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Itapira, 24 de Novembro de 2024
Notícia
10/10/2012 | Luiz Santos: Edificando a Igreja

 “com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado.” (Ef 4.12)

Nos últimos anos o tema de crescimento da Igreja foi um dos mais debatidos, estudados e ventilados na Igreja Evangélica em nível mundial. Conferências, seminários, simpósios, encontros de motivação e desafios e numerosos cursos apareceram em quase todas as denominações e suas instituições de ensino. Esta é uma preocupação legítima. A Igreja não pode não querer crescer, o nanismo é contrário à sua natureza.

Evidentemente que do número total da humanidade, a Igreja será sempre um pequeno rebanho, mas a sua configuração local e regional, dependendo das circunstâncias culturais, políticas, ideológicas, bem como o sábio e infalível plano de Deus, deve ser de crescimento, de aumento numérico.

O cristianismo é de índole expansionista, nada menos que até os confins da terra, nada menos que todo e cada homem é seu alvo, nada menos que todas as nações, tribos e línguas. É verdade que não serão todas as nações, tribos e etc., mas de todas as nações, tribos...mesmo assim isto aponta para o caráter universal, internacional, intercultural do cristianismo. As “Grandes Comissões” registradas na Bíblia não deixam dúvidas: “...e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados.” (Gn 12.3 b), “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações.” (Mt 28.19), “Vão pelo mundo inteiro e preguem o evangelho a todas as pessoas” (Mc 16.15), “Em seu nome seria pregado o arrependimento para o perdão de pecados a todas as nações.” (Lc 24.47) e “e sereis minhas testemunhas...até os confins da terra.” (At 1.8).

Contudo, o Novo Testamento identifica o crescimento da Igreja em termos de edificação. A Igreja, espiritualmente falando, se identifica como uma “Casa”, “um Edifício”, um Santuário”:  “Nós somos cooperadores de Deus; vocês são a lavoura de Deus e edifício de Deus” (1Co 3.9). “saiba como as pessoas devem comportar-se na casa de Deus “(1Tm 3. 15). “no qual todo edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo...” (Ef 2.21). E há dois processos envolvidos em toda edificação:

1. Os fundamentos, os alicerces, o que garante a solidez da construção;

2. A expansão da obra em novos pavimentos, cômodos e demais áreas de serviço e etc.

Ficar apenas nos fundamentos torna a obra inacabada e por assim dizer sem nenhuma função ou propósito. Iniciar o levantamento de paredes sem alicerce não é prudente, não é seguro, um dia a casa pode cair. Daqui podemos compreender que não haverá crescimento harmônico, orgânico, seguro e em tempo razoável, se não investirmos em lançar sólidos, profundos e inamovíveis fundamentos. Estes fundamentos são:

a. O estudo sistemático, criterioso e orante das Escrituras;

b. O conhecimento suficiente de nossos padrões confessionais, de nossa identidade cristã, evangélica, reformada e presbiteriana. Nesta cultura marcada pelo subjetivismo e pelo relativismo, resgatar a identidade é a única maneira de sobreviver e fazer a diferença;

c. A prática concreta de vida piedosa, santificante e de engajamento pessoal no processo de crescimento em Cristo.

Quem deve se responsabilizar por estes fundamentos? O pastor docente, os presbíteros regentes e cada cristão deve desejar, exigir, apreciar e participar de estudos, reuniões e atividades que possam oferecer tal oportunidade.

A fase de expansão, de crescimento, supõe também alguns passos indispensáveis:

a. Participar com comprometimento dos cultos e da Escola Bíblica dominical, onde o Espírito Santo fala ordinariamente à Igreja ensinando-a no caminho do Senhor;

b. Interessar-se pela vida ministerial da Igreja, procurar saber onde e quais são as iniciativas e as obras realizadas. Sair da zona de conforto, vencer o criticismo azedo e conformista, sair do anonimato e romper com o indiferentismo;

c. Engajar-se afetiva e efetivamente em uma sociedade, departamento ou ministério. Apresentar-se voluntariamente e de boa vontade e consciência colocar em comum os dons e talentos que possuir;

d. levantar os olhos para além das grades e muros da igreja, onde a vida e a história de milhares de homens correm a passos largos para a infelicidade radical de uma existência separada de Deus, e, deixar-se compadecer e agir em favor deles.

Que cada cristão assuma sua posição no front, que ninguém seja culpado do pecado de Davi: 2Sm 11.1. Para bom entendedor das Escrituras...

Reverendo Luiz Fernando

Pastor Mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira

Fonte: Luiz Santos

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