O Instituto Promundo é um dos ganhadores do 4º Prêmio Juscelino Kubitschek, concedido a cada dois anos pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para instituições que tenham contribuído de forma inovadora nos setores social, cultural e científica e no de economia e finanças. A entrega ocorreu hoje (26), na sede do instituto, que fica na Lapa, centro do Rio de Janeiro. O anúncio dos vencedores foi feito em novembro de 2015.
Criado em 1997, o Promundo tem atuação em nove países, onde implementa ações de promoção da equidade de gênero por meio de pesquisas, programas, capacitações e campanhas. Para a diretora executiva do Promundo-Brasil, Tatiana Moura, o prêmio é um reconhecimento pelo trabalho já feito e também um incentivo para continuar promovendo a luta contra o machismo e o patriarcado.
?Este trabalho que hoje está sendo reconhecido é resultado de quase duas décadas de atuação no trabalho. É uma honra e um prazer enorme o Promundo-Brasil ser uma das instituições vencedoras do Prêmio JK de 2015, tanto pelo reconhecimento da trajetória passada de promoção da equidade de gênero na região como pela aposta na ampliação do trabalho do Promundo no futuro?.
Uma das vertentes do instituto é trabalhar as ?masculinidades não violentas?, que, segundo o Promundo, é o questionamento das normas de gênero trabalhadas desde a infância e que podem legitimar posturas violentas associadas à masculinidade. O trabalho inclui oficinas educativas sobre gênero, saúde sexual e reprodutiva, prevenção de violência contra mulheres, paternidade e cuidado, além de campanhas de sensibilização, pesquisas e avaliação de impacto das ações.
Segundo o BID, o nome do prêmio é em homenagem ao ?destacado ex-presidente brasileiro [1956-61] que impulsionou a fundação do BID, o primeiro banco de desenvolvimento regional do mundo?.
Nesta edição, o prêmio de US$100 mil na categoria Social, Cultural e Científica foi dividido entre o Instituto Promundo e o Fundo Equatoriano Populorum Progresio, que impulsiona o desenvolvimento de organizações campesinas e de populações urbanas marginalizadas com apoio às microfinanças comunitárias.
Na categoria Economia e Finanças o vencedor foi o Fonkoze, do Haiti, que promove a inclusão financeira no país e presta serviços complementares de educação, saúde e desenvolvimento empresarial.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2016-04/instituto-brasileiro-que-promove-equidade-de-genero-recebe-premioAkemi Nitahara ? Repórter da Agência BrasilComentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.