Os 247 manifestantes pró-democracia, detidos nessa quinta-feira (11) em Hong Kong, durante operação de desbloqueio das ruas, já foram libertados. Alguns, incluindo os 15 deputados pró-democratas e o líder estudantil Alex Chow, não pagaram fiança e não estão obrigados a se apresentar à polícia, apesar de as autoridades se reservarem o direito de vir a apresentar queixa. Outros tiveram de pagar fiança e terão de se apresentar posteriormente.
Ontem, a circulação na cidade voltou ao normal, com fluxo ininterrupto de veículos em Admiralty, umas das áreas mais movimentadas de Hong Kong e que os estudantes conseguiram bloquear nos últimos dois meses.
A operação de retirada de barricadas e tendas, em uma região onde fica a sede do governo, ocorreu sem violência.
"Não diria que o movimento acabou em vitória, mas também não acho que falhamos", disse Alex Chow, presidente da Federação dos Estudantes, uma das principais associações promotoras do protesto, momentos antes de ser detido.
O movimento tem como objetivo mostrar o descontentamento popular perante a decisão de Pequim de autorizar, em 2017, a eleição direta do chefe de Governo, com aprovação prévia dos candidatos por um comitê eleitoral. Para os manifestantes, o método aprovado não constitui o objetivo que pretendem, ou seja, escolher livremente e sem restrições o líder do Executivo local.
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