A ACEI (Associação Co­mercial) Sicomvit, Pre­feitura e o Sincomércio somaram esforços para acrescentar às vendas do Dia das Mães deste ano um novo ingrediente na tentativa de melhorar o desempenho das vendas, permitindo pela primeira vez que as lojas abrissem durante o período noturno ontem, 09. Para aumentar o otimismo e espantar principalmente a ame­aça representada pelo comércio ambulante que gravita em torno da Festa de Maio, os dirigentes do comércio acham que o prolongamento do horário é uma arma que deve ser usada.

“Estamos adotando esta experiência pela primeira vez e estamos confiantes de que trará re­sultados positivos”, apos­tou o presidente da ACEI, José Aparecido da Silva. Ele lembra que no geral a data do Dia das Mães é a segunda em importância para o comércio e que so­bretudo as grandes redes varejistas instaladas na cidade cobram uma maior flexibilização do horário de funcionamento das lojas quando existe uma data específica como agora. “Tem também o lado do consumidor, especialmen­te aquele que não dispõe de tanto tempo para ir às compras em horário convencional”, disse Silva.

A maioria dos lojistas também faz uma aposta neste tipo de iniciativa. “Se a gente não fizer uma experiência nesta direção, não saberemos se fun­ciona”, comentou Achi­les Ferreira Andrade, da Casa York. Ele avalia que os três últimos dias que antecedem o domingo do Dia das Mães costumam ser de maior movimento, justificando, segundo seu raciocínio, um período mais prolongado de ven­das. “Abrir no sábado a tarde também é uma boa medida”, avaliou.

Segurança

Mesmo reconhecendo o esforço da ACEI em bus­car formas de incrementar o comércio local, alguns proprietários discordaram do período mais amplo estabelecido. É o caso de Alexandra Franklin da Cunha, da AR Jóias e Relógios, que reconhece a intenção da entidade, mas teme pela seguran­ça. “Estamos vivendo o período da Festa de Maio e o policiamento, naturalmente, está todo concentrado lá na festa e acredito que é um pouco temeroso abrir até as dez da noite na sexta-feira”, frisa. “No sábado o ho­rário de funcionamento poderia ser até as quatro que já estaria bom”.

 Natália Zago Venturini Alves, da Flor de Acácia, tem o mesmo pensamento. “A gente não pode correr riscos e com certeza não teremos policiamento suficiente para atender a festa e o comércio”, la­menta. “Não vou abrir na sexta depois das seis e no sábado ficarei até as quatro”.

Mas o tom otimista pre­domina sobretudo entre os lojistas mais tradicionais. A comerciante Cristina Maria Consorti Sartori, da Casa Sartori, acredita que duran­te a semana o movimento estava bastante razoável e que na reta final das ven­das iria crescer ainda mais. “Já temos uma enorme tradição de vendas para o Dia das Mães e espera­mos que esta expectativa seja plenamenteatendida até o final deste sábado”, opinou.

Para Carlos Moyses, de Moyses Tecidos e Moyses Magazine, outro comer­ciante situado entre os mais antigos da Rua José Bonifácio, a expectativa era das melhores. Ele comen­tou que no caso de seus estabelecimento, a venda do Dia das Mães supera até mesmo as vendas de final de ano. “Temos no Dia das Mães nossa melhor data. O movimento que obser­vei até a quinta-feira tem sido razoável e acredito muito num maior fluxo de pessoas na sexta e no sábado”, acredita.

Praça

Para incrementar ain­da mais o movimento no comércio, a ACEI promove na manhã deste sábado o tradicional ACEI na Praça. O evento ocupa um espaço da praça Bernardino de Campo a partir das 9h00 com diversas atrações.

“Teremos brinquedos para as crianças, sorteio de bicicletas e vales-compra para os que preencherem o cupon”, informa Silva. “Também faremos o lan­çamento da campanha Show de Gol”.

A campanha engloba as principais datas do ano, como Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais, Dia da Criança e Natal e este ano irá aproveitar também a realização da Copa do Mundo no país para promover sorteio de aparelhos de TV. Segundo o presidente da ACEI as ruas do centro deverão ser enfeitadas para o período da Copa.