O show se baseia no disco com mesmo nome, sendo o repertório todo autoral
A RED Eventos, em Jaguariúna, recebe neste sábado, dia 02, a partir das 22h, um dos grandes nomes da MPB com o show do seu último trabalho. No palco, Djavan com “Rua dos Amores”. No repertório, 13 músicas autorais do disco que dá nome a turnê, além das grandes canções da carreira.
Os ingressos já estão à venda nos setores PISTA, ÁREA VIP, CAMAROTE OPENBAR e MESAS (Setores A e B). Em Campinas, os ingressos podem ser adiquiridos na Fnac (Shopping Dom Pedro), na Equipadão (Av. Norte Sul), na Oficina do Estudante (Av. Brasil), na Griffe Viagens (Av. Norte Sul) e na Tilli Viagens (Tilli Center Barão Geraldo).
Para quem mora em Jaguariúna, vendas no O Bortolettão, na HB Cell Vivo e na Tem Festa. Já em Pedreira, O Bortolettão e a Pizzaria do Chiquinho são os pontos de venda. Em Mogi-Mirim, ingressos disponíveis no Posto do Ary e na Menina Moça. A Magazine Alcione faz as vendas em Holambra, enquanto a Mega Stillus tem convites em Santo Antônio de Posse. Já em Vinhedo, o ponto de venda é a L’Acqua di Fiori e em Indaiatuba, a Euro Star Turismo.
Também há, para quem prefira, a opção de compra online. No site www.ingressorapido.com.br são encontrados os convites à venda. A realização é da GP Produções e informações podem ser obtidas no telefone 19 3867-7001 ou no site oficial do evento, em www.gpproducoes.com.br/djavan.
RUA DOS AMORES
A cada acorde, a cada palavra de Rua dos Amores, o novo CD autoral de Djavan, sente-se a força acachapante e emocionante de um estilo. Pudera: notório estilista da música brasileira, ele é autor de todas as letras e melodias das 13 novas canções, fez todos os arranjos e é o produtor do disco. E as 13 canções vêm com a força represada por quatro anos sem deliberadamente compor nada, envolvido que estava com “Ária”, seu CD anterior, pela primeira vez dedicado inteiramente a composições de outros autores.
Para um compositor compulsivo e prolífico como Djavan, o jejum foi algo sofrido e o acúmulo de energia criativa talvez explique a força da nova safra. Força também “reforçada” pelo reencontro com a antiga banda, com quem não trabalhava há 15 anos, todos mais maduros, tocando muito, afinadíssimos com as ideias e o violão de Djavan.
Senão, falando em estilo e em força, ouçam logo a canção que abre este Rua dos Amores: "Já não somos dois". Trata-se de uma canção tão típica de Djavan, negra, influenciada por uma espécie de jazz dançante, um charleston talvez, marcada pela fluência melódica (pop e de alta qualidade musical) e pela letra inusitada abordando o amor, ou melhor, o fim do amor, uma separação. E, não bastasse, o letrista Djavan está iluminado, a começar pelo próprio título, uma imagem poética nova para assunto tão aparentemente banal: “Onde a luz/ Do iluminado amor/ Se escondeu?/Me azoou/ Depois desapareceu/ Meio do nada/ Minha doce amada/ Expôs que ela eu eu/ Já não somos dois”.
Posto que o estilo musical e poético de Djavan é reafirmado, renovado, é bom ressaltar em que este trabalho se diferencia dos outros: “O que eu busquei foi sair do comum, foi buscar a diversificação das formas musicais e das formas de falar do amor”, afirma Djavan. “Trato o amor de todas as formas” Rua dos Amores é um disco de canções de amor, ponto. E canções as mais diversas possíveis, na forma e no conteúdo. Ouvi-las é passear por essa diversidade, sem perda de um estilo único jamais.
“Anjo de vitrô”, por exemplo, trata do amor platônico que se transforma em amor real. E com uma roupagem musical ultrasofisticada, elegante (com direito a grande solo de piano de Glauton Campello), e letra tão ao sabor de Djavan, o peso das palavras tão importante quanto o sentido: “Mas era só a chuva que caía/ Com suas setas transpassando o dia/ Tecendo a noite azul”. “Triste é o cara” é de inspiração latina e trata do tal cara que tem dificuldade de amar (“Triste é o cara/ Que de amor não morreu/ Como nada perdeu/ Até hoje não se achou”). Já “Acerto de contas” é um samba na melhor tradição do autor de “Flor-de-lis” e “Fato consumado”. E trata do velho tema do camarada que fez besteira e agora tenta pedir perdão para a mulher que de fato ama.
