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Itapira, 21 de Novembro de 2024
Notícia
19/05/2022 | Luiz Santos: Ao Céu em Família

A experiência do cristão nesse mundo é a de estar em uma peregrinação. Não temos aqui a nossa morada definitiva. Verdadeiramente não estamos em casa, mas estamos a caminho. Não demora muito, e logo chegaremos lá. Uns levarão A experiência do cristão nesse mundo é a de estar em uma peregrinação. Não temos aqui a nossa morada definitiva. Verdadeiramente não estamos em casa, mas estamos a caminho. Não demora muito, e logo chegaremos lá. Uns levarão mais tempo, seguramente Deus terá para alguns dos seus filhos uma missão um pouco mais prolongada, andarão umas milhas a mais. Outros, nem sempre somos capazes de compreender, terão uma missão mais curta, cumprirão os seus deveres e logo cruzarão o rio, chegando do outro lado da margem e enfim, em casa. Não obstante a peregrinação tenha um ‘que’ de pessoal, isto é, cada da um andará em seu ritmo, terá as suas experiências pessoais, sofrerá alguns revezes e dissabores e terá, no fim das contas, que prestar contas do itinerário feito, também poderão e deverão fazer parte do trajeto em família. Como crentes em Cristo temos a responsabilidade de apelar, incentivar, garantir os meios para que toda a nossa família entre nessa bendita caravana e marche unida para a pátria celeste. Mas o céu não é somente uma meta, o ponto final da peregrinação, ele é também uma realidade que deve ser antecipada. O céu que queremos chegar é em grande medida, o céu que levamos conosco. E o céu só é céu, no sentido de ‘paraíso’ se Jesus estiver nele. Assim, antecipamos o céu em nossas famílias na medida em que deixamos Jesus ser a presença mais importante, na verdade, o parente mais íntimo, mais chegado. Os cristãos têm como primeiro campo missionário, a paróquia mais relevante e a comunidade mais essencial a sua casa. É dentro de casa que precisamos pregar o evangelho com maior intencionalidade e desassombro. Se existem pessoas pelas quais devemos insistir em lágrimas, em desespero de alma, para que se rendam a Cristo, são os de nossa própria família. Não devemos economizar recursos, desanimar em face de alguma má vontade ou deixar de falar por ser ou parecer inoportuno. Na verdade, temos que aprender a usar de cada ocasião para apresentar o evangelho. Tudo pode ser bem simples e trivial. Nunca deixe de orar à vista dos seus parentes na hora das refeições. Sempre que fizer uma festa de aniversário dos seus filhos, peça para que o pastor ou um irmão experimentado que fale algumas palavras inspiradas na Bíblia e ore em ações de graças pela vida do que comemora. Aos membros que porventura passem por turbulências no casamento, dificuldades no emprego ou com a saúde, se coloque à disposição em cada situação. Nunca fale mal do pastor, dos líderes da igreja e irmãos da igreja. Além de ser pecado, às vezes até crime contra a honra, sem dúvida alguma contribui e muito para que uma visão errônea e distorcida da igreja e do evangelho torne as coisas muito mais difíceis. Também não confunda moralismo com santidade e nem legalismo com fé cristã. Com gestos concretos de amor e sempre em amor, trate dos dramas familiares. Corrija os filhos sem fazer comparações ou acusações levianas. Aponte sempre para Cristo e para a Lei moral como a condição adequada para uma vida feliz. Não permita que as redes sociais se tornem instrumentos de alienação, indiferentismo e ensimesmamento e que a TV e outros sejam os centros das atenções. Frequente uma igreja que seja bíblica. Bíblica não só na pregação, mas na ética, nas relações interpessoais, na inserção comunitária e no engajamento missional. Procure ofertar momentos de piedade, devoção, culto e estudo bíblico em sua casa e cultive o hábito de se retirar a sós e em silêncio, orar. Que os pais não discutam e menos ainda briguem na frente dos filhos. O quarto é o melhor lugar, não só para a intimidade sexual, mas para tudo o que deve ser guardado em segredo e morrer no perdão mútuo. Que as diferenças sejam corajosamente enfrentadas com respeito, amor e compaixão. Nunca haja nas conversas domésticas palavras de baixo calão, ofensas que diminuam ou humilhem ou outro porque condição especial em sua aparência, gosto ou inteligência. Mais por comportamento do que por palavras, ensine que o mundo até pode ser dos espertos, mas o céu pertence aos santos, aos eleitos. Se essas e outras coisas forem buscadas com sinceridade e na dependência da graça, o céu até que não será uma novidade tão novidadeira assim, porque fizemos de nossa casa um pedacinho dele. Ao mesmo tempo, o céu será ainda mais feliz, porque chegamos com toda a família lá.

