Num sublime instante de uma sexta-feira à tarde, ela suspirou e se foi. Nossa Vó Elvira. A mãe de quatro. A esposa fiel e apaixonada. A amiga da vizinhança. A simplicidade que morou na Rua 24 de Outubro. Não estará na mesa nos próximos domingos nos fazendo morrer de rir, mas viverá em doces lembranças, será a ternura esquentando nossos peitos e nos guiará através de seus exemplos de dignidade, justiça, genuinidade e amor, sendo estes, a meu ver, a herança mais rica que um ser humano pode deixar. Somos gratos a ela pela nobreza do legado que construiu.
Assim como aconteceu com meus dois avôs e minha avó, que também se foram, com o tempo e com a maturidade vamos, gradativamente, compreendendo cada sutil gesto de sabedoria que compartilharam conosco. E, dessa forma, a vida vai ficando cada vez mais bela. Vamos percebendo a grandeza daqueles que nos antecederam, ao mesmo tempo em que nos sentimos honrados por sucedê-los e sermos parecidos com eles.
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