“Aclamem a Deus, povos da terra!” Sl 66.1.

A Igreja local não tem o direito de viver ensimesmada, apenas para as suas preocupações paroquiais. Também o cristão não pode levar a sua vida com Deus com base apenas em suas demandas pessoais. Isto seria uma forma de egoísmo e de narcisismo espiritual e religioso tanto da Igreja quanto do crente.

A Igreja foi chamada para fora do mundo, lavada e purificada por Cristo, equipada com dons e iluminada com o Espírito e a Palavra e depois enviada ao mundo para Evangelizar as nações. O cristão, da mesma forma, pela pregação do Evangelho foi retirado deste mundo mal, purificado no sangue do cordeiro, lavado nas águas do batismo, iluminado pelo Espírito e nutrido da Palavra, volta agora ao mundo na qualidade de testemunha de Cristo Senhor e Salvador. Portanto, a totalidade da vida cristã se resume em não vivermos para nós mesmos, mas, para o Senhor como consagrados e para o mundo como missionários.

A Igreja recebeu por mandato divino nada menos que a Terra e todos os povos que ela contém. Não foi a um grupo elitizado, especial, que Cristo deu o comando do “ide”, mas a toda a Igreja e a cada cristão. Não obstante os vários níveis onde a missão é vivenciada na prática: “Jerusalém, Judéia, Samaria, Confins da terra”, o que Jesus intentou mesmo dizer aqui foi: “De Jerusalém até os Confins da terra!” E é exatamente assim que compreendemos a missão da Igreja Presbiteriana Central de Itapira. Da cidade (Igreja) de Itapira, queremos e o assim faremos, se Deus permitir, treinar, enviar e sustentar obreiros e missionários até nos confins da terra.

Tudo começa com a compreensão da vontade de Deus registrada nas Escrituras. Foi Ele mesmo que comissionou Israel para ser luz das nações, e, o próprio Deus, por meio de seus profetas convidou as nações da terra para entrarem em sua alegria e participarem de suas bençãos: Gn 1. 27-28; Gn 9.1; Gn 12.3; Gn 26. 2-4; Gn 49.22; Js 4. 23-24; 1Sm 17. 45-46; Sl 66. 1,4,7,8; Sl 98.2,4; 1Rs 8.43; Is 45.22; Ml 1.11; Zc 9.10.

Na Grande Comissão Jesus envia a Igreja para dar cumprimento a esse desejo do Pai, ter de todas as nações, raças, tribos e línguas, uma multidão de adoradores com quem compartilhar as suas indizíveis alegrias: Mt 28. 19-20; Mc 16. 15,16; Lc 24.47,48; Jo 17. 15,16, 18, 20; At 1.8.

O gracioso convite para os povos dos confins da terra se fundamenta na constatação do estado de miséria em que se encontram nações inteiras sem o conhecimento do Evangelho da salvação. São vidas, que aos milhares, estão cativas do poder opressor de Satanás, que as torna reféns do medo, das superstições, das falsas religiões, de sistemas políticos desumanos, da pobreza degradante, por meio de uma organização social excludente, sexista, violenta e etc.

Um terço da humanidade, isto é, mais de dois bilhões de pessoas vivem em condições semelhantes a essas que descrevi acima. E de quem é a responsabilidade quanto ao bem-estar atual e o destino último desses povos? Com toda certeza não é da ONU ou qualquer outra instituição, por mais bem intencionada que seja. Cabe exclusivamente à Igreja de Cristo a promoção da libertação integral destes povos por meio do anúncio e testemunho eficaz do Evangelho. A nenhuma outra instituição Jesus Cristo confiou a missão de restauração integral dos homens, a nenhuma outra organização ele prometeu estar presente até a consumação dos séculos, a nenhum outro grupo de homens, a não ser os cristãos, derramou o poder invencível de seu Espírito para serem testemunhas.

A Igreja Presbiteriana Central de Itapira possui tal chamado e tamanha responsabilidade. A Ela também Jesus conferiu seus dons e a enviou. Portanto, nada menos do que os confins da terra é para onde devemos ir e ali testemunhar das excelências daquele que nos chamou com santa vocação.

Reverendo Luiz Fernando

Pastor Mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira