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Itapira, 24 de Novembro de 2024
Notícia
29/04/2013 | Incêndios/queimadas: um ato de irresponsabilidade!

 

 
Estamos em pleno outono, estação onde o clima se torna extremamente agradável, com aquele friozinho ameno no período da manhã, que cede lugar para temperaturas um pouco mais elevadas no período da tarde e, durante a noite e madrugada, novamente um frio ameno.
 
As chuvas se tornam esparsas e de menor intensidade, com diminuição da umidade relativa do ar, que se acentua à medida que nos aproximamos do inverno. Chegamos a um dos grandes problemas desse período do ano: as queimadas.
 
Em decorrência da importante redução dos níveis de umidade da atmosfera, os agentes vegetais se tornam mais secos e, por conseqüência, mais fáceis de queimar.
 
Apesar de se tratar de uma conduta que vem progressivamente sendo abandonada pelas pessoas, decorrente da progressiva conscientização, ainda se observa a prática ilegal da utilização do fogo como meio de limpeza de terrenos, pastos, resíduos orgânicos de colheitas e eliminação de lixo.
 
O mais dramático disso tudo são as conseqüências desastrosas que podem advir desse comportamento inaceitável. Tais queimadas contribuem para reduzir, ainda mais, os níveis de umidade da atmosfera, potencializando os problemas respiratórios habitualmente observados nesse período e que afeta principalmente crianças e idosos.
 
Queimadas próximas a redes de transmissão de energia elétrica podem deflagrar a interrupção desse importante serviço prestado à sociedade, deixando casas, comércio, hospitais e serviços públicos de emergência sem eletricidade, expondo todas as pessoas a situações de desconforto e até mesmo de risco concreto de vida.
 
A emissão de fuligem na atmosfera é um transtorno real para as donas de casa que vêem seus lares invadidos por aquela cinza negra que adere nas roupas expostas ao Sol para secagem, bem como emporcalha quintais e jardins que, não raras vezes, acabaram de serem limpos.
 
Outro drama real alcança os animais silvestres, frequentemente encontrados carbonizados em locais onde ocorreu queimada, aniquilando espécimes de nossa fauna silvestre, contribuindo para agravar ainda mais o desequilíbrio ambiental.
 
Trata-se de uma conduta onde a irresponsabilidade e inconseqüência de uma única pessoa gera danos e ameaças graves para toda uma comunidade e para o meio ambiente, expondo a saúde e os interesses de todos a riscos inaceitáveis e que podem e devem ser prevenidos.
 
De abril a agosto do ano passado, tivemos nada menos que 356 ocorrências de princípio de incêndio, sendo 251 na área urbana, 65 na área rural e 40 nas rodovias.
 
Apenas de janeiro a abril de 2013, já tivemos um total de 74 princípios de incêndio, sendo 67 na área urbana, 04 na zona rural e 03 nas rodovias.
 
No transcurso do ano passado tivemos ainda um total de 13 incêndios grandes, que exigiram um grande esforço por parte da administração pública, inclusive com a necessidade de apoio de helicóptero Águia do Grupamento de Radio Patrulhamento Aéreo da Polícia Militar Paulista em um dos sinistros.
 
Pontas de cigarro arremessadas nas ruas e estradas também são fontes primárias de ignição e capazes de iniciar incêndios de grandes proporções.
 
Nesse período, os integrantes da Defesa Civil de nosso município são forçados a direcionar seus esforços à extinção de focos de incêndios na zona urbana e rural, reduzindo a capacidade de pronta resposta para outras atividades por eles desenvolvidas em prol das pessoas, como captura de insetos, animais, atendimento de acidentes, palestras educacionais de prevenção de acidentes, resgate de pessoas e animais, vistorias em locais de risco e tantas outras demandas que se fazem presentes na rotina desses valorosos profissionais do município.
 
O Prefeito Paganini, sensível a essa realidade para a qual todos nós estamos expostos, nos solicitou a elaboração deste texto com o propósito de alertar a população acerca dessa realidade que se instala no outono e inverno, na certeza de que a consciência de todos os itapirenses contribuirá grandemente para vivermos esse período do ano de forma agradável, segura e responsável, afastando a ameaça real dos incêndios de nossas vidas, poupando o desembolso de recursos públicos que podem e devem ser empregados para o atendimento de tantas outras necessidades da população.
 
VANDERLEI MANOEL DE OLIVEIRA
 
Cel PM – Secretário Municipal de Defesa Social

 

Fonte: VANDERLEI MANOEL DE OLIVEIRA

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