Segundo Djavan, o samba nasceu de seu reencontro com a obra de Cartola proporcionado pela regravação que fez de “Disfarça e chora”, em “Ária”. Outro samba do disco, “Reverberou”, é mais singelo, mais próximo da bossa nova. E trata de tema bem adolescente: aquele frio na barriga do garoto no baile antes de chamar uma moça para dançar. “Quinze anos” trata de outro aspecto do amor: sua perenidade, as emoções do amor que dura (“Quinze eras/ Base de cada primavera/ De duas vidas enredadas/ De bem querer”). E é uma canção de formato originalíssimo, misterioso, com harmonia inusitada.
Já “Bangalô” é uma balada com ares de blues. E apropriadamente fala de forma muito original na letra do tema mais banalizado pelas canções, as agruras do sujeito que perdeu o amor. Enquanto “Pecado” é um funkão, igualmente negro, a faixa mais pop do disco, sobre um casal que se gosta mas não consegue se conectar.
Como contraponto, “Ares sutis” faz jus ao nome, sendo um choro sutilíssimo, com arranjo de sopros supermoderno. Na letra, uma grande novidade na obra de Djavan, o ponto de vista feminino: “Me consumi/ Pra ter um pouco de ti/ Clamei por atenção!/ Jamais usei/ Sapatos tão peculiares/ Andei vestida por colares mis/ Violentei até meus ares sutis”.
Se “Ares sutis” é um choro à Djavan, “Quase perdida” é como o próprio compositor defi ne, “o meu jazz”. É uma canção típica, outra candidata a clássica em sua obra e que, na letra, fala de outro aspecto do amor, o da reconciliação, que também se inspira claramente numa música que gravou em “Ária”, “Brigas nunca mais”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes: “Viverei declamando:/ Discórdia, nunca mais/ Agora é só/ Amor e paz”.
“Vive” é a única não inédita do disco, recém gravada por Maria Bethânia em seu último CD. Na versão de Djavan (que também fez o arranjo da versão de Bethânia), a canção está grandiosa, calcada no piano. E o recado da letra - sutil, singelo - é para aquela mulher a quem tudo parece pesado, difícil: “Desencana, meu amor/ Tudo seu é muita dor/ Vive/ Deixa o tempo resolver/ O que tem que acontecer/ Livre”.
“Pode esquecer” é a única exceção em um disco de canções de amor: trata-se de uma sátira política (“Sem ser chata, sem dar lições de moral”, brinca Djavan), formalmente bem MPBzona, calcada nos violões e com uma letra que trata de um assunto bem atual - os desmandos e a corrupção - de forma inusitada, as acusações vistas como delírio e os malfeitos como norma. “E tudo se liquefaz/ Num mar de candura/ Se alguém tiver que arbitrar/ Só vai poder contar/ Com o delírio de um cantor/ O que se passou, passou/ Prescreveu!”.
Num disco tão denso, tão cheio de ideias inusitadas e de diversidade, Djavan optou por encerrá-lo com simplicidade. Mas nem tanto. “Rua dos amores”, a canção-título, é quase uma vinheta, curta, mas moderna, cheia de dissonâncias. Na letra, um amor quase abstrato vai pela rua, sob a luz da lua. Pronto para ganhar formas diversas nas canções de amor.
Serviço:
Djavan na RED Eventos, em Jaguariúna
Data/Horário: 02 de novembro, a partir das 22h
Local: RED Eventos – Av. Antártica, 1.530 (Rodovia Campinas Mogi - SP 340), Jaguariúna
Atrações:
- Djavan
Ingressos:
PISTA
-Estudante e Promocional
- Inteira
ÁREA VIP
CAMAROTE OPENBAR
MESAS
- Setor A
- Setor B
Pontos de Venda:
_CAMPINAS
- Fnac (Shopping Dom Pedro)
- Equipadão (Av. Norte Sul)
- Oficina do Estudante (Av. Brasil)
- Griffe de Viagens (Av. Norte Sul)
- Tilli Viagens (Shopping Tilli Center)
_JAGUARIÚNA
- O Bortolettão
- HB Cell Vivo
- Tem Festa
_MOGI MIRIM
- Posto do Ary
- Menina Moça
_PEDREIRA
- O Bortolettão
- Pizzaria do Chiquinho
_HOLAMBRA
- Magazine Alcione
_INDAIATUBA
- Euro Star Turismo
_VINHEDO
- Lacqua di Fiori
_SANTO ANTONIO DE POSSE
- Mega Stillus
_ONLINE
www.ingressorapido.com.br
Informações: 19 3867-7001 e www.gpproducoes.com.br/djavan
Realização: GP Produções
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