Reverendo Luiz Fernando é Ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil em Itapira. tempo, seguramente Deus terá para alguns dos seus filhos uma missão um pouco mais prolongada, andarão umas milhas a mais. Outros, nem sempre somos capazes de compreender, terão uma missão mais curta, cumprirão os seus deveres e logo cruzarão o rio, chegando do outro lado da margem e enfim, em casa. Não obstante a peregrinação tenha um ‘que’ de pessoal, isto é, cada da um andará em seu ritmo, terá as suas experiências pessoais, sofrerá alguns revezes e dissabores e terá, no fim das contas, que prestar contas do itinerário feito, também poderão e deverão fazer parte do trajeto em família. Como crentes em Cristo temos a responsabilidade de apelar, incentivar, garantir os meios para que toda a nossa família entre nessa bendita caravana e marche unida para a pátria celeste. Mas o céu não é somente uma meta, o ponto final da peregrinação, ele é também uma realidade que deve ser antecipada. O céu que queremos chegar é em grande medida, o céu que levamos conosco. E o céu só é céu, no sentido de ‘paraíso’ se Jesus estiver nele. Assim, antecipamos o céu em nossas famílias na medida em que deixamos Jesus ser a presença mais importante, na verdade, o parente mais íntimo, mais chegado. Os cristãos têm como primeiro campo missionário, a paróquia mais relevante e a comunidade mais essencial a sua casa. É dentro de casa que precisamos pregar o evangelho com maior intencionalidade e desassombro. Se existem pessoas pelas quais devemos insistir em lágrimas, em desespero de alma, para que se rendam a Cristo, são os de nossa própria família. Não devemos economizar recursos, desanimar em face de alguma má vontade ou deixar de falar por ser ou parecer inoportuno. Na verdade, temos que aprender a usar de cada ocasião para apresentar o evangelho. Tudo pode ser bem simples e trivial. Nunca deixe de orar à vista dos seus parentes na hora das refeições. Sempre que fizer uma festa de aniversário dos seus filhos, peça para que o pastor ou um irmão experimentado que fale algumas palavras inspiradas na Bíblia e ore em ações de graças pela vida do que comemora. Aos membros que porventura passem por turbulências no casamento, dificuldades no emprego ou com a saúde, se coloque à disposição em cada situação. Nunca fale mal do pastor, dos líderes da igreja e irmãos da igreja. Além de ser pecado, às vezes até crime contra a honra, sem dúvida alguma contribui e muito para que uma visão errônea e distorcida da igreja e do evangelho torne as coisas muito mais difíceis. Também não confunda moralismo com santidade e nem legalismo com fé cristã. Com gestos concretos de amor e sempre em amor, trate dos dramas familiares. Corrija os filhos sem fazer comparações ou acusações levianas. Aponte sempre para Cristo e para a Lei moral como a condição adequada para uma vida feliz. Não permita que as redes sociais se tornem instrumentos de alienação, indiferentismo e ensimesmamento e que a TV e outros sejam os centros das atenções. Frequente uma igreja que seja bíblica. Bíblica não só na pregação, mas na ética, nas relações interpessoais, na inserção comunitária e no engajamento missional. Procure ofertar momentos de piedade, devoção, culto e estudo bíblico em sua casa e cultive o hábito de se retirar a sós e em silêncio, orar. Que os pais não discutam e menos ainda briguem na frente dos filhos. O quarto é o melhor lugar, não só para a intimidade sexual, mas para tudo o que deve ser guardado em segredo e morrer no perdão mútuo. Que as diferenças sejam corajosamente enfrentadas com respeito, amor e compaixão. Nunca haja nas conversas domésticas palavras de baixo calão, ofensas que diminuam ou humilhem ou outro porque condição especial em sua aparência, gosto ou inteligência. Mais por comportamento do que por palavras, ensine que o mundo até pode ser dos espertos, mas o céu pertence aos santos, aos eleitos. Se essas e outras coisas forem buscadas com sinceridade e na dependência da graça, o céu até que não será uma novidade tão novidadeira assim, porque fizemos de nossa casa um pedacinho dele. Ao mesmo tempo, o céu será ainda mais feliz, porque chegamos com toda a família lá.

Reverendo Luiz Fernando é Ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil em Itapira.

Fonte: Luiz Santos

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