração da Assembleia Legislativa de São Paulo, o superintendente do patrimônio cultural da Casa, Emanuel von Laurenstein Massarani, 78, deixou o cargo ontem.
Como mostrou reportagem da Folha, Massarani usava a estrutura do Legislativo para tocar os negócios de uma organização particular que preside, o IPH (Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico).
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Prefeitos e outras autoridades recebiam bênçãos falsas das mãos de Massarani que, com gravata borboleta e crucifixo na lapela, circula à vontade pela Assembleia paulista há pelo menos oito anos.
Apesar de não receber salário da Casa --seu cargo é "honorífico"-- ele tinha direito a sala, equipamentos e funcionários na Assembleia, além de carro oficial.
Oficialmente, a função de Massarani era promover exposições e organizar o acervo de arte da Assembleia. Extraoficialmente, ele usava a estrutura do Legislativo para tocar os negócios de uma organização particular que preside, o IPH (Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico).
Uma das atividades de Massarani pelo IPH foi ter viabilizado o patrocínio de R$ 46,5 mil de uma estatal do governo paulista para que a filha de um dos diretores da empresa participasse de exposições de arte na Itália.
Segundo ato da Mesa Diretora da Assembleia, o cargo será ocupado provisoriamente por Hubert Alquéres, secretário-geral de Administração. Alquéres ficou encarregado também de apresentar um relatório sobre o Museu de Arte do Parlamento, que era uma atribuição de Massarani.
Divulgação/Agência Alesp |
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Emanuel Massarani (à esq.) entrega bênção papal a Barros Munhoz, em 2009 |
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