A ONG (Organização Não Governamental) Jovem em Ação deu início na noite da última quarta-feira, 03, à execução de um ambicioso programa que prevê um engajamento maior dos familiares dos aprendizes atendidos pela entidade. A apresentação formal das metas traçadas aconteceu nas dependênciasdo Clube da Saudade e mobilizou perto de 250 pessoas, a grande maioria de pais , mães e responsáveis pelos aprendizes.
A psicóloga EliseiaStringuetti Lamari esclareceu que o Jovem em Ação, na qualidade de uma entidade assistencial, deve ampliar o foco de sua atuação dentro de um contexto mais amplo. “Não se trata de colocar o filho com o propósito de que ele seja preparado para ingressar no mercado de trabalho etudo fica resumido neste tipo de relacionamento. Por detrás de cada um destes jovens existe toda uma estrutura relacionada ao convívio com os demais integrantes da família e estamos buscando formas de aprimorar formas de nos colocarmos de forma mais atuante e participativa dentro deste núcleo familiar”, relatou.
Eliseia explica que durante a fase de acolhimento dos aprendizes já existe a preocupação de se informar sobre a realidade familiar de cada um. Este contato inicial, no entanto, conforme conclusão da direção da entidade, acaba sendo muito formal, dificultando, por exemplo, um entendimento mais preciso sobre as dificuldades de relacionamento. “ Ao estabelecer uma maior proximidade com os familiares, poderemos, por exemplo, propor se for o caso, encaminhamento de casos de vulnerabilidade social para organismos competentes. Esta relação de confiança é ainda muito importante para que possamos atuar no processo de formação dos nossos aprendizes de uma forma mais ampla”, estabeleceu.
Concordando que a tarefa vai exigir muito empenho de uma instituição que acolhe mais de 400 meninos e meninas, a psicóloga diz que o próprio processo de maturação da proposta representa um desafio para entidade. “Certamente vamos aprender muito com este processo. Estamos mobilizando nosso efetivo pedagógico e assistencial para que possamos avançar de etapa em etapa”, sugeriu. Eliseia disse que o primeiro passo para colocar em prática este projeto será realizar encontros setorizados para melhor programar as ações. “Temos aprendizes oriundos dos diferentes bairros euma proposta que será colocada em prática é realizar encontros mensais com os diversos núcleos que pretendemos criar”, revelou.
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