A quarta-feira, 28, foi particularmente gratificante para um grupo de profissio­nais da cidade empenhados na arte de informar o público leitor, ouvinte e aquele que privilegia acesso à internet. Por iniciativa do setor de relações institucionais, a empresa Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos recepcionou na unidade localizada na ligação entre Itapira e Lindóia represen­tantes dos três jornais que possuem circulação regular, A Cidade, Tribuna de Ita­pira e Gazeta Itapirense, da Rádio Clube e do Portal Cidade de Itapira.

Durante a recepção inicial feita numa sala de reuniões localizada no setor chamado de Farmoquímica, Odilon José da Costa Filho, diretor de Relações Institucionais, informou que a empresa estava estreando um novo modelo de visitação às de­pendências da empresa destinado a veículos de in­formação. “Optamos por iniciar convidando vocês que representam o setor de informação da cidade”, colocou.

Na sala de reuniões equipada com vários ins­trumentos high tech para realização de conferências e instalada num local que per­mite uma visão panorâmica das demais dependências aguardavam os jornalistas, José Carlos Módolo, diretor- industrial; Antonio Carlos Fonseca Teixeira, gerente operacional da Farmoquí­mica, Milena de Oliveira, gerente da área de Biotec­nologia; Lídia Andreata, gerente de Relacionamento Institucional; Victoria Tivelli; coordenadora de Respon­sabilidade Social e Comu­nicação Interna, e Sinara Valéria Pícolo Boscariolli, analista de Comunicação da empresa.

Quem apareceu para formalizar as boas vindas ao grupo de jornalistas foi ninguém menos do que o médico Ogari de Castro Pacheco, um dos funda­dores da empresa e seu atual diretor-presidente. Durante aproximadamen­te uma hora, Pacheco fez uma explanação a respeito do excepcional momento vivido pela empresa que dirige, fez uma espécie de retrospectiva dos passos dados desde o começo das atividades, das estratégias empresariais adotadas, exi­biu dados estatísticos e falou de projetos futuros, entre os quais a construção da nova unidade, anunciada em fevereiro último com pompa e circunstância pe­las autoridades municipais numa recepção feita na Casa da Cultura João Torrecillas Filho. Anunciou que naque­le dia, coincidentemente, haviam sido iniciadas as obras de terraplenagem no terreno localizado ao lado da Algodoeira Caio.

Num clima de incomum descontração e até de intimi­dade, o executivo respondeu a uma autêntica sabatina dos convidados, transitando por temas diversos, alguns dos quais, dificilmente to­caria em encontros com a imprensa, como foi o caso da pergunta sobre se recebia assédio muito grande de outras farmacêuticas para que vendesse os ativos do Cristália. Ele afirmou que recebe sim muitas consul­tas neste sentido e afastou qualquer possibilidade de que isto um dia venha a ocorrer, afirmando que sua própria vida se confunde com a atividade empresarial.

Depois que o princi­pal dirigente da empresa agradeceu a presença de todos os convidados e se retirou do recinto, Odilon da Costa Filho fez um apa­nhado de como se daria a visita programada. Em seguida Antonio Carlos Teixeira palestrou sobre as atividades desenvolvidas no setor da Farmoquímica e dos desafios de se produzir 10 novas substâncias ao mesmo tempo e de trans­formar conhecimento em produto. Explicou passo a passo todas as etapas que ocorrem do processo de pesquisa e desenvolvimento até a fabricação dos novos medicamentos propriamen­te ditos; construir, testar e por à prova para as vendas este produto.

Em seguida a comitiva foi conduzida a um dos setores mais bem guardados da empresa, a área de Biotec­nologia, onde o desenvolvi­mento de novos produtos passa necessariamente pela manipulação de micro or­ganismos vivos.

Numa espécie de tour virtual, Milena Oliveira, farmacêutica de origem , fez uma apresentação es­clarecedora em companhia do colega e pesquisador Ricardo Vassaka.Demons­trou como funciona este processo, uma das etapas mais ambiciosas do processo de desenvolvimento de no­vos produtos do Laboratório Cristália e que o colocam na vanguarda nacional neste tipo de iniciativa. Em sua explanação a especialista abordou termos comumen­te utilizados na literatura de ficção científica, como Engenharia Genética, Crio­genia, síntese biológica e área de bio contenção.

Pausa

Depois de uma pausa para almoço servido no restaurante da empresa, a comitiva se dirigiu ao Cen­tro de Pesquisa e Desen­volvimento, local onde os diversos colaboradores são incumbidos em encontrar a melhor forma de transfor­mar os resultados das pes­quisas e demais formulações em remédio propriamente dito, definindo a forma da apresentação, se líquido, comprimidos, na forma de gel (pomadas) ou injetáveis. Quem conduziu os visitantes dentro das instalações foi Kettley Nunes, coordenador de pesquisas. Foi a única vez que a comitiva precisou usar indumentárias apropriadas (corpo, cabeça e pés) para adentrar aos recintos.

Depois foi programada, já no final da tarde, visita ao setor de produção, a planta inaugurada em janeiro de 2011 pelo então presidente Lula. José Carlos Módolo, o diretor-industrial, incumbiu Paula Magalhães, gerente industrial, de fornecer as explicações necessárias. Impressiona aos visitantes o nível de automação e de sofisticação dos processos utilizados, que denotam uma verdadeira obsessão com relação à qualidade dos produtos ali fabricados.

Antes de ir para a última etapa da visita – o setor de logística e expedição – Mó­dolo abriu uma exceção e disponibilizou uma rápida passagem pelo setor de controle de qualidade. No setor de Logística, a comi­tiva foi recebida por José Donisete Garcia, gerente da área. Ele exibiu números sobre o imenso galpão de 3,5 mil metros quadrados de área construída, onde perfilam 8.700 posições de palets, que armazenam e acondicionam os produtos finalizados nas condições necessárias, oferecendo agilidade e rapidez no des­pacho. Impressiona tam­bém naquele ambiente o nível de automação e os cuidados com a seguran­ça. Por todos os pontos do prédio é possível notar a presença de câmeras de alta resolução.

Já no começo da noite, os anfitriões encerraram a visita com uma espé­cie de “conversa final” onde foram repassados alguns pontos específicos, conceitos e informações diversas a respeito das atividades presenciadas e um reforço sobre a im­portância daquele tipo de intercâmbio. Costa Filho explicou que a postura mais comedida adotada até pouco tempo atrás no relacionamento com órgãos de imprensa e também com outros segmentos da sociedade, vem dando lugar a um outro compor­tamento mais aberto, já que no entendimento de sua direção, o Laboratório Cristália ingressou recen­temente em um outro pa­tamar de reconhecimento empresarial e como tal deve também ampliar a forma com que se apre­senta para a comunidade de uma forma geral.